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Luca da Disney•Pixar e outros filmes sobre o verão em Itália

Quais os melhores filmes sobre o verão em Itália? De Luca a Chama-me Pelo Teu Nome vem connosco numa viagem com muito calor italiano.

Siete pronti per l’estate? Aqui na MHD somos fãs do melhor do cinema do verão, sobretudo de filmes sobre o verão em Itália. Com o lançamento de “Luca” na plataforma de streaming Disney Plus cada vez mais próximo, queremos celebrar o melhor do cinema italiano. Vamos viajar a Sorrento, Roma, Napóles, Capri, TortolìFlorença, Veneza ou até qualquer parte no norte de Itália.

Com muito entusiasmo, faremos as malas para viajar a esses locais, onde se vibram as energias de estrelas do cinema como Sophia Loren, Audrey Hepburn, Clark Gable, Gregory Peck, Katherine Hepburn, Giancarlo Giannini, Timothée Chalamet, Vittorio De Sica ou Marcello Mastroianni. Somos arrebatados pelas suas experiências solarengas e relaxantes em areal cintilante e em águas reluzentes.

Há realmente muito cinema sobre o verão para descobrir antes de “Luca” da Disney•Pixar, cujo mundo italiano é contado pela equipa técnica no vídeo partilhado a seguir. Acreditamos que esta lista de melhores filmes sobre o verão em Itália é a forma mais justa para celebrar a sua estreia e a história de amizade que nele nos é contada.

Pensar em cinema de verão é pensar muitas vezes no cinema leve, descontraído e também num cinema que aborda o crescimento e a transição para algo novo. Ora bem, quando os filmes sobre verão são feitos em Itália, parece existir uma harmonização dessas ideias com os principais valores da vida e cultura italianas. Sejam nativos ou estrangeiros à procura de conhecer um novo mundo, o verão em Itália no cinema simboliza a liberdade face às convenções sociais. Uma fuga necessária à tradição.

Historicamente, os filmes sobre o verão em Itália tem uma importância vital para as audiências do pós-segunda Guerra Mundial, sobretudo na década de 50. Enquanto o neorrealismo obrigava os italianos a confrontarem-se com a devastação social, cultural e humana das suas gentes, o cinema sobre o verão apropriava-se de alguns esses dogmas para analisar de maneira mais divertida e descomprometida os seus costumes. Foram por isso importantíssimos a transformação e o boom económico decorridos nos anos 50 e anos 60, onde la dolce vita italiana começou a ser uma ideologia vincada na rotina dos cidadãos italianos, naquele que vestiam, que comiam, nos carros que conduziam e até nos filmes que viam em salas de espectáculo. As transformações em termos laborais, garantiram melhor qualidade de vida e, por isso, muitos poderiam fugir da rotina em fábricas e escritórios para os locais mais paradisíacos ao redor da península. O mar e o calor deixaram de ser pesadelos intermináveis, aliados à pesca e à necessidade de obter alimento para alimentar os mais novos. O verão em Itália tornava-se um formidável reflexo da sociedade italiana, dos seus vícios, das suas virtudes e das suas maneiras de ser.

Além disso, no cinema de verão italiano há algo mais forte, que faz a identidade do indivíduo superar o seu sentido de comunidade ou de família. A comunidade e a família são temas inerentes a praticamente todo o cinema italiano, mas nos filmes sobre o verão em Itália, o que importa é a procura do indivíduo pelo seu sonho mais íntimo ou até mais secreto, que nem ele consegue mais esconder porque o calor é muito. Desta forma, o verão em Itália oferece-nos as personagens mais heterogéneas, que todos os espectadores merecem conhecer. Não nos focamos apenas em filmes de animação como “Luca”, mas em histórias dos mais distintos géneros e realizadores.

Aqui ficam os diferentes filmes sobre o verão em Itália, as suas personagens e a melancolia de uma estacão que passa mais rápido do que deveria, consumindo-nos de tamanha melancolia. Partilhamos não só os filmes como as maneiras onde os poderás assistir, seja em streaming como em DVD. Andiamo?




Vacanze Romane (1953), de William Wyler

filmes sobre o verão em Itália
Audrey Hepburn e Gregory Peck em “Férias em Roma” (1953) © Paramount

Talvez pensassem que começaríamos com um filme italiano, no entanto decidimos iniciar esta lista com o filme norte-americano “Férias em Roma“, exemplificando bem como a capital italiana estava já nas bocas do mundo para disfrutar da melhor temporada do ano. Pizza, caminhadas ao sol e viagens numa vespa fazem de “Férias em Roma” uma história demarcante sobre o verão e um marco na cinematografia de William Wyler, um dos cineastas mais versáteis da Era Dourada de Hollywood, capaz de percorrer o drama, o realismo americano, a comédia e o género épico-bíblico com uma autenticidade fora do comum aos realizadores de indústria. Além disso, temos oportunidade de ver Audrey Hepburn na sua estreia em cinema, com a qual venceu o Óscar de Melhor Atriz.

Curiosamente, apesar de ser uma fábula de um jornalista que se apaixona por uma bela princesa, “Férias em Roma” teve uma produção bastante exigente. Aliás, o argumento é da autoria de Dalton Trumbo, algo que só se soube nos anos 90, pois aquando da realização do filme o escritor estava na lista negra por causa da caça aos comunistas decorrida nos anos 50.

Férias em Roma” está disponível em DVD através do site da FNAC Portugal.




Pane, Amore e…. (1955), de Dino Risi

filmes sobre o verão em Itália
Sophia Loren e Antonio Cifariello em “Pão, Amor e…” © Titanus

Pão, Amor e…” de Dino Risi conta-nos a história de Antonio Carotenuto (Vittorio de Sica), um marechal reformado que de regresso à sua terra natal, Sorento, assume o cargo de comandante da guarda municipal. Antonio promete para si próprio não se meter em mais sarilhos, no entanto terá de despejar a feirante Sofia (Sophia Loren) do seu apartamento. Sofia é uma mulher com coragem, capaz de se desvencilhar sozinha e que não cederá tão facilmente às intenções do marechal.

Cheio de cor, peixe fresco e maresia, “Pão, Amor e…” é uma história bastante leve de um Dino Risi que mostra os seus conterrâneos como são exatamente. Além de acrescentar cor ao cinema italiano, dá também seguimento à história de “Pão, Amor e Fantasia”, o filme de Luigi Comencini protagonizado por Vittorio de Sica e Gina Lollobrigida e que deu início ao (sub)género ‘neorrealismo rosa‘. Nesta sequela há sobretudo uma maior otimismo da trama, e decididamente consolidava-se uma nova forma de fazer cinema, um cinema de verão.

Pão, Amor e…” está disponível no catálogo da Netflix Portugal.




Tempo d’estate (1955), de David Lean

verão
Katherine Hepburn

Katharine Hepburn surge num papel que parece refletir ela própria. Uma norte-americana solteira e financeiramente independente viaja sozinha para Veneza, onde acaba por conhecer um italiano já sposato. Loucura em Veneza” é bastante interessante por abordar desde o começo da sua trama algumas das problemáticas da cidade de Veneza, ainda salientes nos nossos dias e relacionadas com o turismo em massa, que ao longo das últimas décadas tem atormentado os locais e dado origem a manifestações e discussões sócio-políticas em Itália e na Europa.

Loucura em Veneza” é realmente um festim dos sentidos provocados por uma das cidades mais envolventes da cultura italiana. Inesperadamente, o filme teve um impacto negativo na vida de Katherine Hepburn, que numa das cenas onde a sua personagem cai no canal, acabou por ter uma infeção nos olhos. A infecção nunca foi curada e ficou consigo até ao fim dos seus dias. De qualquer forma, nada disso é percebido num filme, que mantém tudo aquilo que sempre desejamos num filme italiano: amor, amor, amor.

Loucura em Veneza” está disponível em DVD no site da Amazon. Atualmente não se encontra disponível em streaming em Portugal.




La baia di Napoli (1960), de Melville Shavelson

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Sophia Loren e Clark Gable em “Começou em Nápoles” (1960) © Paramount Pictures

Começou em Nápoles” pouco ou nada acrescenta à história do cinema italiano, embora seja um prazer ver Clark Gable num dos seus últimos papéis. Na pele do advogado norte-americano Michael Hamilton, vai até Capri para levar o seu sobrinho Nando Hamilton (o jovem Marietto) a viver consigo na América. Contudo terá de enfrentar Lucia Curcio (Sophia Loren), uma italiana bastante jovem que é tia do miúdo e trabalha no cabaret.

Começou em Nápoles” é sinónimo da frenética rotina levada pelos habitantes do sul de Itália, e mesmo ao abordar os distintos estereótipos italianos criados pelo cinema norte-americano trata com certa delicadeza, a história de amor entre um homem mais velho e uma mulher muito nova. “Começou em Nápoles” deu mesmo origem a várias discussões sobre um dos tabus da sociedade ocidental, e que aqui é exibido com toda a naturalidade. Aliás, a carreira de Sophia Loren é inundada por parcerias com atores mais maduros, como já referimos no nosso artigo especial sobre a Deusa do cinema italiano.

Destaque para a sequência em que Sophia Loren canta “Tu Vuo’ Fa’ l’Americano” ou ainda para o design de produção, que acabou nomeado para o Óscar de Melhor Direção Artística em Cor na edição de 1961.

Começou em Nápoles” está disponível em DVD através da Fnac Portugal.



La Dolce Vita (1960), de Federico Fellini

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Marcello Mastroianni e Anita Ekberg em “La dolce vita” (1960) © Cineteca di Bologna

Rodado durante os meses de verão, “A Doce Vida” de Federico Fellini é expoente máximo dos valores italianos sobre o verão, embora de idas à praia vejamos pouco – à excepção da sequência final onde todas as personagens necessitam de ir a banhos para despertar de uma terrível ressaca.

Para muitos o melhor filme que o cinema italiano nos deu, “A Doce Vida” é sobre uma Roma de outros tempos. Embora vejamos a Fontana di Trevi ou o Vaticano, esta é uma Roma desumana, onde as personagens parecem perdidas nos seus pensamentos e desamparadas de sentimentos. Esta é uma Roma dominada pela veneração das imagens, pelas imagens religiosas, publicitárias e jornalísticas e pelas imagens de uma geração perdida há muitos anos. Ainda nem haviam redes sociais, e Fellini conseguiu prever o futuro.

Aclamado por todo o mundo, “A Doce Vida” arrebatou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e valeu quatro nomeações para os Óscares 1962, incluindo Melhor Realizador e Melhor Argumento Original, e acabou por vencer o Óscar de Melhor Guarda-Roupa.

A Doce Vida” está disponível na Filmin Portugal e em julho estará disponível em DVD.




Il Sorpasso (1962), de Dino Risi

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Il Sorpasso

No dia de verão mais importante da sociedade italiana, o feriado do Ferragosto (15 de agosto, em Portugal dito como o Dia da Assunção de Nossa Senhora), conhecemos o playboy Bruno (Vittorio Gassman) e o tímido Roberto (Jean-Louis Trintignant) numa viagem de 2 dias pelas estradas de Roma e da Toscana. É uma road-trip onde duas gerações se encontram a bordo do automóvel Lancia Aurelia B24. Os diálogos entre as personagens são um testemunho da mentalidade da época, de um mundo em viragem e completamente mergulhado na modernidade, onde se percebe o seu impacto na sociedade e nas crenças mais individuais.

A Ultrapassagem” é um filme para quem sabe viver e para quem quer viver a vida italiana ao máximo, e que acabou por dar origem a um novo sentido à commedia all’italiana que esteve em voga na década anterior. Graças ao argumento e à presença de Jean-Luis Trintignant, não será demais relembrar que “A Ultrapassagem” partilha muitas associações com o cinema da Nouvelle Vague Francesa.

A Ultrapassagem” está disponível na Filmin Portugal.




Travolti da un insolito destino nell’azzurro mare di agosto (1974), de Lina Wertmuller

Giancarlo Giannini em “Insólito Destino” © Medusa Distribuzione

Tirar férias no Mediterrâneo não está ao alcance de todos, mas a milionária Raffaella Pavone Lanzetti (Mariangela Melato) pode fazer de tudo. Extremamente desagradável com todos aqueles que a rodeiam, sobretudo com o empregado sem papas na língua Gennarino Carunchio (interpretado por Giancarlo Giannini), Raffaella persiste em ser uma rude capitalista, que detesta quem defenda valores comunistas ou socialistas. É exatamente essa disputa económica-política que permite a Lina Wertmuller apresentar-nos uma das mais estranhas histórias de amor da história do cinema italiano.

Desta forma, a cineasta – a primeira mulher nomeada ao Óscar de Melhor Realizador – coloca frente a frente a disputa de vários anos entre os valores machistas e feministas e o que significa ser homem e mulher quando ocorre um afastamento social. Com muita frieza, é exibido o lado mais animal das personagens, mas nem por isso deixamos de nos conectar com aqueles seres complexos.

O calor, a paixão e o despertar carnal fazem os nossos protagonistas esquecerem por completo os fantasmas e os tormentosos pensamentos com o qual a humanidade é atraiçoada há vários séculos e não irão demorar até mostrarem-se como são. O seu insólito destino é exatamente o título da obra em português.

Insólito Destino” está disponível em DVD através da Amazon. Dá uma vista de olhos ao nosso artigo sobre Lina Wertmuller e conhece mais sobre o seu trabalho.




Camera con Vista (1985), de James Ivory

european film challenge quarto com vista sobre a cidade
© Merchant Ivory Productions

Rodado durante a primavera e o verão italianos de 1985, “Quarto Com Vista Sobre a Cidade” é um maravilhoso filme de época, importante para entendermos o impacto do sonho italiano na sociedade britânica. Realizado por James Ivory, “Quarto Com Vista Sobre a Cidade” é sobre o despertar sexual de uma jovem em Florença, que não consegue viver por completo a sua paixão uma vez amarrada nos preconceitos da sociedade eduardiana dos inícios do século XX.

O que vemos neste drama romântico, além do sol que surge em todos os ângulos é uma viagem pelas praças italianas, pelos vales verdes do centro de Itália e também um pleno desflorar de uma menina que quer ser ela própria. “Quarto Com Vista Sobre a Cidade” é um filme que nos ajuda a entender melhor como o amor e a verdade prevalecerão acima de qualquer outra coisa. Acabou por ser um sucesso nas estatuetas douradas e venceu o Óscar de Melhor Argumento Adaptado para Ruth Prawer Jhabvala.

Quarto Com Vista Sobre a Cidade” está disponível em DVD através da Amazon.




Il talento di Mr. Ripley (1999), de Anthony Minghella

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“The Talented Mr. Ripley” © Paramount Pictures

Os estrangeiros gostam de viagens a Itália, sobretudo os norte-americanos. “O Talentoso Sr. Ripley” é um bom exemplo de uma moda que assombra o cinema de Hollywood há vários anos. Remake “À Luz do Sol” (Réne Clément, 1960) e por sua vez baseado no livro do mesmo nome de Patricia Highsmith, esta é a história de um jovem pobre que ambiciona ascender na sociedade norte-americana e, por essa razão começa a trabalhar para o pai de Dickie Greenleaf (Jude Law), com o intuito de trazer o filho pródigo de volta a casa. Dickie é um galã que adora mulheres, comida e praias italianas, e que não tem pressa em voltar à América onde o american dream é apenas uma miragem.

Na Itália, pode andar livremente pelas ruas, embebedar-se e apaixonar-se por quem quer que seja, que não há problema nenhum. O país é apresentado como o local mais correto neste planeta para se viver bem e para se viver intensamente. Tom Ripley vai acompanhar Dickie em todos os seus minutos, ao mesmo tempo que vai tentar roubar-lhe a identidade. O ‘eu’ de Ripley está quebrado, perante os outros e perante a sociedade.

Embora muitos vejam Tom Ripley como um sonhador, ansioso por viver em liberdade, sem constrangimentos sociais, temos uma opinião ligeiramente diferente. “O Talentoso Sr. Ripley” mostra-nos um jovem que de certo modo precisa estar enterrado em certos dogmas sociais para conseguir ser ele próprio – além de adorar imitar outras pessoas. A sua viagem solarenga em Itália faz queimar os seus olhos e fá-lo estar ainda mais determinado em atingir os seus objetivos. Esta é uma história de um homem consumido pelo seu próprio narcisismo e que encontra no disfarce o sentido de viver.

O Talentoso Sr. Ripley” está disponível em DVD através da Fnac Portugal



Pranzo di Ferragosto (2008), de Gianni Di Gregorio

filmes sobre o verão em Itália
Gianni Di Gregorio, Alfonso Santagata, Grazia Cesarini Sforza, Valeria De Franciscis, e Marina Cacciotti em Almoço de 15 de Agosto (2008) © Zeitgeist Films

Pérola do cinema independente italiano, “Almoço de 15 de Agosto” apresenta-nos a um homem de meia-idade e as suas peripécias com a sua mãe, com quem partilha a casa. No feriado mais importante do verão, espera puder divertir-se, mas as coisas não correm como esperado, quando precisa de cuidar de vários senhoras com mais de 80 anos.

O almoço cinematográfico percorre com ironia a forma como os italianos tratam os seus idosos, abandonando-os durante o verão, enquanto fogem para as praias da costa. Sem querer, o nosso protagonista acaba por também por ser um herói, e por dar alguma alegria aquelas mulheres que praticamente já esqueceram o que significa viver à grande e à italiana. O registo humorístico do filme remete às grandes comédias italianas e trata com humildade as pequenas complicações domésticas que se vão instaurando.

Filmado com luz natural, e com um elenco de atores não profissionais, “Almoço de 15 de Agosto” é um filme leve que não poderás perder nesta altura em que o calor se faz sentir com mais força.

Almoço de 15 de Agosto” está disponível em DVD através do site da Amazon.




Chiamami col tuo nome (2017), de Luca Guadagnino

Timothée Chalamet
“Chama-me pelo Teu Nome” (2017) lançou a carreira de Timothée Chalamet| ©Memento Films

O filme italo-americano mais amado dos últimos tempos é “Chama-me Pelo Teu Nome” e transporta-nos para o verão de 1983, a qualquer parte do norte de Itália. Com o mesmo estilo de outros dos seus filmes, como por exemplo “Mergulho Profundo“, Luca Guadagnino apresenta-nos a Elio, um adolescente de 17 anos, que vive com a sua família numa grande mansão e que irá apaixonar-se por Oliver, um norte-americano de 24 anos, de visita à Itália para tratar do seu projeto universitário.

Esta é uma poderosa história sobre o despertar sexual durante o verão, o momento mais mágico de sempre. É um filme bastante sensual, onde os corpos humanos são confundidos por esculturas, mas é também um filme sobre a procura mais pura da nossa alma gémea, de corpos e almas que se cruzam e tornam-se um só. “Chama-me Pelo Teu Nome” é o filme sobre o desejo, e de todos os filmes desta lista provavelmente aquele que melhor incorpora as nuances de um filme sobre o verão.

Com tons bem quentes, “Chama-me Pelo Teu Nome” deixa-nos com vontade de colocar o protetor solar e de agarrarmos numa toalha de praia para tomar um banho nas frias águas de uma piscina ou de um lago. Deixa-nos com vontade de estender os nossos corpos no prado verdejante, de metermos escuros óculos de sol para ler melhor um livro ou simplesmente comermos de mastigar um bom pedaço de fruta ao som do piano e da nossa música preferida. A trama faz-nos também querer seguir num passeio de bicicleta sem hora de regresso, ou de passar a noite a mexer os nossos corpos numa esplanada espaçosa… “Chama-me Pelo Teu Nome” é tudo isto, e é sobre o saber sentir a natureza e deixar-se levar. Não esquecemos que o verão acaba, mas temos a certeza que o verão voltará, assim como as memórias. Somos mais fortes, crescemos e estamos prontos para continuar a nossa viagem.

Chama-me Pelo Teu Nome” está disponível na Netflix Portugal.

Que outros filmes sobre o verão em Itália gostarias de destacar? Deixa-nos o teu comentário abaixo ou nas nossas redes sociais. Há muito cinema sobre o verão em Itália a descobrir em plataformas de streaming ou em DVD.

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