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71ª Berlinale: Dois filmes portugueses selecionados

A curta-metragem “Luz de Presença” de Diogo Costa Amarante (Urso de Ouro 2016) e a longa “No Táxi do Jack”, de Susana Nobre foram selecionados para a 71ª Berlinale—Festival Internacional de Cinema de Berlim, que se realizará online só para profissionais de 1 a 5 de Março.

Boas notícias para o cinema português, pois a a curta-metragem Luz de Presença”, o novo filme do realizador Diogo Costa Amarante, foi selecionado para a secção Berlinale Shorts e realizadora Susana Nobre, com a sua nova longa-metragem, “No Táxi do Jack” vai também estrear na secção Fórum, da 71ª Berlinale Festival Internacional de Cinema de Berlim. Por causa da pandemia, a Berlinale vai realizar-se como um evento on-line exclusivo para profissionais (indústria e imprensa), de 1 a 5 de março e, presencialmente, para o público em geral, entre 9 e 20 de junho de 2021. Mesmo neste contexto, Diogo Costa Amarante regressa a um lugar onde foi feliz e ganhou o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem Internacional, pela sua obra anterior, “Cidade Pequena” (2016), um filme sobre a tomada de consciência da morte por parte de uma criança, interpretada pelo seu sobrinho.

71ª Berlinale
‘A Luz de Presença’, de Diogo Costa Amarante.

‘Pessoalmente, congratulo-me por voltar a um festival que sempre acolheu muito bem o meu trabalho’, refere em nota de imprensa Diogo Costa Amarante, a propósito de mais um dos seus filmes selecionados para um dos maiores festivais de cinema europeus e que abre a temporada no Velho Continente. O realizador reconhece ainda que ‘a apresentação do filme na Berlinale deixou toda a equipa muito feliz. “Luz de Presença”, que é apresentado em estreia mundial, centra-se na história de um desgosto amoroso: Gonçalo, numa noite chuvosa, sai de casa para entregar uma carta a alguém que o abandonou. Pelo caminho, numa esquina, cruza-se com uma mulher que o avisa para ter cuidado com a estrada, que o piso está escorregadio. O homem cai da sua mota e assim conhece Diana. O filme tem direção de fotografia de Jorge Quintela e conta com a participação dos atores Diana Neves Silva, João Castro, Gustavo Sumpta e Luís Miguel Cintra, sendo promovido e distribuído pela Agência da Curta Metragem, irá certamente circular por outros festivais nacionais e internacionais e torna-se mais uma possibilidade de o realizador repetir o seu feito de 2016. Até lá Diogo Costa Amarante, fica como todos nós nq expectativa de que o festival possa acontecer presencialmente no verão e o seu novo filme possa chegar em breve a um grande ecrã  e ‘ao público fiel e generoso que a secção de curtas da Berlinale conquistou ao longo dos seus 71 anos de existência’.

71ª Berlinale
‘No Taxí do Jack’, de Susana Nobre.

“No Táxi do Jack”, a nova longa-metragem da realizadora Susana Nobre tem igualmente estreia mundial na prestigiada secção Fórum,  da 71ª Berlinale, dedicada geralmente aos grandes desafios estéticos e revelações no cinema mundial. Neste filme, somos literalmente ‘conduzidos’ de uma forma emocional por Joaquim Calçada, um ex-emigrante de 63 anos, que apesar de estar quase na reforma, tem de cumprir as regras impostas pelo centro de emprego, para usufruir do subsídio de desemprego. Joaquim relata as memórias da sua antiga vida de emigrante em Nova Iorque, onde trabalhava como taxista. Susana Nobre descreve este seu novo filme como ‘um road-movie fechado, que em vez de nos levar num traçado rectilíneo de uma estrada nas suas diferentes paragens, faz-se num movimento concêntrico sobre a história de vida de Jack’. Produzido pela Terratreme, “No Táxi do Jack” dá continuidade às profundas reflexões da realizadora sobre a temática do trabalho, dos seus dois filmes anteriores: “Vida Ativa” (DocLisboa 2013) e a curta-metragem “Provas Exorcismos” (Festival de Cannes – Quinzaine des Réalisateurs 2015).

JVM

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