71º Festival de Cannes: Mais um Prémio para Salaviza

O casal luso-brasileiro João Salaviza e Renée Nader Messora com o filme “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, ganharam o Prémio Especial do Júri de Un Certain Regard 2018. O vencedor do Grande Prémio foi justamente atribuído a “Border”, de origem Ali Abbasi.

Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos
“Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” foi o vencedor do Prémio Especial do Júri.

Depois de “Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt ter vencido a 57ª Semana da Crítica, do 71º Festival de Cannes, mais uma vitória para o realizador português João Salaviza, que com a companheira Renée Nader Messora realizaram “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”. O filme luso-brasileiro era um dos filmes mais bonitos apresentados nesta recta final deste 71ª Festival de Cannes, mesmo concorrendo na secção Um Certain Regard. O filme embora possa parecer à partida um documentário é na realidade uma história de ficção sobre o destino do povo índio Krahô, que vive numa grande região  do norte do Brasil. O vencedor a quem foi atribuído o prémio mais importante foi “Border”, do dinamarquês de origem iraniana Ali Abbasi, que conta a história uma solitária guarda da alfândega sueca constrói um complexo vínculo afectivo com um estranho viajante.

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“Border” é a história de um complexo relacionamento entre estas duas almas perdidas.

O júri presidido este ano por Benicio Del Toro (actor, americano-porto-riquenho), e composto por Annemarie Jacir (realizadora, e argumentista, palestiniana), Kantemir Balagov (realizador, russa), Virginie Ledoyen (actriz, francesa), e Julie Huntsinger (directora executiva do Festival de Cinema de Telluride, norte-americana),  fundamentou os prémios com o comentário seguinte: ‘Acreditamos que entre os 2.000 filmes apresentados no Festival este ano, os 18 selecionados Un Certain Regard – com origem da Argentina à China – são todos vencedores à sua maneira. Durante os últimos 10 dias, ficamos extremamente impressionados com a alta qualidade do trabalho apresentado, mas no final ficamos particularmente comovidos com cinco filmes’. A secção Un Certain Regard 2018, como as anteriores é a segunda na linha de importância e este ano apresentou na sua competição dezoito filmes, sendo que, seis deles eram primeiras obras e ainda candidatos à Câmara de Ouro. O filme de abertura foi “Donbass”, do cineasta bielorrusso Sergei Loznitsa, um mosaico da ocupação da Ucrânia, que ganhou Prémio de Realização.

PALMARÉS

PRÉMIO UN CERTAIN REGARD

GRÄNS (BORDER) de Ali ABBASI

PRÉMIO DE ARGUMENTO

SOFIA de Meryem BENM’BAREK

PRÉMIO DE INTERPRETAÇÃO

Victor POLSTER por GIRL de Lukas DHONT

PRÉMIO DE REALIZAÇÃO

Sergei LOZNITSA por DONBASS

PRÉMIO ESPECIAL DO JÚRI

CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS (Les Morts et les autres/ The Dead and the Others) de João SALAVIZA et Renée NADER MESSORA

 

José Vieira Mendes (em Cannes)

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