Bleach: Thousand-Year Blood War Part 1, em análise
“Bleach” está de volta! Um dos grandes anime shounen regressou e conquistou imediatamente o pódio com a sequela “Thousand-Year Blood War”.
“É mais fácil esmagar um sonho do que realizar um.” Tite Kubo criou um magnífico sonho com uma das melhores manga e um dos melhores animes dos anos 2000, “Bleach”. Tanto a manga (publicada de 2001-2016 em 74 volumes) como o anime (em exibição de 2004–2012 num total de 366 episódios) receberam chuvas de elogios, nomeações e prémios, integrando grande parte das listas de anime favoritos pelo mundo fora e, como não podia deixar de ser, também cá em Portugal. De uma forma simplista, se considerarmos “Dragon Ball” o pai do shounen moderno, três dos seus grandes seguidores são “One Piece”, “Naruto” e “Bleach”.
O maior problema e desilusão da saga foi o facto de o anime estar constantemente a apanhar a história na manga, o que implicava longos arcos de fillers. Isto inevitavelmente levou ao cancelamento do anime, ficando o último arco da manga por adaptar para a televisão. Porém, 8 anos após o fim da exibição de “Bleach” na televisão, em Março de 2020 a Weekly Shōnen Jump anunciou que o último arco da história da manga, “Thousand-Year Blood War“, receberia um projeto de anime. A 18 de Dezembro de 2021 o trailer e o visual da nova série anime, “Bleach: Thousand-Year Blood War” (“Bleach: Sennen Kessen-hen” no original), foram revelados na Jump Festa ’22. Os fãs voltaram a ouvir a voz das suas zanpakutō.
“Thousand-Year Blood War” volta a ser produzida pelo Studio Pierrot, o estúdio original de “Bleach”, em colaboração com a Aniplex, Dentsu e Shueisha, sendo a sequela realizada por Tomohisa Taguchi (“Akudama Drive”, “Persona 4: The Golden Animation”). O novo anime estreou na temporada de Outono de 2022, a 11 de Outubro.
A série terá quatro partes com intervalos entre elas. A primeira parte, “The Thousand-Year Blood War”, consistiu em 13 episódios, tendo terminado a 27 de Dezembro de 2022. A segunda parte, “The Separation”, já está confirmada que começará a ser exibida em Julho de 2023. Com a TV Tokyo como a network original, fora da Ásia a série licenciada pela Viz Media está disponível para streaming na Hulu e Disney+.
Todo o elenco original regressa para dar continuidade às aventuras de Ichigo Kurosaki (interpretado por Masakazu Morita), depois deste obter os poderes de um Soul Reaper – uma personificação da morte semelhante ao Grim Reaper – de outro Soul Reaper, Rukia Kuchiki (trazida à vida por Fumiko Orikasa). Contamos ainda com Kentarou Itou mais uma vez na voz de Renji Abarai, Yuki Matsuoka no papel de Orihime Inoue, Noriaki Sugiyama é Uryuu Ishida e Hiroki Yasumoto está de volta como Yasutora Sado.
O tema de abertura “Scar” é interpretado por Tatsuya Kitani, enquanto SennaRin executa o tema de encerramento “Saihate“. Kitani interpretou ainda o tema de encerramento especial para o primeiro episódio, “Rapport“, que foi usado anteriormente como tema principal da exibição do 20º aniversário da série, Bleach EX.
Depois do término do anime em 2012, os fãs puderem acompanhar a manga até ao seu final em 2016, com um capitulo especial lançado em 2021. Em 2018, a Warner Bros. e a Netflix lançaram uma adaptação live-action, muito ao género do que foi feito com “Fullmetal Alchemist”, apesar de “Bleach” não ter tido direito a continuação. Como qualquer live-action de anime as opiniões foram muito divergentes, havendo um consenso que o filme foi aceitável (6.3 no IMDB e 71% no Rotten Tomatoes). Porém, o que todos esperavam era o novo anime, a conclusão da história, uma atualização da animação sem fillers. O trailer deixou o entusiasmo e a expectativa ao rubro, mas o que esperar de um regresso após uma década?
10 semanas seguidas no topo da lista de anime da semana da temporada de Outono de 2022 (AnimeCorner), uma entrada para a lista de séries mais bem classificadas no IMDB, uma subida (talvez temporária) ao topo do ranking de série de anime no MyAnimeList ultrapassando “Fullmetal Alchemist: Brotherhood”. “Bleach: Thousand-Year Blood War” é tudo o que esperávamos e mais ainda.
Nos segundos iniciais do primeiro episódio de “Thousand-Year Blood War” somos imediatamente atingidos pela alma do que é “Bleach” e lembramo-nos de porque amamos este anime. A nossa atenção é inteiramente cativada, lembrando os primeiros episódios da série original e dos clímaxes da saga. Durante metade desta sequela quase que não conseguimos respirar e só queremos que venha o próximo episódio.
O hiato aparenta ter sido ontem e facilmente nos integramos de novo na história e na saga. Mesmo para nova audiência, que nunca tenha visto a série original, a sequela é construída de forma a não ser muito complicado começar a ver a partir deste momento. A animação é como uma versão 2.0, mantendo-se o estilo mas havendo um importante fator de modernização. Todos os temas musicais encaixam no universo “Bleach”. Quanto à adaptação, até ao momento está a ser feita de modo fiel à manga, sem enrolar e com um ritmo muito envolvente. Por fim, vale também a pena elogiar a ideia original de finalizar cada episódio com um poema.
Venha Julho de 2023! “Bleach: Thousand-Year Blood War” é uma das melhores séries de anime de 2022 e uma das mais esperadas para o próximo ano.
TRAILER | A SOUL SOCIETY ESTÁ A SER INVADIDA, SÓ ICHIGO A PODERÁ SALVAR!
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Bleach: Thousand-Year Blood War Part 1, em análise
Name: Bleach: Thousand-Year Blood War Part 1
Description: Sirenes soam na Soul Society, quebrando repentinamente a paz. Moradores estão a desaparecer sem deixar rastros e ninguém sabe quem está por trás disso. Enquanto isso, uma escuridão aproxima-se de Ichigo e dos seus amigos na cidade de Karakura.
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Emanuel Candeias - 94
CONCLUSÃO
Mal começa, “Bleach: Thousand-Year Blood War” imediatamente recaptura o espirito da série original e prende o público para não mais o largar durante os 13 episódios. Uma das melhores séries anime de 2022 e uma das mais esperadas para 2023.
Pros
- Alma original de “Bleach” está presente;
- Elenco original;
- Studio Pierrot com animação modernizada;
- Temas musicais;
- Adaptação fiel à manga e ritmo narrativo envolvente.
Cons
- Ainda faltar tanto para Julho de 2023.
