Cineclubes Portugal | Destaques de junho 2025
Portugal tem mais de 40 cineclubes em atividade em todo o país. Neste artigo destacamos a programação de cinema que poderás ver em alguns deles. De Santarém a Faro, Abrantes a Guimarães, entre muitos outras cidades, a oferta cineclubista é bastante variada para o mês de junho. A atividade dos cineclubes destaca-se por exibir, muitas vezes, filmes alternativos e pouco explorados no circuito comercial mas também e sobretudo por procurar debater os filmes em exibição, em vários casos com convidados a apresentarem as sessões. Além disso, são um meio importante para o cinema chegar a certos lugares onde não existem salas de cinema, permitindo assim usufruir-se do cinema em sala, e por preços bastante simbólicos.
No Cineclube de Viseu, três filmes europeus
O Cineclube de Viseu, fundado em 1955, tem sessões regulares às quintas-feiras às 21h30 na sede do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) de Viseu. Assim, este mês de junho, são três os filmes que podes ver. As sessões começam no dia 5 com “Kneecap – O Trio de Belfast” (2024, Rich Peppiatt), uma comédia sobre uma banda de hip-hop irlandesa. Segue-se a 12 de junho “Vermiglio” (2024, Maura Delpero), uma drama familiar durante a II Guerra Mundial. Por fim, excecionalmente à quarta-feira devido ao feriado de Corpo de Deus, no dia 18, o Cineclube de Viseu apresenta “A História de Souleymane” (2024, Boris Lojkine), sobre um imigrante africano em Paris que luta para obter a legalização da sua condição.
As entradas são de 2€ para sócios estudantes, maiores de 65 anos e desempregados (quota anual de 15€) e 3€ para os restantes sócios (quota anual de 25€); para o público em geral a entrada é de 5€ e os jovens até aos 18 anos têm entrada gratuita.
Santarém dá destaque ao cinema francês e português
O Cineclube de Santarém, fundado em 1956, tem sessões regulares de cinema todas as quartas-feiras às 21h30 no Teatro Sá da Bandeira. Assim, tens 4 filmes para ver este mês de junho. No dia 4, o Cineclube apresenta “O Jovem Xamã” (2023, Lkhagvadulam Purev-Ochir), uma co-produção Mongólia, Qatar, Países Baixos, Portugal, França e Alemanha. Neste filme, assistimos à história do xamã Ze, de 17 anos, na Mongólia. Depois, no dia 11, chega “Geração Low-Cost” (2022, Emmanuel Marre e Julie Lecoustre), filme que fez parte da Semana da Crítica e fala sobre Cassandre, uma assistente de bordo numa companhia low-cost. Já no dia 18, o Cineclube de Santarém apresenta “O Amor Segundo Dalva” (2022, Emmanuelle Nicot) onde Dalva, uma menina de 12 anos quer ser adulta à força. Por fim, no dia 25, o mês fecha com “A Ilha Vermelha” (2023, Robin Campillo).
As entradas para as sessões são: 2,50€ para sócios (com quota anual de 20€), 5€ para não sócios e 1€ para jovens até aos 30 anos.
A sul, o Cineclube de Faro traz vários filmes europeus
O Cineclube de Faro, igualmente fundado em 1956, tem as suas sessões regulares às quintas-feiras às 21h30 na sede do IPDJ de Faro. A primeira sessão é no dia 5 com “Diamante Bruto” (2024, Agathe Riedinger), um drama sobre a fama instantânea. Segue-se “How to Have Sex – A Primeira Vez” (2023, Molly Manning Walker) sobre a entrada na vida adulta, no dia 12. Depois, no dia 19, o Cineclube de Faro também exibe “O Amor Segundo Dalva”. Por fim, no dia 26, o mês fecha com “Girls Will Be Girls” (2024), primeiro filme da realizadora Shuchi Talati.
Cineclube de Guimarães com um ciclo e filmes recentes
Mais a Norte, o Cineclube de Guimarães, fundado em 1958, é um dos que tem mais sessões de cinema mensais. Com 9 sessões previstas para junho, há filmes para todos os gostos. 8 destas sessões decorrem no Centro Cultural Vila Flor e a outra decorre na própria sede do Cineclube.
O mês abre no domingo 8 às 21h15 com “Bird” (2024, Andrea Arnold), um conto de transição para a idade adulta. No domingo 15, igualmente às 21h15, chega “Marcello Mio” (2024, Christophe Honoré) onde Chiara Mastroianni tenta ser o seu pai Marcello. No domingo 22 às 21h15, é exibido “O Esquema Fenício” (2025, Wes Anderson), estreado no último Festival de Cannes. Segue-se na quinta-feira 26 às 21h15 “Cão Preto” (2024, Guan Hu) que aborda a vida de um ex-recluso. Depois, no sábado 28 às 17h, a sessão é para as crianças com a animação “Os Guardiões do Museu” (2023, Vasily Rovenskiy). Por fim, no domingo 29 às 21h15, o Cineclube exibe duas curtas-metragens portuguesas “Campos Belos” (2023, David Ferreira) e “Quando a Terra Foge” (2024, Frederico Lobo).
De destacar ainda o ciclo “Ventos de Mudança” com duas sessões. Na terça-feira 17 às 21h15 é exibido o documentário “Rosinha e Outros Bichos do Mato” (2023, Marta Pessoa) e na terça-feira 24, também às 21h15, o clássico “A Batalha de Argel” (1966, Gillo Pontecorvo). Por fim, a única sessão a decorrer na sede do Cineclube de Guimarães é com a sessão mensal “Shortcutz Guimarães” na quarta-feira 25 às 21h30.
As sessões têm entrada gratuita para os sócios do Cineclube (quota mensal de 3,50€).
Abrantes dedica-se ao cinema italiano
O Espalhafitas, Cineclube de Abrantes, fundado em 2002 tem três sessões previstas em junho. Sempre à quarta-feira às 21h30 no Centro Cultural Gil Vicente, o Espalhafitas vai receber uma extensão da Festa do Cinema Italiano. Esta quarta-feira 4 o Cineclube exibe “Diva Futura. Cicciolina e a Revolução do Desejo” (2024, Giulia Louise Steigerwalt) sobre a agência Diva Futura. Depois, na quarta-feira 11, chega “O Lugar do Trabalho” (2023, Michele Riondino) sobre o significado do trabalho e das suas chefias e, por fim, na quarta-feira 18, passa “A Grande Ambição” (2024, Andrea Segre) sobre Enrico Berlinguer, líder do Partido Comunista Italiano.
As entradas para as sessões são de 4,35€ (preço normal), 3,50€ (cartão jovem e estudantes), 2,15€ (crianças dos 6 aos 12 anos) e gratuito para crianças até 5 anos, detentores do cartão municipal do idoso e para bombeiros voluntários do Sardoal.
Braga dedica-se ao cinema português e soviético
O Lucky Star – Cineclube de Braga é bastante mais recente, tendo sido fundado em 2016. As sessões do Lucky Star para junho centram-se no ciclo “Modelo e corpo: subversões do cinema português” que irão decorrer às terças-feiras às 21h30 na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Assim, tens três filmes portugueses para assistir. Um deles, foi já exibido ontem, 3 de junho. No entanto, há ainda no dia 17 de junho “O Som da Terra a Tremer” (1990), primeira longa-metragem de Rita Azevedo Gomes e, por fim, a 24 de junho, é exibido “A Costa dos Murmúrios” (2004, Margarida Cardoso), inspirado na obra homónima de Lídia Jorge. Além disso, há ainda a sessão “Cinema Fora de Portas” a decorrer no sábado 28 às 16h30 na Fundição de Sinos de Braga com o clássico “Andrei Rublev” (1966, Andrei Tarkovsky).
As entradas para as sessões são: 1€ para estudantes, 2€ para utentes da biblioteca e 3€ para o público em geral. Já os sócios do Cineclube (com uma quota de 30€/anuais) têm entrada gratuita.
Vila Franca de Xira recebe três filmes recentes
Por fim, o Cineclube Vilafranquense, o último destes a ser fundado (em 2023) apresenta igualmente uma programação diversificada. Assim, na próxima sexta-feira às 21h, é exibido o documentário “Mário” (2024, Billy Woodberry), sobre Mário Pinto de Andrade, fundador do MPLA. Segue-se, na sexta-feira seguinte, “The Shrouds – As Mortalhas” (2024, David Cronenberg), numa sessão apresentada pelo crítico Rafael Fonseca. Por fim, em data a definir, o Cineclube Vilafranquense exibe “Longe da Estrada” (2023, Hugo Vieira da Silva e Paulo MilHomens).
As entradas para as sessões são de 2,5€ para sócios do Cineclube e 5€ para não sócios.
Além disso, o Cineclube Vilafranquense está ainda a levar a cabo uma extensão da sua Mostra de Cinema Português “Imagens no Tejo”. A saber, estas sessões acontecem todas as segundas-feiras de junho às 15h, no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira (onde também ocorrem as sessões regulares). “Surdina” (2019, Rodrigo Areias), “A Morte de Carlos Gardel” (2011, Solveig Nordlund) ou “Gesto” (2011, António Borges Correia) são alguns dos filmes em cartaz.