Bora Lá | © Disney / Pixar

Bora lá banido em diversos países do médio-oriente

“Bora lá”, a nova aventura da Disney-Pixar, foi alegadamente banida em diversos países do médio-oriente e censurada na Rússia. Em causa está a presença de uma breve referência LGBTI+. 

“Onward”, no original, é a nova narrativa mágica criada pela parceria entre os Estúdios Disney e Pixar. O filme estrutura-se como uma campanha de um jogo semelhante ao clássico de fantasia “Dungeons and Dragons”, e apresenta-nos um mundo paralelo onde as criaturas míticas de tempos passados se renderam aos caprichos da industrialização e se tornaram indolentes.

Nesta animação dois elfos irmãos procuram trazer de volta o seu pai, já falecido, por um dia. A demanda resulta numa aventura deliciosa onde enfrentam diversos perigos e conhecem inúmeras criaturas mitológicas como a feroz guardiã Manticora ou os polícias centauros.

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No filme, uma das polícias é Specter, uma ciclope roxa, e a primeira personagem LGBTI a habitar o Universo da Pixar. No original, a voz de Specter é Lena Waithe  –  ativista lésbica, produtora, atriz e argumentista vencedora do Emmy de Melhor Argumento por “Master of None”.

Bora Lá
Specter em “Bora lá” (2020) |©Disney/Pixar

Specter tem sido festejada como a primeira personagem abertamente gay do universo Disney. Contudo, a quebra de preconceitos parece ter provocado uma reacção adversa em mercados mais tradicionais. De acordo com a publicação Deadline, o filme estreado mundialmente esta semana foi banido em diversos países do médio-oriente devido a uma breve referência a uma relação lésbica. De acordo com esta fonte, países como o Kuwait, Oman, Qatar e Arábia Saudita proibiram a exibição da animação nos seus cinemas.

A Rússia, conhecida por mascarar ou censurar conteúdo LGBTI+ no cinema, tendo-o feito em obras recentes como “Rocketman” ou “Vingadores: Endgame”, supostamente censurou a cena – trocando a palavra “namorada” para “parceiro” e procurando omitir as menções ao género da personagem Specter.

Nos Estados Unidos, a divisão “One Million Moms”, pertencente à associação “American Family Association”, censurou a Disney por impingir a “agenda homossexual” e não criar conteúdo “apropriado para famílias”.

Desse lado, defendem o gesto progressista da Disney/Pixar? 

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