Metaphor: ReFantazio © Sega

Metaphor ReFantazio, a Crítica | Um RPG marcante!

“Metaphor ReFantazio” não é só uma das maiores surpresas do ano, mas talvez a melhor história num jogo em 2024

Dos senhores que fizeram a série Persona (e com a SEGA na frente do desenvolvimento), chega agora um dos mais marcantes jogos de 2024, com uma história que não esquecemos tão cedo.

Lê Também:   Final Fantasy XVI, em análise

Não precisamos de muitas horas para percebermos que Persona tem uma grande influência neste jogo. O design, tanto do jogo como dos menus de Metaphor serão quase como que conhecidos de quem jogou Persona. Graficamente, tal como Persona, é um jogo que não deslumbra de um ponto de vista tecnológico, mas o seu design é muito para quem gostar do estilo. Metaphor consegue ser um jogo sem quebras, quer a nível de jogabilidade, gráficos ou história, e isso agradou-me imenso. Nas 80 horas que tive de jogo, nunca senti que algo estivesse a mais ou que fosse forçado a aumentar a longevidade do jogo.


Metaphor ReFantazio tem uma história madura e polémica

Ainda na parte técnica, salientar a parte sonora, com efeitos sonoros bons e uma banda sonora que demora a entrar na nossa cabeça, até porque é sempre uma banda sonora muito forte e que quase atropela tudo o resto, mas a verdade é que aos poucos, nota-se uma grande qualidade. Também destaque para o trabalho de vozes que ajudam uma história muito emotiva a ganhar impacto. Mas já lá vamos.

Ainda antes, salientar o sistema de combate, muito estratégico em que teremos mesmo de perceber quais as fragilidades da personagem ou monstro que estamos a tentar derrotar. É uma experiência interessante pelo desafio, porque vamos percebendo que a solução está ao nosso alcance, só temos de analisar e criar a melhor abordagem. Para isso, muito ajuda a grande liberdade que temos na evolução das personagens, onde existem muitas combinações possíveis que terão grande impacto nas batalhas.

Lê Também:   Corsair Vengeance DDR5 64GB, em análise

Mas, como qualquer RPG de renome, o foco está na história. Metaphor é um jogo maduro, que não tem problemas em ser duro, cruel e direto nas mensagens que quer passar. O mundo no qual iremos jogar é o ponto mais alto do jogo, cheio de fanatismo religioso, injustiças, desigualdades, pobreza, corrupção e ditadores que utilizarão todas as mentiras possíveis para criarem o sistema que pretendem e controlarem tudo. Metaphor é assim, um jogo de fantasia que tem muito de real.

As suas personagens são o foco, com decisões marcantes, momentos inesquecíveis e várias reviravoltas. O enredo, bastante maduro e bem conseguido no seu ritmo, tenta dar todas as visões possíveis, desde o personagem que perdeu a esperança, passando por outro que j´+a nem se lembra o que o faz continuar, até ao personagem demasiado otimista e que ainda não percebeu que o mundo não pode ser mudado apenas por uma pessoa.

Globalmente, Metaphor é uma das surpresas do ano e será candidato a jogo de 2024. Provavelmente não conseguirá bater, por exemplo, Astro Bot, mas serão muito poucos os jogos deste ano que consigam ter uma história tão boa. Obviamente, devido à sua narrativa acutilante e temas que nos dão murros enquanto jogamos, não agradará a todos os jogadores… mas uma coisa é certa. Se o jogares até ao fim, não te esquecerás tão cedo.

Já conhecias? Ficaste com vontade de experimentar?

  • Gráficos - 84
  • Enredo - 93
  • Jogabilidade - 87
  • Som - 84
87
Sending
User Review
3 (2 votes)


Também do teu Interesse:


About The Author


Leave a Reply