©Trafalgar Releasing / HYBE

Eis a razão pela qual a K-Pop conseguiu ressuscitar os álbuns físicos

Embora a indústria da música seja cada vez mais digital, o mundo K-Pop continua a vender grandes quantidades de álbuns físicos. Mas porquê?

Sumário:

  • O mundo k-pop faz algo muito diferente do que a indústria da música no oeste e isso são os seus álbuns.
  • Apesar da queda na compra do produto físico com a maioria dos artistas isso não acontece na Coreia do Sul, onde grupo como os BTS, Blackpink, Seventeen, Twice, entre outros batem recordes de venda de álbuns.
  • No entanto, esta tendência k-pop está a espalhar-se no oeste embora agências ambientais estejam preocupadas com a marca ambiental deixada pela indústria.
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Desde a chegada de plataformas como a Apple Music ou a Spotify, a indústria da música foi alterada para sempre com a enorme queda das vendas de álbuns físicos, que levou ao fecho de algumas das grandes cadeias de lojas de música. Este processo foi bem explicado no documentário “Artifact” (2012), realizado por Bartholomew Cubbins (o pseudónimo usado pelo ator e músico Jared Leto), que para além do grande foco na luta judicial dos Thirty Seconds to Mars contra a sua editora discográfica também demonstrou o verdadeiro estado da indústria com a entrada na era digital.

bts k-pop
BTS | © 2022 BIG HIT MUSIC / HYBE.

Contudo, existe um segmento desta indústria em que esta tendência não aconteceu: a indústria do K-Pop. Mas porquê? Isto tem muito haver com o modelo de negócios das companhias, como a SM Entertainment, JYP Entertainment, YG Entertainment ou a HYBE. Cada grupo de k-pop quando lança um álbum, seja ele um completo ou um mini-álbum ou mesmo um EP, existem várias versões deste álbum que normalmente inclui: o CD, o photobook (um pequeno livro com fotos do conceito do projeto, as letras das canções e todos os que participaram na sua criação), e photocards (pequenos cartões com a fotografia de um dos membros do grupo).

Mas porque é que este tipo de álbuns são tão atrativos? Isso é porque estes trabalhos são feitos para os fãs dos grupos, e normalmente esses têm um bias (um membro favorito do grupo k-pop). Para além disso, mais especificamente no mercado sul coreano e japonês, pode existir um ‘bilhete dourado’ em alguns destes álbuns que dá a oportunidade ao fã de ir a um Fan Meet ou a um concerto e estar mais próximo do seu grupo favorito.


A industria do K-pop recuperou a compra de álbuns físicos, mas haverá algum exagero?

aespa k-pop
©SM Entertainment

Em Portugal, nos últimos anos, especialmente com o crescimento da popularidade deste género musical, tem sido mais fácil conseguir álbuns k-pop, estando à venda em lojas como a Fnac, mas também existem lojas online onde se conseguem adquirir embora talvez não tenham todas as versões.

Contudo, esta indústria desenvolveu vários estilos de produtos para que os fãs possam comprar mais. Por exemplo, diferentes versões terem um photobook com um conceito diferente (como aconteceu com os mais recentes álbuns dos BTS), ou versões focadas num membros em específico (algo visto com os SuperM), ou mesmo versões deluxe com mais canções ou algo completamente diferente, como o que aconteceu com as Aespa ao lançarem uma versão com um leitor de cds.

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Todas estas diferentes opções fazem com que os fãs de k-pop comprem várias unidades do mesmo álbum, para conseguirem o photocard do seu bias ou conseguirem o ‘bilhete dourado’. Contudo, existem alguns grupos ambientais que são contra este tipo de negócio, embora haja algumas companhias, como a HYBE (companhia dos BTS, Seventeen, e muito mais), que dizem usar materiais recicláveis nos seus produtos.

No entanto, parece que este modelo de negócio também já transitou para o oeste, pois existem muitos artistas que agora têm edições especiais dos seus álbuns, como em vinil e cassete, e os seus fãs compram essas edições. Isto foi muito visto com Taylor Swift, especialmente depois da artista ter começado a relançar os seus trabalhos anteriores. Mas outros artistas também começaram a fazer o mesmo, como os Linkin Park que lançaram várias edições do seu mais recente álbum “From Zero” com a versão CD normal, diversas variantes em cassete e em vinil, em que algumas só têm alguns dos membros da banda e juntos depois formam a imagem completa.

És fã deste género? Já compraste várias versões do mesmo álbum?



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