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Inteligência Artificial e Gaming | O que poderá mudar?

Nos últimos tempos, a Inteligência Artificial tem estado na ordem no dia, graças ao ChatGPT. Mas que implicações poderá ter nos jogos?

Esteve sempre no lado da ficção, quando algo criado pelo Homem, ganhasse consciência e vontade própria, com filmes como “Eu, Robô”, ou os livros de Isaac Asimov. No entanto, parece que estamos mais perto dessas ficções do que nunca, graças ao ChatGPT, cujo a criação esteve sobre a liderança de Peter Thiel, Reid Hoffman, Elon Musk entre outros. Este “mecanismo” de inteligência artificial entrou de rompante nos nossos dias, com milhares de utilizações diárias. Houve quem pedisse para criar duetos improváveis, como Drake e The Weeknd, ou como seria as músicas dos Queen nos dias de hoje. Apesar deste lado mais divertido, a inteligência artificial traz diversas problemáticas.

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Sem tocar na questão sobre a possível relação entre humanos e inteligência artificial, vamos ver o lado cultural, sobre as diferentes áreas de entretenimento, sobre tudo nos videojogos. Com todos os recursos do mundo, a criação de músicas, letras e melodias, revelou-se uma tarefa fácil para o ChatGPT, algo que inquietou artistas, como Nick Cave, que se opôs à sua utilização. No entanto, há outros artistas que não estão contra, como Grimes, que aprova o uso da sua voz pela inteligência artificial se receber 50% dos lucros. Inclusive, lançou o seu próprio software de inteligência artificial. 

Nos jogos, a inteligência artificial pode se tornar numa situação de espada de dois gumes, com um lado positivo e um lado negativo. Começando pelo melhor cenário possível, a IA poderá enriquecer fortemente os jogos e as experiências dos jogadores. NPC muito mais complexos, com falas mais personalizadas, dando uma experiência mais imersiva ao jogador. Além disso, e consequentemente, as missões poderão ser (quase) infinitas, dado as infinitas possibilidades que advém da IA. A própria inteligência artificial poderá dificultar os jogos, aprendendo os movimentos dos jogadores, para criar um desafio ainda maior. No geral, poderá tornar um jogo em algo muito superior, em vários níveis, mas depois de um certo limite poderá ser perigoso, no que toca na separação entre o que é real e o que é ficção. Por exemplo, um recente mod para “The Elders Scroll V: Skyrim” permitiu dar uma “vida” mais complexa aos NPC, dignas da própria narrativa do jogo. Mas com este tipo de utilização, com uma crescente evolução, os jogos nunca mais seriam o que são.

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Há sempre algo que gostaríamos de fazer, ou até de ser, e com que inteligência artificial, e outros aparelhos de realidade aumentada e virtual, o céu acaba por ser o limite. Quando se está em algo que se gosta, é difícil de sair, quase como um vício. No cinema existem vários exemplos, com o caso mais recente de “Não Te Preocupes Querida”, onde uma personagem, fora daquele mundo fictício, se afeiçoou aos seus filhos digitais. Assim sendo, torna-se numa linha muito ténue e quebradiça, entre o que útil e o altamente prejudicial. Como tudo, não pode haver excessos, mas poderá ser difícil quando do outro lado é um mecanismo com consciência própria.

No panorama geral, a IA ainda vai evoluir muito, ou poderá não chegar perto aos mundos imaginados acima descritos. Só nos resta esperar para ver o que vai acontecer daqui a uns anos (ou meses).

VIDEO | A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS JOGOS

Qual é a tua opinião da IA sobre os jogos?

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