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Final Fantasy 7 Rebirth, a Crítica | Valeu a pena esperar por este remake da Square Enix?

“Final Fantasy 7 Rebirth”, é um dos melhores jogos da série. E isso é um grande feito!

Poucos projetos tiveram tanto impacto na história dos videojogos como teve o original “Final Fantasy VII“. Sem este jogo, a PlayStation teria tido mais dificuldades em impor-se como uma consola de topo contra a SEGA e Nintendo, e os JRPGs teriam demorado muito mais a dominar o mundo ocidental. “Final Fantasy VII” foi, e é, um fenómeno como poucos. O seu remake manteve-se, durante anos consecutivos, o jogo mais desejado em todo o mundo e, depois de um “Final Fantasy VII Remake“, chegou agora a segunda parte (fica a faltar a terceira), e “Rebirth” é o que sonhámos durante anos.

Confesso que para mim, enorme fã do jogo original, não esperava que “Final Fantasy 7 Rebirth” estivesse a este nível. Acreditei mesmo que fosse esmagado pelo peso da expectativa por vários motivos, principalmente por sabermos que existem diferenças na história por comparação com o original. O que temos é um jogo que espanta em todos os seus aspetos e momentos, existindo muito pouco que se possa dizer que está fraco ou a mais. É uma carta de amor e respeito a um jogo que marcou gerações. Mas vamos lá por partes e tentemos ser rápidos a analisar um jogo que demora umas boas 90 horas se quiserem fazer tudo…

Final Fantasy VII
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Vamos ser diretos… em termos de banda sonora tenho de vos dizer que, apesar de não ser fácil dizer isto, pode ser injusto e depende do gosto de cada um, mas a banda sonora é a melhor que alguma vez ouvi. Durante todas estas horas de jogo, não houve um único momento em que não tenha sido quase sublime. É impressionante o trabalho que foi feito para esta banda sonora. Obra-prima daquelas que pagava para ouvir ao vivo com uma bela orquestra. O trabalho de vozes é soberbo e os efeitos sonoros também. Tudo isto torna a experiência muito mais emocional e intensa.


Visualmente é um jogo muito bom, quer seja pelo design e escala do mundo, mas também pelas texturas e performance durante as batalhas. Existem alguns locais onde claramente a qualidade gráfica é mais baixa, mas num jogo tão grande, são detalhes que não mancham. Estamos a falar de um mundo aberto verdadeiramente grande, quer em tamanho quer no que se tem para fazer. É preciso procurar, lutar, caçar chocobos, jogar mini jogos e muito, muito mais. Ah, e o jogo de cartas é um verdadeiro vício ao nível do que era o jogo de cartas em “Final Fantasy VIII” ou o Blitzball em “Final Fantasy X”. Aqui acabará por depender de cada jogador focar-se na história principal e ter sempre um ritmo elevado de enredo, ou explorar as missões secundárias. No entanto, a qualidade destas missões é muito maior do que em “Final Fantasy VII Remake”.

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Olhando para o sistema de combate, este é um dos melhores que a série já teve. Intenso e inteligente, obriga-nos a um foco constante e vale a pena ser experimentado na dificuldade mais alta, onde é um verdadeiro desafio. Destaque para o sistema de evolução e para os ataques de sinergia entre personagens, que são a grande adição de “Final Fantasy 7 Rebirth” em termos de jogabilidade.

Contudo, o foco é a história e as suas personagens. Começando pelos vilões, Sephiroth e Rufus têm novas camadas a explorar. É um prazer ter um jogo com vilões deste nível. Claro que a isto junta-se o nosso grupo, com personagens memoráveis e que aqui estão ainda melhores, porque a exploração é outra, mais madura e mais suportada por acontecimentos de flashback. Claro que continua a ter os seus momentos mais “parvos” tal como no original, mas no geral é um passo em frente em termos de história, ficando apenas a frustração porque queremos mais e ainda falta um terceiro jogo. Sendo um jogo tão amado, o final, e que foge da história original, não agradará a todos e será discutido durante anos, até chegar o próximo jogo que nos expliquem bem o que a Square Enix está a pensar fazer. Mas será muito interessante ver para onde a saga vai, porque existem aqui momentos realmente importantes e que surpreendem.

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Depois de um primeiro “Remake” que deixou os fãs entusiasmados, “Final Fantasy 7 Rebirth” tinha o grande desafio de mostrar o mundo fora de Midgar. E não falhou. Existe tanto para se fazer, tanto para se explorar e personagens para se conhecer, que senti que cada missão secundária merece ser feita, porque fala um pouco mais sobre este planeta, esta sociedade e, claro, estas personagens que tanto gostamos. Mesmo para quem nunca tenha jogado o original, este jogo é um must-have. Tem falhas, claro, e como já referi, o final não agradará a todos, mas o que temos aqui é um dos melhores RPGs deste século, um dos melhores “Final Fantasy” de sempre e claro candidato a jogo do ano. Para um fã como eu, é mesmo um sonho tornado realidade.

TRAILER | FINAL FANTASY VII REBIRTH É GIGANTE

Já tiveste a oportunidade de experimentar “Final Fantasy 7 Rebirth”? Qual a tua opinião sobre o regresso desta série?

Final Fantasy 7 Rebirth, Crítica
  • Gráficos - 95
  • Enredo - 94
  • Som - 99
  • Jogabilidade - 96
96
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