Maio no teatro: Modus Vivendi

Maio no teatro: Lisboa

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Depois dos festivais de teatro o que está ainda em cena?

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Fazemos a pesquisa, lemos, vemos e falamos sobre teatro. Tudo para que possamos sair de casa sem nos perdermos no barulho publicitário feito por uma mão cheia de espectáculos (fazendo com que nos esqueçamos de outros), ou simplesmente para sairmos da nossa zona de conforto.

Estas são as nossas sugestões de entre o que podes ver no mês de maio:

MAIO NO TEATRO | MODUS VIVENDI

Maio no teatro: Modus Vivendi
Modus Vivendi

Uma performance centrada em acções que formam uma narrativa absurda, realçando o aspecto repetitivo, ritual, do funcionamento da sociedade. Esse funcionamento, em constante tributo a uma ordem que se confunde com a gestão da aparência, sujeita-se por isso, também constantemente, à sua negação pela realidade. A doença grave, confinante, é uma dessas manifestações que põem em causa a natureza do tecido social e a nossa própria relação com a realidade. Modus Vivendi fala da vida e da morte num universo que banaliza uma e invisibiliza a outra.

17 e 18 de Maio, a criação de Lara Boticário Morais subirá aos palcos da Rua das Gaivotas 6 às 21h, com bilhetes a 3€ e a 5€.



MAIO NO TEATRO | CHAMBRE NOIR

Maio no teatro: Chambre Noire
Maio no teatro: Chambre Noire

Uma alucinação selvagem em torno do leito de morte de Valerie Jean Solanas (1936-1988): ‘a rapariga mais bonita da América’, a talentosa estudante de psicologia que passou a vida a entrar e a sair de instituições mentais, a primeira prostituta intelectual, escritora, feminista radical, criadora do SCUM Manifesto, a mulher que disparou contra Andy Warhol, sem o conseguir matar… Uma personagem complexa, multifacetada, escandalosa e absolutamente humana. Inspirado no romance The Faculty of Dreams, de Sara Stridsberg, Chambre Noire é um duo entre a marionetista Yngvild Aspeli e a percussionista Ane Marthe Sørlien Holen, com marionetas de tamanho humano, canções hipnóticas, projeções de vídeo, humor e um deserto de solidão.

A propósito do FIMFA, Yngvild Aspeli e Paola Rizza levarão até dia 19 de maio Chambre Noir ao palco do Teatro do Bairro. Este espectáculo de teatro visual, marionetas e vídeo terá apresentações às 19h (domingo) e 21h30 (sexta e sábado). O espectáculo será em inglês com legendagem em português e os bilhetes terão o custo de 6 a 12€.




PARLAMENTO ELEFANTE

Maio no teatro: Parlamento elefante
Parlamento elefante

Três datas de nascimento abrem caminho a uma reflexão sobre o século XX. De Che Guevara ao Capitão América, dos Beatles aos United Nations, de Gandhi a Quentin Tarantino, dos atores ao público, todos se reúnem para forjar leis universais, colaborar em conflitos de interesse, manipular massas, falsificar assinaturas e outros planos maléficos. Agachados numa trincheira ou sentados numa conferência das Nações Unidas, o assunto mantém-se: Democracia.

Uma criação colectiva entre Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça que subirá ao palco do TNDMII até 19 de maio. Quartas e sábados às 19h30, quintas e sextas às 21h30 e domingos às 16h30 com bilhetes a 11€, havendo também descontos.




UM OUTRO FIM PARA A MENINA JÚLIA (NOVA TEMPORADA)

Maio no teatro: Um outro fim para a menina Júlia
Um outro fim para a menina Júlia
“Júlia sai com um passo firme”. Esta é a didascália que August Strindberg escreve no final de Menina Júlia. Desde a estreia da peça, há 130 anos, em março de 1889, que atores de todo o mundo obedecem à ordem do autor e nos sugerem o suicídio de Júlia como o único desfecho possível desta história. Imaginar outro fim possível para estas personagens obriga-nos a mostrar em cena o que acontece depois da didascália de Strindberg. Obriga-nos a imaginar o futuro que não quis prometer às suas personagens. Em “Um outro fim para a Menina Júlia”, vemos Júlia, João e Cristina, que o mundo já viu tantas vezes, para depois os reencontrarmos 30 anos mais tarde, treinados pela vida a encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Neste “antes e depois”, tentamos inventar uma alternativa e imaginar que o passo firme de Júlia pode ser o início da lenta e laboriosa caminhada da vida.

Tiago Rodrigues dá continuidade a um dos clássicos do texto teatral, na sala de Cenografia do TNDMII, até dia 23 de maio. Quartas e quintas às 19h, com bilhetes a 11€, havendo também descontos.



A ÚLTIMA CEIA

Maio no teatro: A última ceia
A última ceia

 E se tivessem conhecido Hitler aos dezassete anos?
Este é o ponto de partida pelo qual cinco candidatos a doutoramento, que moram juntos, decidem convidar pessoas para jantar. Mas estas figuras convidadas, tendencialmente liberais nas suas opiniões políticas, surpreendem os anfitriões. O inevitável e radical debate político deixa o clima tenso e violento e desperta ódios e memórias amargas. Os convidados podem beber e comer o jantar, mas irão inevitavelmente morrer.

A Companhia da Esquina leva ao Teatro da Luz (Dom Luiz Filipe) até dia 31 de maio, (quintas, sextas e sábados às 22h) a sua mais recente criação a partir de Dan Rosen e com bilhetes a 12,50€.




ROMEU E JULIETA

Maio no teatro: Romeu e Julieta
Romeu e Julieta

Depois do sucesso de Hamlet(a), versão no feminino da célebre tragédia dirigida por Hugo Franco, a Comuna reincide em Shakespeare, agora no palco da Sala Carmen Dolores do Teatro da Trindade. Para alguns é a mais bela das histórias de amor do teatro ocidental, ou não fosse Romeu e Julieta “a primavera do coração de Shakespeare com toda a sua rica florescência de sonhos, de paixões, de palpitações e êxtases”, como escreveu Domingo Ramos. Reunindo um grande elenco, onde pontuam Bárbara Branco e José Condessa nos protagonistas, secundados por atores notabilíssimos como Carlos Paulo e Manuela Couto, a história do amor impossível entre os descendentes das famílias rivais de Verona, Montequios e Capuletos, regressa numa encenação de João Mota, que sublinha esta pulsante tragédia como “um arquétipo do amor juvenil, com as suas deslumbrantes paixões e os seus desgostos viscerais”. A tradução escolhida é a de Fernando Villas-Boas (editada pela Oficina do Livro) e, para esta coprodução com o Teatro da Trindade, a Comuna desafiou, para compor a música original, um “velho” compagnon de route da companhia: José Mário Branco. FB

De quarta a sábado às 21h e domingo às 16h30 no Teatro da Trindade INATEL até dia 9 de junho. Os bilhetes terão o preço de 12€ ou 18€, havendo descontos.

Alguma destas sugestões te fará ir aos teatros durante o mês de maio?

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