Final Fantasy Type-0 HD (PS4) | Análise

 

 final fantasy type 0  

  • Editora: Square-Enix
  • Produtora: Square-Enix
  • Plataformas: PS4, Xbox One

 

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Final Fantasy Type-0 HD é o novo jogo da Square-Enix a chegar à atual geração. Depois do seu lançamento para a consola portátil da Sony apenas no Japão, chega agora a versão HD, oferecendo um Final Fantasy diferente do que estamos habituados, mas com pernas para se tornar, quem sabe, numa sub série dentro desta saga.

Com 40 horas de jogo, Final Fantasy Type-0 HD é um desafio que nunca se torna aborrecido. Graças às suas 14 personagens, com poderes e personalidades distintas, temos a possibilidade de passarmos estas 40 horas sem a sensação de repetição que por vezes invade este género. A jogabilidade está em constante mudança, muito graças à possibilidade de costumizarmos os poderes dos nossos 14 personagens, levando a que todos os combates sejam diferentes, sem aparente repetição. Destaque ainda para os vários tipos de combate e até para os momentos de estratégia em tempo real, a fazer lembrar um particuplar momento em Final Fantasy VII, em que controlado tropas num campo de batalha. Tal adicção vem com uma jogabilidade algo limitada e a visão nem sempre é a melhor, mas trata-se de uma forma diferente de jogarmos, ajudando, uma vez mais, a que o jogo não seja repetitivo, sendo uma adição muito bem vinda e que tem capacidade de evoluir.

Tal como o enredo, também a jogabilidade de Final Fantasy Type-0 HD vive da guerra. Os combate são o foco e podemos garantir que aqui teremos os combates com o ritmo mais elevado de toda a série. Apesar de durante todo o enredo termos o controlo de 14 persoangens, apenas levaremos três de cada vez para cada combate, e apenas teremos o controlo de uma, sendo possível alterar entre personagens à velocidade da luz. E é nestes frenéticos combates que encontramos um dos melhores trunfos deste jogo: a sua inteligência artificial. Os nossos companheiros adaptam-se de forma quase perfeita ao que nós fazemos e ao que os nossos inimigos fazem, deixando a sensação que não se trata apenas de lutas em que temos um personagem de confiança (o nosso) e outros dois apenas a apoiar. O resultado são lutas dinâmicas que elevam bastante a qualidade do jogo e as tornam mais realistas.

Conhecermos as possibilidades das nossas 14 personagens será a grande vantagem que podemos adquirir, sendo importante criar boas estratégias e enfrentar os inimigos com os nossos melhores combatentes para um certo tipo de combate. Mas também o enredo pede para que o jogador conheça as suas personagens. Aliás, este enredo, que é bom, apesar de não conseguir chegar ao nível de outros jogos da saga, pede para ser explorado. O que queremos dizer com isto é que um jogador para limitar-se a ir seguindo as missões, sem grande exploração, mas perderá o que de melhor tem este enredo, que é conhecer as suas personagens. Por outro lado, um jogador que explore locais, fale com bastantes personagens e troque regularmente de personagens jogáveis, conseguirá ter um enredo muito mais coeso e muito menos confuso, mesmo tendo em conta que existem algumas questões que ficam sem resposta neste enredo.

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Com este enredo teremos alguns momentos cómicos, mas este é, essencialmente, uma história sobre guerra, sobre os que a fazem e limitam-se a ver, os que combatem, os que morrem e os que sobrevivem, mesmo que marcados para sempre. Este é, claramente, um dos enredos mais fortes da saga, muito virado para violência, para a perda e para os propósitos da guerra, deixando até para segundo plano os habituais romances da saga, que aqui também existem, mas que não têm o impacto normal devido ao ambiente de guerra e ao constante sentimento de perda.

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Até graficamente este é um jogo sobre guerra. Os cenários, os inimigos e todos os nossos personagens transmitem uma sensação de guerrilha constante, como se este fosse um mundo que vive essencialmente do confronto militar, repleto de tecnilogia e armamento de guerra. A tal junta-se uma contante sensação de urgência, como se o nosso tempo estivesse contado até à nova missão, com a sensação que algo pode acontecer a qualquer momento, e que encaixa muito bem no ambiente. Em termos sonoros, este não é um jogo ao nível de outras obras primas dentro do universo Final Fantasy, e algumas vozes não estão perfeitas, mas os efeitos sonoros estão muito bem conseguidos, principalmente nas batalhas mais frenéticas.

Sendo esta uma remasterização HD, muita da nossa atenção está nas melhorias gráficas. Final Fantasy Type-0 HD é um jogo de extremos, e se alguns cenários estão fantásticos, cheios de detalhe, cor e bons efeitos de luz e sombra, outros parecem que nem receberam melhorias. O mesmo acontece entre personagens, com todas as jogáveis e muitas outras importantes a estarem muito bem detalhados, a contrastarem com outras, que praticamente não tiveram melhorias. Percebemos que não é fácil melhorar um jogo com tanto conteúdo, mas a Square Enix não conseguiu aqui uma melhoria ao nível da fantástica remasterização que Final Fantasy X apresentou na PS3 e que provavelmente apresentará já este ano na PS4.

Variado, cheio de desafios, e pedindo que o jogador explore tudo o que o jogo tem para oferecer, Final Fantasy Type-0 HD é um jogo bastante diferente do que a saga nos tem oferecido, mas isso não o torna pior, apenas diferente. Este é um bom jogo, com muito para se fazer e que choca o jogador em alguns momentos com a sua maturidade e violência, ficando apenas a desejar em alguns diálogos sem grande objetividade. Se gostam do género, este jogo é uma agradável surpresa e que pode dar um novo rumo a uma sub série dentro da saga, pois ainda há muito para se responder neste enredo.

 

Pontos fortes:

  • Combates frenéticos, cheio de ritmo e com uma excelente inteligência artificial
  • Enredo maduro e muito forte, apesar de algo confuso se não for bem explorado
  • Grande variação dos poderes das personagens
  • 40 horas onde não se sente repetição

Pontos fracos:

  • Alguns problemas nos ângulos de visão
  • Nem todas as personagens e cenários receram melhorias gráficas

 

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma

LP

 


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