Mammals | Melia Kreiling, Colin Morgan e Henry Lloyd-Hughes em entrevista

Falámos com os atores Melia Kreiling, Colin Morgan e Henry Lloyd-Hughes que integram o elenco da nova série da Amazon Prime Video, Mammals. 

Está prestes a chegar à Prime Video (estreia a 11 de novembro) uma nova minissérie que servirá de escapadinha romântica para os dias de inverno que se avizinham. Em “Mammals” seguimos os relacionamentos modernos e a forma como os nossos comportamentos afetam o dia a dia de quem procura a melhor experiência a dois.

Trailer de Mammals

Mammals começa de uma forma leve, mas aos poucos vai revelando os segredos por detrás da relação peculiar entre Jamie (James Corden), um chef com estrela Michelin e a sua esposa grávida, Amandine (Melia Kreiling). Ambos começam uma perseguição conjunta à procura daquilo que os faz feliz, se é que alguma vez a felicidade plena possa ser atingida. Para entendermos um pouco mais sobre a trama de “Mammals”, escrita por Jez Butterworth, reunimo-nos com algumas das suas estrelas.

Melia Kreiling, Colin Morgan e Henry Lloyd-Hughes sentaram-se à conversa connosco para uma conversa sobre amor, amizade, traição e as razões que fazem de “Mammals” uma história realista com um toque mágico que vai além dos típicos finais felizes de Hollywood.

MHD: E o que os motivou a fazer parte deste projeto?

Melia Kreiling: Só o simples facto de ter o Jez Butterworth a escrever a série foi maravilhoso. Ele provavelmente se sinta envergonhado ao ouvir-nos falar assim, mas o seu estilo de redação é perfeito.

Henry Lloyd-Hughes: Acho que se sente a sua imaginação em “Mammals” pelos caminhos que seguem as personagens e pelas reviravoltas que acontecem. Espero que os espectadores percam o fôlego ou que, pelo menos, se sintam surpreendidos pelas cenas. Para mim foi emocionante ter conseguido fazer algo como este projeto. Tantas vezes lês argumentos e não sabes o que fazer, mas quando te chega um destes às tuas mãos a conversa é outra.

MHD: Esta série levanta questões muito pertinentes sobre a monogamia sobre o significado da família, sobre como equilibramos trabalho e sucesso profissional com a família? Que elementos acham que as vossas personagens trazem para essa história?

Colin Morgan: Suponho que do ponto de vista da minha personagem, é um homem que tenta entender o comportamento humano através de espécies animais e talvez só encontre respostas muito mais tarde. Há aqui uma prova entre o agir sobre os nossos instintos mamíferos e os instintos sociais que nos são impostos. “Mammals” consegue ser a certo ponto provocatório, porque mostra como forças externas podem influenciar os comportamentos destes indivíduos. Acho que esta constante procura do meu personagem por isso é algo interessante.

Melia Kreiling: Eu acho que a Amandine é uma mulher que vive a vida de uma maneira muito romântica. Ela vive as coisas como deveriam ser e não como realmente são. Acredito que esteja a tentar descobrir onde colocar esses ideais e como ser o mais realista, a fim de entender que coisas deram de errado. Ao fazê-lo irá sentir alguma mudança, terá de se ajustar a uma nova realidade e talvez aprender a lidar com as necessidades de outras pessoas.

Henry Lloyd-Hughes: Para mim o Jack é alguém arrependido. O público vai perceber, durante as minhas aparições em flashbacks, que existem segredos do passado. Iremos fazer essa viagem do passado para o presente e vamos ver um homem que aprendeu alguma coisa, que arrecadou algum tipo de sabedoria que lhe permite ser uma espécie de janela do futuro para as outras personagens.

MHD: É uma série muito curta, mas serão percetíveis essas mudanças no final. Já agora, como foi trabalhar com James Corden e com a Sally Hawkins em “Mammals”?

Colin Morgan: A maioria das minhas cenas foram com ambos e só posso dizer que foi enriquecedor, gratificante, positivo e emocionante trabalhar quer com o James quer com a Sally. Não foi preciso fazer nenhum esforço para sermos os melhores amigos. E conseguimos ter uma sincronia para trabalharmos em “Mammals”, mesmo criativamente. O James tem um nível de dedicação extremo àquilo que faz e permitiu à série ganhar outro ritmo, um nível de energia sábio. Com a Sally, há toda uma delicadeza. O relacionamento entre a minha personagem, Jeff e a sua, a Lue, é algo que é complicado, misterioso, confuso, mas que existe uma regra entre eles que preferem não comentar ou abordar certas coisas nas suas vidas. Não será esse um dos aspetos de todos os relacionamentos? Acho que muitas vezes guardamos coisas só para nós e talvez não seja preciso conhecer problemas internos. Sinto que isso ajudou-os a ter um relacionamento e um casamento tão douradouro. De certa forma, nunca se vão conhecer um ao outro na realidade. Este é um grande aspecto da série que não queria deixar de mencionar.

Melia Kreiling: Eu não consegui trabalhar muito com Sally Hawkins, infelizmente. Nós só tivemos algumas cenas de grupo juntas, mas consegui aprender algo com ela. Tive essa sorte. Fora dos ecrãs, em cada átomo do meu ser, consegui ser absorvida pela sua personalidade simplesmente mágica. Gostaria de voltar ao universo de “Mammals” e ter a oportunidade de trabalhar com ela. É uma criatura mítica. Quanto ao James, ele é apaixonante. Ele é muito, muito bom no que faz. E ele também é muito divertido. Sabe como trabalhar, porque está tão bem preparado e há uma firmeza que evidencia o seu amor pelos projetos.

Henry Lloyd-Hughes: Eu também tive algumas cenas com os dois e depois estive apenas alguns dias sozinho com o James. Foi um grupo de atores adorável de integrar, para ser honesto, e todos tiveram uma química fantástica. A Sally Hawkins é simplesmente uma das melhores atrizes da nossa geração e esta sua personagem foi apenas uma das tantas que me deixou empolgado. O James fez com que a tarefa difícil de participar em “Mammals” parecesse fácil. Eles mostraram o seu talento e exprimir as intenções do Jez através das suas interpretações.

MHD: Obrigado aos três pela conversa.

“Mammals” tem lançamento marcado na Prime Video para o próximo dia 11 de novembro. Não percas!