Call of Duty: Black Ops III – (PS4) | Análise

 

Muito poucas séries vendem tanto quando Call of Duty. Mas será que teremos pela frente apenas a mesma fórmula ou uma evolução?

 call of duty  

  • Editora: Activision
  • Produtora: Treyarch
  • Plataformas: PS4, Xbox One

 

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Call of Duty Black Ops 3 agarra a famosa fórmula da série e consegue melhorá-la em vários aspetos, sendo um jogo que os fãs irão apreciar, principalmente se o vosso foco for o multiplayer.

Passado num futuro onde a tecnologia ganhou enorme proporções na forma de combater um inimigo, aquele que é de longe o pior elemento deste jogo é o seu enredo. A ideia base é bastante boa, algumas questões morais a surgirem durante as missões, levando-nos a experimentar o controlo que a tecnologia poderá ter nas nossas vidas, neste caso na guerra. Armas, robôs, partilha automática de informação e novos veículos são alguns dos tópicos que este jogo acaba por levantar, principalmente na questão da privacidade tanto dos civis como de militares.

Infelizmente o enredo é confuso e nunca chega a conseguir concretizar algumas das ideias que poderiam tornar o jogo em algo mais do que um enredo de guerra. O que teremos pela frente durante as nossas missões é algo interessante, que oferece momentos de grande intensidade mas que acaba por falhar em certas questões morais que poderia ter explorado de forma mais direta e inteligente. Todavia, este não é um género que costume oferecer enredos profundos e marcantes, e como tal também não sentimos muito a falta do mesmo.

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Sendo passado no futuro, e com muitos gadgets à mistura, Call of Duty BO3 consegue alterar a sua jogabilidade com algumas novidades que nos fazem abordar as missões de forma diferente em relação ao que nos habituou. Estas novidades são quase todas melhorias que dão mais qualidade ao jogo e que tornam o jogo mais estratégico em certos momentos, o que é sempre bom!

Outro aspeto muito interessante na jogabilidade está no facto de os cenários serem muito mais interativos do que antes. A possibilidade de interagir com muito do que nos rodeia aumenta bastante o leque de ações possíveis, tornando o jogo menos repetitivo se assim o quisermos. Teremos mais formas de avançar, mais formas de recuar, e acabamos por nunca sentir repetição nas missões. É tudo uma questão de explorarmos as possibilidades. Para além disso, os cenários estão construídos de forma inteligente, levando-nos a estudar o que a tecnologia dos nossos gadgets nos pode oferecer em certos momentos. No modo campanha não teremos muita liberdade criativa, mas ao chegarmos ao multiplayer as possibilidades aumentam e o jogo torna-se melhor e mais viciante.

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Graficamente Call of Duty Black Ops 3 é um bom jogo. Não é um portento nos detalhes nem nas texturas, mas consegue ser muito bom no fator mais importante para este género: intensidade. Não existem quebras significativas, sentimos o ambiente e o ritmo consegue atingir a intensidade necessária quando chegamos às grande batalhas, assaltos ou emboscadas. Em termos faciais e de movimentações, este é um jogo competente, e a parte sonora encaixa muito bem. Aliás, enquanto componente técnica, a parte sonora é a melhor do jogo, com grandes efeitos sonoros que oferecem um excelente ambiente a quem tiver um razoável sistema de som.

Com um Co-Op muito bom, Call of Duty mostra de imediato que não é, tal como se esperava, um jogo para jogarmos sozinhos. A campanha é curta e as nossas horas serão passadas num sistema multiplayer refinado, mais rápido, mais sólido, e capaz de nos agarrar durante muitas horas com tudo o que teremos para descobrir e colecionar. Neste modo, um dos aspetos mais interessantes é a estratégia necessária para escolhermos e usarmos os poderes das personagens que iremos usar. A nossa decisão sobre que tipo de personagem usar será determinante durante todo o multiplayer, pois toda a estratégia passará pelas habilidades e gadgets que o personagem terá ao seu dispor. Para além disso, escolher quando usar certos poderes tecnológicos, que demoram a recarregar, pode fazer a diferença muitas vezes, dando um toque adicional de estratégia a um modo que por vezes pode ser apenas disparar.

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Por falar em disparar, agora tal é possível praticamente em todos os sítios e situações. Desde subir uma escada ou escalar uma parede, disparar estará quase sempre ao nosso alcance, algo que nos agradou e que ajuda a mudar um pouco o próprio paradigma do género. Com tudo isto, e tendo principal foco nas habilidades dos personagens, a nossa capacidade para estudar o inimigo e adaptar-mo-nos fará a diferença na contagem final. O multiplayer está assim mais dinâmico e mais viciante, mesmo que ao fim de alguns dias possa sofrer de alguma repetitividade, mas isso é algo que todos sofrem dentro deste tipo de jogo.

Devido às muitas formas de se jogar, Call of Duty Black Ops 3 é o jogo mais estratégico da série e aquele que tem mais conteúdos. A sua jogabilidade é intuitiva e suave, nunca sendo frustrante. O modo Zombie ao início parece estranho mas depois é difícil de deixar de se jogar, e todos nós acabaremos por jogar durante muito tempo. É desafiante, é divertido e pede para ser jogado com amigos!

No final, acreditamos que valerá a pena começar de novo, e tentar fazer as mesmas missões com outras habilidades, acabando por ter uma experiência bastante diferente. O resultado final de tudo isto é um dos melhores Call of Duty de sempre e aquele que tem mais para oferecer. Não é um grande salto na série, mas o que muda é uma melhoria em todos os casos. A fórmula repete-se, mas evoluiu. E por isso, se são fãs da série, então este é um jogo a ter.

 

Pontos fortes:

  • Multiplayer
  • Modo Zombies ainda melhor
  • Intenso e divertido
  • Boa jogabilidade
  • Efeitos sonoros atiram-nos para o interior da guerra

Pontos fracos:

  • Enredo sem grande impacto

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma

Luís Pinto

 



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