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Primavera Sound Porto 2023 | St. Vincent e o seu Daddy

No terceiro dia do Primavera Sound Porto 2023, St. Vincent recordou-nos o porquê de ser uma das grandes vozes femininas do rock, apresentando um espetáculo sedutor e que recupera alguns dos momentos mais icónicos da sua já relativamente longa carreira. 

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No Palco Vodafone, e na senda do final do espetáculo dos Pet Shop Boys, St. a norte-americana St.Vincent, como quem diz, Annie Clark, regressou a Portugal – depois de uma ausência de apenas um ano, tendo estado recentemente, em 2022, no NOS Alive. A digressão é a mesma apresentada no verão passado, na sequência do lançamento de “Daddy’s Home” (ancorado pelo single de lançamento “Pay Your Way in Pain” e vencedor do Grammy) em 2021.

 

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Todavia, o maior entusiasmo dos fãs mais fieis continua a estar primeiramente reservado para “Masseduction”, o seu experimental álbum, mais rock que pop, originalmente lançado em 2017 e que na altura chegou ao top 10 da Billboard. Canções de aí extraídas, deste seu quinto álbum (nomeado a Best Alternative Music Album nos Grammy) como o single de lançamento “New York” ou ainda “Los Angelss”, conquistaram o público cantadas uma a seguir à outra, convencendo não só os seus fãs regulares como um público heterogéneo que se havia concentrado previamente no palco principal para ver Pet Shop Boys (“esta foi a grande surpresa do dia”, ouvia-se dizer um festivaleiro de meia-idade, entusiasticamente, no final do concerto).

 

Energética e provocadora, St. Vincent apresentou, em conjunto com a sua banda, um espectáculo altamente sexualizado e agitador de consciências, sem dispensar também o tempo necessário para alguns solos de guitarra ou para uma descida ao pit e interação com os fãs.

St. Vincent Primavera SOund Porto
De realçar a intimidade entre Anne e a sua banda | ©David Passos/MHD

A fechar o set modesto, composto por um total de 15 músicas (entre elas 4 de Daddy’s Home e 4 de MASSEDUCTION), tempo para ouvir e sentir “Your Lips Are Red” e ainda, diretamente do último disco e a fechar o alinhamento, “The Melting of the Sun”, uma canção com um arranjo apenas aparentemente mais simples, onde St. Vincent coloca em evidência um forte sentimento de perda e declínio. No concerto, festeja o facto de o momento de comunhão de um concerto ser novamente possível e deixa mensagens de paz e algumas frases calorosas, ditas em bom português, e entregues diretamente aos e às fãs fieis que regressaram, uma vez mais, para a ver.

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