Oscar Isaac está irreconhecível no novo filme de Guillermo del Toro para a Netflix
Num laboratório algures entre o génio e a loucura, uma criatura criada por Oscar Isaac respira pela primeira vez – e o mundo literalmente treme.
Sumário:
- Guillermo del Toro transforma uma obsessão de décadas num filme revolucionário;
- Oscar Isaac e Jacob Elordi lideram um elenco de peso numa nova visão de “Frankenstein”;
- A Netflix traz um drama filosófico que desafia os limites entre arte e horror.
A obsessão não conhece limites quando se trata de Guillermo del Toro. Cinquenta anos de fascínio por uma história, vinte e cinco de tentativas persistentes, e agora finalmente o realizador mexicano está prestes a dar vida ao seu projeto mais pessoal: uma adaptação de Frankenstein que promete redesenhar os limites entre arte, literatura e pesadelo cinematográfico.
Del Toro e o mito que o habita
Guillermo del Toro nunca foi um realizador convencional. Desde sempre habitou mundos entre o real e o fantástico, construindo universos onde os monstros não são apenas criaturas de terror, mas metáforas profundas da condição humana. Frankenstein não é apenas mais um projeto para ele – é uma obsessão autobiográfica que atravessou décadas.
O realizador confessa sem pudor para a Variety: esta história fundiu-se com a sua própria alma. As centenas de figurinos e objetos que decoram a sua famosa “Bleak House” em Los Angeles são mais do que mera decoração – são testemunhas de uma paixão que se alimenta de si própria, tal como a criatura de Mary Shelley se alimentava da necessidade de compreensão.
Neste novo filme, Del Toro não apenas conta uma história – ele disseca um mito. A escolha de Oscar Isaac para Victor Frankenstein não podia ser mais cirúrgica: um ator capaz de transmitir fragilidade e megalomania num único olhar, perfeito para interpretar o cientista que brinca a ser Deus.
Uma nova anatomia do monstro
A primeira imagem divulgada pela Netflix revela já a estética única do filme. Oscar Isaac segura um frasco misterioso, num laboratório que parece mais um útero científico do que um espaço de experimentação. A sua expressão não é de triunfo, mas de uma inquietação profunda que antecipa o dilema moral que está prestes a desencadear.
Jacob Elordi surge como o monstro numa performance que promete revolucionar a representação tradicional da criatura.
O elenco completado por nomes como Christoph Waltz, Lars Mikkelsen e Charles Dance promete dar profundidade a cada personagem, transformando o que podia ser apenas mais uma adaptação de terror num drama filosófico sobre criação, rejeição e identidade.
Quem é verdadeiramente o monstro – a criatura ou o seu criador? Partilha connosco a tua reflexão sobre este novo filme nos comentários.