Os Melhores Episódios de 2017
A equipa de televisão da Magazine.HD reuniu-se, debateu e escolheu os episódios que marcaram as séries no último ano. Os teus preferidos estão aqui?
30. The Crown, “Beryl”
Realizado por: Benjamin Caron; Escrito por: Peter Morgan, Amy Jenkins
por Miguel Pontares
Numa segunda temporada que dedica grande parte do seu tempo ao retrato de um casamento em crise, é em parte curioso colocarmos em primeiro plano a irmã tantas vezes condicionada e deixada na sombra. Vanessa Kirby, que será substituída por Helena Bonham Carter nas próximas duas temporadas, foi sempre um dos destaques de “The Crown” mas Beryl é talvez o ponto alto da sua participação na série.
Um episódio sensual, confiante e elegante, com a princesa Margarida a deixar-se exposta e vulnerável perante a lente do fotógrafo Antony Armstrong-Jones (Matthew Goode). Aquela foto é qualquer coisa.
29. Narcos, “Sin Salida”
Realizado por: Fernando Coimbra; Escrito por: Clayton Trussell, Santa Sierra
por Miguel Pontares
Sin Salida forma com Convivir e Todos Los Hombres del Presidente (7, 8 e 9) uma sequência absolutamente infernal que convida ao consumo compulsivo. Exemplo perfeito da tensão permanente nesta temporada de “Narcos”, a primeira pós-Escobar, Sin Salida abre em grande com Pacho, coloca Jorge Salcedo em risco (uma de tantas vezes) e deixou-nos a todos a roer as unhas quando Miguel Rodríguez Orejuela escapa no limite, escondido no interior de uma parede.
28. Black Mirror, “Black Museum”
Realizado por: Colm McCarthy; Escrito por: Charlie Brooker
por Miguel Pontares
É difícil escolher entre Black Museum e USS Callister, quanto ao episódio desta temporada de “Black Mirror” que merece acompanhar Hang the DJ.
O museu de Rolo Haynes revela-se um palácio de easter eggs das temporadas anteriores e, num episódio que mostra melhor do que qualquer outra esta temporada o verdadeiro ADN “Black Mirror”, relatam-se três histórias por trás de 3 atrações do museu. 1) um implante neurológico que permite a um médico sentir a dor dos seus pacientes, 2) a consciência de uma mulher em coma alojada no cérebro do marido, 3) um homem condenado à cadeira elétrica perpetuado num holograma de sofrimento.
27. Game of Thrones, “Beyond the Wall”
Realizado por: Alan Taylor; Escrito por: David Benioff, D. B. Weiss
por Miguel Pontares
Graças a Battle of the Bastards, The Rains of Castamere e The Watchers on the Wall, “Game of Thrones” habituou-nos a esperar muito dos penúltimos episódios de cada temporada. O plano de Jon Snow, acompanhado pela aliança improvável formada por Jorah, The Hound, Thormund, Thoros, Beric e Gendry, fez pouco sentido. E a aparição do tio Benjen é um deus ex machina igualmente desnecessário.
Ainda assim, Beyond the Wall fez-nos temer seriamente pela vida de Thormund ou The Hound. E claro, o último plano com o olho azul de Viserion é um dos mais poderosos de 2017.
26. 13 Reasons Why, “Tape 7, Side A”
Realizado por: Kyle Patrick Alvarez; Escrito por: Brian Yorkey, Nic Sheff
por Filipa Machado
A história de “13 Reasons Why” só existe por causa da morte de Hannah Baker. Desde o início da série que o espectador sabia que a jovem, a certa altura, ir-se-ia suicidar. No entanto, mesmo sabendo A priori que isso iria acontecer, o visionamento do último episódio da série continua a ser uma experiência dolorosa. Pelo menos para quem se deixou envolver emocionalmente com a história.
Embora a narrativa já caminhe para a reta final, ainda há tempo para mais algumas revelações sobre a história de Hannah. Nomeadamente como a jovem tentou procurar ajuda antes de pôr fim à própria vida. A surpresa e o choque surgem quando essa ajuda nunca chega, como era suposto, e quando percebemos que quem tinha o dever de a auxiliar só agravou a situação.
Neste episódio destaca-se a performance de Katherine Langford na pele de uma Hannah Baker completamente devastada e sem motivação para viver. A cena do suicídio também não nos é indiferente, especialmente pela sua violência física e emocional, mas sobretudo porque houve um grande cuidado da parte da realização em não tornar este momento numa cena de violência gratuita.
25. Master of None, “Thanksgiving”
Realizado por: Melina Matsoukas; Escrito por: Lena Waithe, Aziz Ansari
por Miguel Pontares
A viagem ao longo de vários jantares de ação de graças da família de Denise (Lena Waithe) foi um dos pontos altos numa surpreendente segunda temporada de “Master of None”. Os Emmy Awards não hesitaram e distinguiram mesmo Thanksgiving como melhor episódio de comédia em 2017 na vertente escrita.
Com Angela Bassett como atriz convidada, o episódio serve de backstory para a amizade de Dev com Denise. No entanto, acima disso é uma jornada evolutiva entre 1995 e 2017, em que a família de Denise – embora de forma demorada e com pequenos passos – aceita a sua homossexualidade.
24. Dark, “Sic Mundus Creatus Est”
Realizado por: Baran bo Odar; Escrito por: Jantje Friese, Ronny Schalk
por Filipa Machado
“Dark” é uma das séries mais exigentes que tivemos oportunidade de ver em 2017. Para além de ter um vasto leque de personagens, este grupo multiplica-se episódio após episódio, à medida que a história era desvendada ao longo de várias épocas e gerações. Como se este desafio de decifrar quem é quem não fosse suficiente, a série introduz a temática da viagem no tempo. Como é que estas viagens funcionam? É algo que tentamos perceber desde que Mikkel desparece. Mas só começamos a ter pistas no sexto episódio, Sic Mundus Creatus Est, quando Jonas explora a caverna de Winden, e viaja até 1986!
Entretanto, Ulrich continua a sua investigação para descobrir onde está o seu filho, e acaba por fazer descobertas relacionadas com a sua família e com o desaparecimento do seu irmão, Mads.
23. Legion, “Chapter 7”
Realizado por: Dennie Gordon; Escrito por: Noah Hawley, Jennifer Yale
por Miguel Pontares
No mosaico psicadélico de Noah Hawley, o capítulo sete é o verdadeiro clímax. Numa série genialmente louca, o penúltimo episódio da temporada é uma espécie de “A Origem” que recorre a mecanismos tão heterogéneos como a animação numa ardósia ou uma sequência de clássico cinema mudo para delícia dos espectadores. Bónus: aquele “Bolero” e Aubrey Plaza.
22. Stranger Things, “The Spy”
Realizado por: Andrew Stanton; Escrito por: Kate Trefry
por Filipa Machado
Ao contrário do que muitos esperavam, a segunda temporada de “Stranger Things” não ficou aquém das expectativas que os fãs tinham. Will já não se encontra no Upside Down, mas a sua luta continua. Desta vez, o jovem é invadido pelo Shadow Monster. Em The Spy, Will e os restantes personagens começam a descobrir de forma é que ele o monstro estão ligados, mas o destaque, curiosamente, vai para outra parte da narrativa. Acontece que é neste episódio que surge uma das duplas mais inesperadas de “Stranger Things”, e que proporcionou alguns dos momentos mais cómicos da temporada. Falamos, é claro, da dupla Steve e Dustin. Nunca imaginámos ver estes dois personagens como amigos, e agora não conseguimos imaginar Steve e Dustin longe um do outro.
21. The Punisher, “Memento Mori”
Realizado por: Stephen Surjik; Escrito por: Steve Lightfoot
por Miguel Pontares
Honestamente, a estreia de Frank Castle a solo teve um despertar tardio. “The Punisher” teria brilhado com outra intensidade se a temporada tivesse menos episódios, e se víssemos Jon Bernthal a ser mais vezes Frank Castle e menos vezes Pete Castiglione.
Home também seria uma boa opção, mas é o derradeiro Memento Mori que coloca no ecrã toda a violência que se poderia esperar de um embate entre Castle e Billy Russo. E o plano final, com Bernthal a olhar diretamente para a câmara, é um dos melhores do ano passado.
20. The Handmaid’s Tale, “A Woman’s Place”
Realizado por: Floria Sigismondi; Escrito por: Wendy Straker Hauser
por Filipa Machado
Os vários episódios de “The Handmaid’s Tale” dividem-se quase sempre entre o tempo passado e o presente. Por norma, quem está no centro destas viagens no tempo é a protagonista June/Offred. Porém, em A Woman’s Place, os flashbacks estão focados numa das antagonistas da história, Serena Joy. Neste episódio, descobrimos que Serena foi uma das mentes que idealizou a sociedade presente em Gilead, onde os homens governam e as mulheres não têm voz nem poder de decisão. A ironia invade esta revelação, especialmente num momento da história em que Serena se sente impotente em relação ao marido, e procura afirmar novamente o seu lugar.
Mas há mais para ser desvendado. Com a visita da embaixadora do México, descobrimos que, para além das servas serem escravas sexuais, está nos planos dos líderes de Gilead vendê-las a outros países, como se fossem gado. E pensávamos nós que a história de “The Handmaid’s Tale” não conseguia tornar-se mais abominável, não era?
19. Black Mirror, “Hang the DJ”
Realizado por: Timothy van Patten; Escrito por: Charlie Brooker
por Miguel Pontares
Hang the DJ é o herdeiro espiritual do aclamado San Junipero (2 emmys conquistados), mostrando uma vez mais que “Black Mirror” sabe o que fazer quando tem nas mãos romances digitais. A constante repete-se: uma dupla com uma química brutal. Amy (Georgina Campbell) e Frank (Joe Cole) carregam aquela que pode se vista como a melhor publicidade alguma vez feita ao Tinder ou a outras apps de encontros. Narrativa simples, mensagem positiva, fortalecida pela realização de van Patten e pela banda sonora de Alex Somers e Sigur Rós.
18. The End of the F***ing World, Episódio 8
Realizado por: Lucy Tcherniak; Escrito por: Charlie Covell
por Miguel Pontares
A última etapa da fuga desesperada de James e Alyssa começa como acaba, numa correria desenfreada pela praia de quem percebeu finalmente o que as pessoas significam umas para as outras. Num final poético e em aberto, com desgostos parentais e um rápido flashback dos episódios anteriores, o I love him so much interno de Alyssa superioriza-se a tudo o resto.
17. The Leftovers, “G’Day Melbourne”
Realizado por: Daniel Sackheim; Escrito por: Damon Lindelof, Tamara Carter, Haley Harris
por Miguel Pontares
Numa temporada de despedida sem episódios “para encher”, “The Leftovers” poderia colocar neste TOP qualquer um entre The Book of Nora, Certified ou The Most Powerful Man in the World (and His Identical Twin Brother). Mas é o quarto G’Day Melbourne que separa Nora (Carrie Coon) e Kevin (Justin Theroux) e faz magia num plano final em que a água se funde com as lágrimas no rosto de uma das atrizes que marcou o último ano.
16. Orphan Black, “To Right the Wrongs of Many”
Realizado por: John Fawcett; Escrito por: Graeme Manson, Renée St. Cyr
por Filipa Machado
To Right the Wrongs of Many marca o final da série “Orphan Black”. Após cinco temporadas, não podemos dizer que a série esteve sempre no seu melhor. Especialmente quando decidia ser ainda mais complexa do que já era. Mas na maior parte do tempo, “Orphan Black” foi uma excelente série de drama e ficção científica. No seu capítulo final, a série desilude um pouco com a revelação que é feita sobre Westmoreland. Isto acontece, em parte, porque a série elevou demasiado as nossas expectativas com a sua teia de mistérios.
Mas apesar de tudo, To Right the Wrongs of Many consegue atar as pontas soltas da narrativa, proporciona mais momentos intensos e de ação à la “Orphan Black”, mostra mais uma vez o enorme talento camaleónico de Tatiana Maslany, oferece uma conclusão a todos os personagens da história, e dá a todas as sestras o seu merecido final feliz.
15. Sherlock, “The Lying Detective”
Realizado por: Nick Hurran; Escrito por: Steven Moffat
por Miguel Pontares
O asqueroso vilão interpretado por Tobey Jones encheu-nos as medidas num episódio que já tem por esta altura mais de um ano (a quarta temporada de “Sherlock” estreou a 1 de janeiro de 2017 e terminou no dia 15 do mesmo mês). Com Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) a revelar dificuldades em distinguir a realidade da sua imaginação, The Lying Detective reserva um twist para o final, e fica nas nossas memórias graças a um abraço entre os amigos Sherlock e John Watson (Martin Freeman).
14. Mindhunter, Episódio 2
Realizado por: David Fincher; Escrito por: Joe Penhall
por Filipa Machado
O primeiro episódio de “Mindhunter” é o mais fraco dos dez que compõe a temporada. Especialmente para quem começa a ver a série com muitas expectativas. Nada é como estávamos à espera, até que chegamos ao segundo episódio, e a premissa da série começa finalmente a ser explorada. É neste episódio que Holden Ford começa a entrevistar serial killers, com o objetivo de tentar perceber como é que a mente destes criminosos funciona.
O primeiro entrevistado é Ed Kemper, um dos personagens mais enigmáticos e interessantes de toda a série. As conversas que os dois personagens têm são relativamente longas. Provavelmente estão a pensar que são tremendamente aborrecidas e que foram prolongadas desnecessariamente. Mas enganam-se. São hipnotizantes! E fazem do segundo episódio de “Mindhunter” um dos melhores do ano!
13. Mr. Robot, “_runtime-err0r.r00”
Realizado por: Sam Esmail; Escrito por: Kor Adana, Randolph Leon
por Miguel Pontares
Considerado pretensioso por parte da crítica, _runtime-err0r.r00 ousou oferecer-nos um episódio inteirinho em plano-sequência. A câmara quase não parou numa ambiciosa opção de Sam Esmail, a fazer o que Hitchcock, Iñárritu, Sokurov ou Schipper já fizeram.
Não se deve considerar show-off do autor da série, porque foi de facto inteligente filmar um episódio caótico sem quebra de continuidade. Foi assim que pudemos viver o ataque a um edifício, primeiro com Elliot e depois com Angela, só podendo respirar quando os dois se reencontraram no final.
12. Halt and Catch Fire, “Ten of Swords”
Realizado por: Karyn Kusama; Escrito por: Christopher Cantwell, Christopher C. Rogers
por Miguel Pontares
Ten of Swords é uma lição de como terminar uma série. Num ano em que “Halt and Catch Fire” foi melhor que nunca antes, Who Needs a Guy? incluiu uma das despedidas mais tocantes de uma personagem nos últimos anos, e o silêncio do oitavo Goodwill foi doloroso.
Mas o triunfo maior de uma série que se transformou e evoluiu, de olhos postos na inovação, no falhanço e nos revolucionários invisíveis, deu-se no fim: tanto tempo passado com Donna (aquele discurso…) e Cameron, numa sala vazia e num futuro imaginado. E o final, como tudo começou, com Joe. Com a “Solsbury Hill” de Peter Gabriel a anteceder um Let me start by asking a question, capaz de descrever um círculo perfeito.
11. Better Call Saul, “Lantern”
Realizado por: Peter Gould; Escrito por: Gennifer Hutchison
por Miguel Pontares
O adeus de um antagonista com hipersensibilidade a eletricidade foi um dos melhores retratos de doença mental no pequeno ecrã, resvés com uma abordagem bem díspar numa série de animação que fornece o número 10 deste lote. O colapso de Chuck McGill (Michael McKean) a esburacar irracionalmente a sua casa, e o derradeiro diálogo entre irmãos, fez de Lantern um dos episódios mais difíceis de digerir de 2017.
10. BoJack Horseman, “Time’s Arrow”
Realizado por: Aaron Long; Escrito por: Kate Purdy
por Miguel Pontares
Poesia subtil com gelados e limões. À quarta vida, “BoJack Horseman” revolucionou a animação e, através da capacidade de fazer coexistir passado e presente, abriu o coração da série. Poucas vezes se viu a demência abordada com tanta sensibilidade e inteligência numa plataforma audiovisual, num episódio que reforçou duas ideias: Kate Purdy tem que escrever mais episódios, e depois do que já acontecera no ano anterior com That’s Too Much, Man!, os fãs podem esperar emoções fortes nos penúltimos episódios de uma das séries mais humanas da atualidade.
9. The Handmaid’s Tale, “Night”
Realizado por: Kari Skogland; Escrito por: Nina Fiore, John Herrera
por Filipa Machado
Depois de uma estreia formidável, Night é a conclusão perfeita para a primeira temporada de “The Handmaid’s Tale”. A série tem temáticas muito fortes e que estão em constante desenvolvimento. Mas no cerne da narrativa, o que temos é uma mãe, June, a tentar sobreviver a este mundo com o objetivo de recuperar a sua filha. A série relembra-nos disto várias vezes, mas é em Night que “The Handmaid’s Tale” decide dar o maior murro no estômago em relação a este tópico, revelando a localização da filha de June, e expondo a protagonista a uma enorme tortura emocional. O momento em que Serena visita Hannah e obriga June a ver tudo é das melhores cenas do episódio.
Entre os vários momentos que compõem o episódio, destacamos ainda a chegada de Moira ao Canadá, o confronto entre Serena e Fred e a recusa das servas em apedrejar Janine até à morte. Este último momento é particularmente importante pois mostra que está a acontecer uma revolução interna entre as servas que é bastante promissora para a segunda temporada.
8. Mindhunter, Episódio 10
Realizado por: David Fincher; Escrito por: Joe Penhall. Jennifer Haley
por Filipa Machado
Toda a temporada de “Mindhunter” é formidável. Porém, o último e 10º episódio destaca-se por reunir tudo o que a série tem de bom. A primeira parte do episódio foca-se num interrogatório feito pelos agentes do FBI Holden Ford e Bill Tench. Neste interrogatório, Ford assume a liderança e coordena tudo ao pormenor e de acordo com as suas convicções, com o objetivo de conseguir a confissão do homem interrogado. Mesmo que isso signifique ignorar protocolos e limites morais. Como consequência, Ford acaba por prejudicar a sua relação com Bill e o resto da equipa. Para além do impacto que este interrogatório tem no desenvolvimento do protagonista, ele mostra-nos a evolução do trabalho de Tench e Ford, depois de fazerem várias entrevistas diversos serial killers.
Mas o grande momento que torna este episódio memorável encontra-se no final, quando Ford visita Ed Kemper no hospital. Até este momento, o ego de Ford foi crescendo entrevista após entrevista. De tal modo que ele acaba por se esquecer que está a lidar com pessoas altamente perigosas e que já cometeram crimes hediondos. Este excesso de confiança torna-o desprevenido. O que se segue é uma das cenas mais tensas de “Mindhunter”, que facilmente deixará o espectador petrificado enquanto olha para o ecrã. Este efeito é criado maioritariamente pela excelente performance de Cameron Britton.
7. Rick and Morty, “The Ricklantis Mixup”
Realizado por: Dominic Polcino, Wes Archer; Escrito por: Ryan Ridley, Dan Guterman
por Miguel Pontares
The Ricklantis Mixup foi tão bom que justificou esta análise detalhada em outubro passado.
6. Mr. Robot, “shutdown -r”
Realizado por: Sam Esmail; Escrito por: Sam Esmail
por Miguel Pontares
Catarse num simples premir de uma tecla. Uma revelação à Star Wars. Uma substituição de um funcionário com um machado cravado no peito. E o regresso de um bravo viajante na cena pós-créditos. Shutdown -r é o recomeço da série e o alcançar de paz interior e colaboração entre Elliot e Mr. Robot. Tão bem escolhida a “Intro” dos M83.
5. Master of None, “Amarsi Un Po”
Realizado por: Aziz Ansari; Escrito por: Aziz Ansari
por Miguel Pontares
Entre danças em pijama e traduções segredadas, a essência de “Master of None” está toda em Amarsi Un Po. Um episódio que foge à habitual duração dos restantes, com 57 minutos que passam a voar, com Dev a ter medo de continuar sozinho e Francesca a ter medo de ficar com uma só pessoa o resto da vida. Em cozinhas iluminadas a tons de azul e magenta, e discotecas embebidas num vermelho vivo, apaixonámo-nos todos pela femme fatale Alessandra Mastronardi.
4. Big Little Lies, “You Get What You Need”
Realizado por: Jean-Marc Vallée; Escrito por: David E. Kelley
por Filipa Machado
“Big Little Lies” é uma das melhores séries de 2017. E como não podia deixar de ser, o seu episódio final tinha de constar na nossa lista de Melhores Episódios do ano. You Get What You Need não só desvenda quem foi a vítima do homicídio, mas também quem foi o homicida. Mas as reviravoltas não ficam por aqui. Como é óbvio, não queremos revelar nenhuma destas informações, especialmente se ainda não viram a série (algo que recomendamos vivamente!). Embora o episódio nos proporcione vários momentos de pura estupefação, há algo nele que fala mais alto do que qualquer plot twist: a união do sexo feminino. “Big Little Lies” é uma série sobre mulheres. No seu último episódio, a série mostra-nos como é importante que as mulheres estejam unidas, e como essa união as torna mais fortes.
3. Better Call Saul, “Chicanery”
Realizado por: Daniel Sackheim; Escrito por: Gordon Smith
por Miguel Pontares
Em tribunal, “Better Call Saul” construiu o seu melhor episódio até à data. O desmascarar de Chuck, jogada dolorosa para Jimmy (Bob Odenkirk), atingiu níveis de tensão bárbaros. Só por este episódio, Michael McKean merecia ter “limpo” uns quantos prémios.
2. Game of Thrones, “The Spoils of War”
Realizado por: Matt Shakman; Escrito por: David Benioff, D. B. Weiss
por Filipa Machado
“Game of Thrones” é uma série que se caracteriza em grande parte pela sua espetacularidade. Todas as temporadas têm episódios verdadeiramente gloriosos. E a sétima temporada da série da HBO não foi exceção. Embora a temporada tenha apresentado alguns problemas, é fácil afirmarmos que The Spoils of War é o seu melhor episódio, e é um dos melhores do ano!
Para quem já não se recorda bem, The Spoils of War começa com o aguardado reencontro dos irmãos Stark e termina com uma das batalhas mais épicas de que há memória na história da série. Tão épico, que era digno de ser visto num grande ecrã de cinema, só para podermos apreciar ainda melhor os magníficos planos e sequências de todo o confronto composto pelo exército Lannister vs. Exército Dothraki e o dragão Drogon.
1. Mr. Robot, “_kill-pr0cess.inc”
Realizado por: Sam Esmail; Escrito por: Kyle Bradstreet
por Miguel Pontares
_kill-pr0cess.inc reforça que “Mr. Robot” não tem rival na atualidade na edição/ montagem e fotografia. O ritmo com que Esmail segue Elliot com Mr. Robot, Dom com Tyrell e Angela com Darlene é alucinante, e suficiente para atribuir medalha de ouro a esta aparente vitória (We dit it) que se revela nos instantes finais uma colossal e dolorosa derrota.
Concordas com as nossas escolhas? Estão aqui aquelas que foram para ti as melhores novas personagens de 2017?
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