Academia Portuguesa de Cinema

Novos Membros da Academia Portuguesa de Cinema

Os Prémios Sophia são entregues no próximo dia 25, mas antes podes conhecer os mais recentes rostos da Academia Portuguesa de Cinema.

Nos últimos meses, a Academia Portuguesa de Cinema tem dando oportunidade ao público português de conhecer os seus mais recentes membros. Atores, produtores, realizadores, argumentistas, e outros profissionais do cinema português foram convidados a integrar a Academia Portuguesa no início deste ano. Este passo de união dos maiores talentos nacionais permite, naturalmente, à Academia crescer no compromisso de divulgação daquilo que de melhor se faz em Portugal.

A instituição é presidida por Paulo Trancoso e foi criada a 8 de julho de 2011, já lá vão quase 7 anos. Desde então a Academia Portuguesa de Cinema tem divulgado o nosso cinema, não só em território nacional, como também no transatlântico. Uma forma bastante importante de o fazer é obviamente  a entrega dos Prémios Sophia desde 2012. Este ano, os Prémios Sophia são entregues no próximo dia 25 de março, numa cerimónia que decorre no Casino Estoril.

Em baixo podes conhecer os novos rostos da Academia Portuguesa de Cinema. Os textos são acompanhados pela saudação da Academia Portuguesa de Cinema aquando do anúncio de boas-vindas a cada um destes membros.

Relembre que muito recentemente a Academia Portuguesa de Cinema homenageou os talentos internacionais Vanessa Redgrave e Vittorio Storaro, ambos vencedores de Óscares.

Dânia Neto

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Dânia Neto

Uma das protagonistas de um dos filmes mais vistos de 2017, “Perdidos” de Sérgio Graciano, Dânia Neto participou em 2015 naquele que continua a ser o filme com mais espectadores da História do Cinema Português: “O Pátio das Cantigas” de Leonel Vieira. Com Leonel Vieira fez também nesse mesmo ano “O Leão da Estrela” e o recente “Alguém como Eu” (2017). Em 2013 participou em “Bairro”, versão cinematográfica da série da TVI com o mesmo título.  Desde 2004, Dânia Neto é uma presença regular na televisão, estando actualmente no ar na RTP na série “Excursões Air Lino”.




Jaime Freitas

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Jaime Freitas

Protagonista de “Amor Amor”, de Jorge Cramez, Jaime Freitas é um dos mais notáveis actores da nova geração do Cinema Português. Premiado no Canadá e nos Caminhos do Cinema Português em Coimbra pela sua interpretação na curta “Cigano” de David Bonneville em 2013, Freitas estreou-se em 2003 num pequeno papel no filme “Pai e Filho” de Aleksandr Sokurov. Com Cramez rodou “O Capacete Dourado”, com Teresa Villaverde fez “Cisne”, com Gael Morel fez uma participação em “Après Lui”, com Jay Alaimo rodou “Chlorine”, quando estudou e viveu nos Estados Unidos. Participou ainda em algumas das melhores curtas dos últimos anos: “Heiko” e “L’Arc-en-Ciel” ambas de Bonneville, “Madeleine” de António Pinhão Botelho ou “O Rebocador”, uma vez mais com Jorge Cramez.




Francisco Veloso

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Francisco Veloso

Francisco Veloso atravessa toda a cinematografia de João Botelho, de “Tempos Difíceis” em 1988 até ao recente “Peregrinação” (2017). Mas no seu percurso notável no Cinema Português a ele devemos muito mais. Devemos um trabalho único no som de filmes de Manoel de Oliveira, José Álvaro Morais, Paulo Rocha, João César Monteiro, Rita Azevedo Gomes, Edgar Pêra, entre outros. Uma lista sem fim do melhor cinema feito em Portugal nos últimos trinta anos. Francisco Veloso esteve também ao lado de vários realizadores estrangeiros que passaram pelo nosso país em rodagem, dos quais se destaca, naturalmente, Samuel Fuller. 



Cândido Ferreira

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Cândido Ferreira

Cândido Ferreira habita as cinematografias mais importantes do Cinema Português e tem o seu nome ligado a muitos dos mais belos e importantes filmes feitos em Portugal. Só no ano passado, na cerimónia dos Prémios Sophia, viu premiados dois trabalhos em que participou: “Cartas da Guerra” recebeu o Sophia de Melhor Filme e “A Instalação do Medo” de Ricardo Leite venceu o Sophia Estudante. Este ano vamos vê-lo em “Hotel Império” de Ivo M. Ferreira e em “O Grande Circo Místico” que Cacá Diegues rodou em Portugal. A par com este notável percurso no cinema, Cândido Ferreira é uma presença constante na televisão. Vimo-lo ao longo dos anos em séries como “A Febre do Ouro Negro”, “Esquadra de Polícia”, “Inspector Max”, “Cidade Despida”, “Liberdade 21” ou na mini-série “Até Amanhã Camaradas”.




Igor Ramos

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Igor Ramos

Igor Ramos desenhou o cartaz japonês de “O Ornitólogo” que foi considerado um dos dez melhores cartazes de cinema do mundo. Com esse trabalho, o designer Igor Ramos foi distinguido pela Academia Portuguesa de Cinema com um dos três primeiros Prémios Nico 2017 – troféu entregue no aniversário da Academia que distingue os novos talentos nacionais.




Francisco Manso

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Francisco Manso (à direita), ao lado do produtor José Mazeda no set do filme “Assalto ao Santa Maria”

Francisco Manso é realizador de filmes como “O Testamento do Senhor Napumoceno”, “A Ilha dos Escravos”, “O Último Condenado à Morte”, “Assalto ao Santa Maria” ou “O Consul de Bordéus”, pelo qual foi nomeado para o Prémio Sophia de Melhor Realizador. Brevemente veremos o seu mais recente trabalho, “Os Dois Irmãos”, co-produção entre Portugal e Cabo Verde.




Isabel Medina

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Isabel Medina

Com um larguíssimo percurso na televisão e no teatro, com peças, séries, tele-filmes, mini-séries, novelas no seu vasto curriculum, Isabel Medina faz também parte da História do Cinema Português. Vimo-la, por exemplo, em “Coitado do Jorge” (1993) de Jorge Silva Melo, no recente “Virados do Avesso” (2014) de Edgar Pêra, e em “Star Crossed – Amor em Jogo” (2009), co-produção luso-britânica dirigida por Mark Heller.




Edgar Medina

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Edgar Medina

Vencedor do Prémio Sophia de Melhor Argumento Adaptado do ano passado, pelo filme “Cartas da Guerra” (prémio partilhado com Ivo M. Ferreira), Edgar Medina é um dos novos membros desta Academia. Produtor, argumentista, realizador, Medina tem o seu nome ligado a duas obras de Ivo M. Ferreira ainda por estrear. A curta “Equinócio”, que produziu, e a longa-metragem rodada em Macau, “Hotel Império”. Em 2015, Edgar Medina realizou, escreveu e produziu o documentário “A Construção de um Símbolo” sobre o Padrão dos Descobrimentos.




Humberto Santana

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Humberto Santana

Nome incontornável do Cinema de Animação, a Humberto Santana, devem-se dezenas de obras que produziu como “Dois Diários e um Azulejo” (2002), “A Estrela de Gaspar” (2002), “Um Caso Bicudo” (2003), “Sem Respirar” (2004), “A Culpa” (2007), “Januário e a Guerra” (2008). Como realizador assinou, por exemplo, as séries de animação “A Demanda do R” (1998), “Angelitos” (2002) ou “Ginjas” (2011). No ano passado, Humberto Santana foi alvo de uma retrospectiva do seu trabalho pela Cinemateca Portuguesa.




João Pedro Ruivo

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João Pedro Ruivo

Um dos mais conhecidos assistentes de realização do Cinema Português, João Pedro Ruivo viveu vários anos em Itália, onde foi assistente de Federico Fellini. Em Portugal, tem o seu nome ligado a obras de Fernando Lopes, José Fonseca e Costa, António da Cunha Telles, Lauro António, Luís Galvão Teles, Joaquim Leitão, Maria de Medeiros, entre muitos outros. Ruivo foi também assistente de vários realizadores internacionais que filmaram em Portugal: Franklin J, Schaffner, Patrice Chéreau, Bertrand Tavernier, Clive Donner, Ken McMullen, Gérard Jugnot ou Carlos Diegues.




Monique Rutler

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Monique Rutler

Monique Rutler é Realizadora, Montadora, Produtora, e a ela deve o Cinema Português obras como “Velhos São os Trapos” (1981), “Jogo de Mão” (1983) ou “Solo de Violino” (1990). Entre os filmes que montou contam-se “Francisca” (1981), obra maior de Manoel de Oliveira.




Gabriela Amado

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Gabriela Amado

Gabriela Amado tem assinado ao longo da sua carreira, a maquilhagem e efeitos especiais de várias curtas e longas-metragens: “Adam’s Imaginarium”, “X”, “Beyond Red” ou “Schadenfreude – De Morrer a Rir” ou “Por Onde Escapam as Palavras” por exemplo. Gabriela Amado é a partir de agora Membro Associado desta Academia. Bem-vinda Gabriela!




Teresa Ferreira

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Teresa Ferreira

Vencedora do Prémio Bárbara Virgínia 2017, uma das maiores técnicas do Cinema Português, Teresa Ferreira emprestou o seu enorme talento a dezenas e dezenas de filmes portugueses ao longo dos muitos anos em que trabalhou na Tóbis e no período em que passou na Ulisseia Filmes. Foi esse trabalho de colorista, único, brilhante, que lhe valeu o reconhecimento da Academia.




Rosa Coutinho Cabral

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Rosa Coutinho Cabral

Em 2018, Rosa Coutinho Cabral vai trazer aos cinemas portugueses “Coração Negro” com Maria Galhardo e João Cabral, que no ano passado fez o circuito dos festivais. Estreou-se no IndieLisboa, venceu o Prémio do Público do Caminhos do Cinema Português em Coimbra e o Prémio de Melhor Realização no Krajina Film Festival 2017, na República Sérvia de Krajina. Os seus protagonistas, João Cabral e Maria Galhardo, foram ainda distinguidos em São Francisco, nos Estados Unidos. Mas Rosa Coutinho Cabral é muito mais que o belíssimo “Coração Negro”. Montadora, argumentista, realizadora, ofereceu ao Cinema Português obras imortais como “Serenidade” (1987), “Lavado em Lágrimas” (2006) ou “São Miguel Arcanjo nº5” (2004).




Rui Simões

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Rui Simões

Um dos mais importantes documentaristas do Cinema Português, Rui Simões viu três dos seus mais recentes documentários nomeados para os Prémios Sophia: “Kolá San Jon é Festa di Kau Berdi”, “Guerra ou Paz” e “Alto Bairro”. Mas a história do Cinema Português não seria a mesma sem obras fundamentais de Rui Simões como “Deus Pátria Autoridade” (1976), “Bom Povo Português” (1980), “Se Podes Olhar Vê. Se Podes Ver Repara” (2004), “Ensaio Sobre o Teatro” (2006), “Ilha da Cova da Moura” (2010).




Branko Neskov

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Branko Neskov

Um dos maiores profissionais do Som do cinema português e mundial, Branko Neskov foi oito vezes nomeado para os Prémios Sophia e venceu três: por “Até Amanhã, Camaradas” (2014) de Joaquim Leitão, “Os Gatos Não Têm Vertigens” (2015) e “Amor Impossível” (2016) ambos de António-Pedro Vasconcelos. Entre as dezenas de realizadores com quem trabalhou contam-se, por exemplo, Manoel de Oliveira, João Botelho, Paulo Rocha, Pedro Costa, Manuel Mozos, Luís Galvão Teles, Mário Barroso, Fernando Fragata, Bruno de Almeida, José Carlos Oliveira.

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