Este mês, a Netflix reúne três pesos pesados, possivelmente já a pensar na awards season, mas também há espaço para filmes para toda a família e títulos natalícios!
Dezembro marca a estreia do segundo filme Netflix a chegar primeiro às salas de cinema do que à plataforma. Depois de “Aviso Vermelho” ter feito as honras, eis a vez de “Não Olhem para Cima”. Com um elenco de luxo liderado por Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Timothée Chalamet ou Cate Blanchett (a lista continua), e realizado por Adam McKay (“A Queda de Wall Street”), a longa-metragem estreia esta quinta-feira em salas de cinema selecionadas, e na plataforma na véspera de Natal.
Para além do filme de McKay, a plataforma apresenta ainda “O Poder do Cão”, que estreou secção não competitiva do Lisbon & Sintra Film Festival. Também a nova colaboração Sandra Bullock/Netflix chega este mês ao catálogo, “Indesculpável” ou no original “The Unforgivable”, um drama inspirado na minissérie britânica, “Unforgiven”.
“O Poder do Cão” marca o primeiro projeto de Jane Campion em 12 anos, após o filme “O Piano”. Protagonizado por Benedict Cumberbatch enquanto o carismático rancheiro Phil Burbank, que semeia medo e respeito em todos os que o rodeiam. Quando o seu irmão volta a casa com a nova esposa e o filho dela, Phil atormenta-os até ver que pode não escapar à mira do amor.
Desesperado por evitar ser julgado pela família devido ao seu estatuto de eterno solteiro, Peter (Michael Urie) convence o melhor amigo, Nick (Philemon Chambers), a passar o Natal com ele e a fingir que estão numa relação. Mas quando a mãe (Kathy Najimy) de Peter lhe organiza um encontro às cegas com James (Luke Macfarlane), um atraente treinador, o plano dá para o torto.
Na passagem de milénio, a órfã e desajeitada Beverly Moody (Gemma Brooke Allen), de 12 anos, descobre uma cassete estragada com uma compilação composta pelos pais adolescentes. Criada pela avó Gail (Julie Bowen), ela própria uma antiga mãe adolescente para quem é muito difícil falar da filha falecida, Beverly encara esta cassete como uma oportunidade de finalmente descobrir mais acerca dos pais. É por isso que decide embarcar numa aventura para encontrar todas as canções que contém. Pelo caminho, Beverly forma laços de amizade com a vizinha peculiar Ellen (Audrey Hsieh), a dura e intimidante Nicky (Olga Petsa) e Anti (Nick Thune), o proprietário ‘contra o mundo’ da loja de música que é crucial para encontrar estas faixas, além de fortalecer a ligação que tem com Gail.
Inspirado na mini-série britânica de 2009, “Unforgiven”, “Indesculpável” é uma história de procura pela redenção:
Ruth Slater (Sandra Bullock) sai da prisão depois de cumprir pena por um crime violento, mas a sociedade recusa-se a perdoar o que ela fez no passado. Ruth enfrenta juízos de valor no lugar que, outrora, tinha sido a sua casa, e parece só haver uma hipótese de conseguir a redenção: encontrar a sua irmã mais nova, que foi obrigada a deixar para trás e com quem perdeu o contacto.”
Este mês a Netflix apresenta uma animação para toda a família, “De Volta a Casa” acompanha um grupo de algumas das mais mortíferas criaturas da Austrália que, fartas de estarem presas num reptilário onde humanos olham para elas como se fossem monstros, planeiam uma fuga ousada para o deserto, onde julgam poder integrar-se sem serem julgadas pelas suas escamas e colmilhos.
O premiado realizador e argumentista Paolo Sorrentino (“A Grande Beleza”; “The Young Pope”) apresenta a história de um rapaz, Fabietto Schisa, na conturbada Nápoles dos anos 80. “A Mão de Deus” é uma história de alegrias inesperadas, tais como a chegada da lenda do futebol Diego Maradona, e uma tragédia igualmente imprevista. O destino cumpre o seu papel, a alegria e a tragédia entrelaçam-se, e o futuro de Fabietto é traçado.
Com narração da australiana Rose Byrne, esta é a história das criaturas minúsculas e, muitas vezes, esquecidas que vivem num dos mais diversos ecossistemas na Terra, e de como a própria vida serve de base de interligação entre o nosso mundo e o delas. Filmado na Austrália, na Grande Barreira de Coral, as sofisticadas técnicas de filmagem e edição desenvolvidas especificamente para o documentário prometem mergulhar os espetadores no mundo minúsculo e mágico das pequenas, estranhas e maravilhosas criaturas que habitam o recife.
O Sr. Servando (Héctor Bonilla), um verdadeiro avô rabugento, está de regresso após as suas aventuras em ‘Un Padre No Tan Padre’ (2016). Neste Natal, ele junta-se ao resto da família alargada com Fran (Benny Ibarra), o seu filho, Alma (Jacqueline Bracamontes), a sua nora, e um grupo de alegres hippies, como Gala (Renata Notni), Renato (Juan Pablo de Santiago) e Bill (Daniel Martínez). Juntos, embarcam numa viagem para passar o Natal com a tia de Alma, a Sra. Alicia (Angélica María), uma mulher exigente que acaba por se tornar a derradeira némesis do Sr. Servando. Quando a sua posição como patriarca da família é posta em causa, o Sr. Servando não olha a meios para provar que Alicia é uma pessoa horrível que só quer saber de si própria… mesmo que isso signifique arruinar o Natal de toda a gente.
Com um elenco de luxo que reúne vários vencedores de Óscares (ou nomeados), “Não Olhem Para Cima” é uma das grandes apostas da Netflix e o segundo filme (o primeiro foi “Aviso Vermelho”) a estrear nas salas de cinema nacionais antes de ser exibido na plataforma:
Depois de um professor de astronomia e a sua aluna descobrirem que um cometa tem a Terra como alvo, deparam-se com um desafio inesperado: ninguém parece importar-se que um corpo do tamanho do Evereste esteja prestes a colidir com o planeta. ‘NãoOlhemParaCima’ de Adam McKay, o premiado realizador de ‘A Queda de Wall Street’ e ‘Vice’, conta a aventura desta dupla épica e hilariante que tenta direcionar a atenção governamental e mediática para uma ameaça à escala global. A sua missão é simples: fazer com que as pessoas olhemparacima e se apercebam do perigo que estão prestes a enfrentar.
Cresci a ir ao cinema, filha de pais que iam a sessões duplas...Será genético? Devoro livros e algumas séries. Fã incondicional do fantástico e do sci-fi. Gostaria de viver todos os dias com o mote Spielbergiano - "I dream for a living"