Olivia de Havilland em "E Tudo o Vento Levou" | © Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)

Olivia de Havilland, ícone de Hollywood, morre aos 104 anos

Olivia de Havilland, estrela icónica de “E tudo o Vento Levou” e vencedora de dois Óscares para Melhor Actriz, faleceu aos 104 anos.

É um dos maiores nomes de Hollywood, e para sempre ficará na história do mundo da sétima arte. Olivia de Havilland, que tem em “E Tudo o Vento Levou” um dos seus maiores sucessos de carreira, faleceu este sábado, em Paris, França, aos 104 anos. De acordo com as notícias, a actriz morreu de causas naturais, durante o sono.

A carreira da lendária actriz começou nos anos 30, tendo em “Alibi Ike” o seu primeiro papel creditado na indústria. Participou em vários filmes de aventura como “O Capitão Blood”, ao lado de Errol Flynn e “As Aventuras de Robin Hood”. Os seus papéis tendiam a ser semelhantes entre eles, interpretando personagens destinadas a ser salvas pelos heróis da história.

Lê Também:   40 celebridades inesquecíveis com 90 anos ou mais em 2020

Ambiciosa e com carácter forte, Havilland tomou uma posição para sua carreira quando foi contra os estúdios da Warner Bros. após divergências com o contrato de trabalho – a actriz tinha um contracto de 7 anos mas os estúdios alegavam que o mesmo deveria ser prolongado na medida que a actriz recusava papéis. A actriz conseguiu ganhar o processo, numa medida que ficou conhecida como “de Havilland law” (trad. livre: a lei de Havilland).

O processo aconteceu já após a sua nomeação ao Óscar pelo papel de Melanie, no clássico “E Tudo o Vento Levou”, e foi nessa altura que a actriz mudou o rumo da sua carreira para papéis protagonistas fortes e mais focados em dramas. Ganhou o seu primeiro Óscar em 1946, com o filme “To Each His Own”, onde interpretou uma mãe à procura do filho que havia dado para adopção. Três anos mais tarde, ganhou o seu segundo Óscar por “The Heiress”, onde interpretou uma mulher que é controlada pelo seu pai rico e mais tarde traída pelo seu interesse amoroso ganancioso.

Lê Também:   História dos Óscares | Os actores mais premiados

Para além dos dois prémiios, Olivia de Havilland arrecadou no total da sua carreira cinco nomeações aos Óscares. Manteve a sua careira durante várias décadas, tendo-se focado em papéis secundários nos anos 70 e virando-se para a televisão nos anos 80, chegando a ganhar um Globo de Ouro pelo filme “Anastasia: The Mystery of Anna”.

Na esfera pessoal, destacou-se pelas suas visões políticas e pelo seu sentido liberal e luta contra os extremismos na política. Com o passar dos anos, mudou-se para Paris e decidiu afastar-se dos olhares do públicos, reforçando a sua imagem de ser inacessível, e o facto de estar afastada há muito da sua irmã, a actriz Joan Fontaine. Independente e ambiciosa, foi firme nas suas convicções nos papéis que quis interpetar, mesmo quando se tornou tema por ter recusado inúmeros papéis, inclusive o famoso papel de Blanche DuBois no filme de 1951, “A Streetcar Named Desire”, que valeu o Óscar a Vivien Leigh.

Num passado mais recente foi notícia por ter levantado um processo contra a FX depois do seu nome e pessoa ter sido utilizado na série “Feud: Bette and Joan“, onde a actriz considera que o retrato feito de si foi errado e que manchou a sua reputação ao longo de mais de 80 anos de carreira (Olivia de Havilland nunca conseguiu ganhar o processo).

ÓSCARES | OLIVIA DE HAVILLAND GANHOU 2 ÓSCARES

Conheces os filmes pelos quais Olivia de Havilland foi nomeada aos Óscares?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *