TOP Interpretações Leonardo DiCaprio | 9. A Origem
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Inception ou A Origem no título português é talvez o mais complexo filme em que Leonardo DiCaprio participou.
Antes da visceral obra-prima de Iñarritu, Leonardo DiCaprio era já um pai desesperado na narrativa onírica de Inception – A Origem. Neste thriller sobre o mundo do crime, interpreta Dom Cobb um talento profissional na arte de extração, ou seja, na capacidade de roubar valiosos segredos da mente de magnatas, durante os sonhos e que anseia reencontrar os seus dois filhos. É realmente essa luta desesperada por regressar a casa que o molda e que o fá-lo ter dificuldade em distinguir real de irreal. Sem hesitar envereda numa missão um quanto arriscada de implantar uma ideia na mente do herdeiro do maior conglomerado de energia do planeta, a mando do milionário Saito – líder de uma empresa rival. Porém o fantasma do sua mulher Mal (Marion Cotillard) podem colocar em causa a finalidade da tarefa.
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Tal como os sonhos, o enredo de Inception tem múltiplas análises e é a interpretação de Leonardo DiCaprio que as carrega às costas. A câmara nunca se desprende do seu olhar sofrido, do seu sentimento de culpa face um passado que não quer desaparecer, e da luta renhida para finalizar a sua tarefa e abraçar as suas crianças. Desde a relação matrimonial, aos momentos em que é manipula aquele a que terá que implantar uma ideia, este é um ator que lidera toda uma equipa (assemelha-se perfeitamente à figura de um realizador de cinema que prepara o seu objeto fílmico, desde a seleção dos atores até ao dia da estreia). É ele que cria tensão dramática e que nos encaminha pelo mundo dos sonhos.
Há uma certa crença persuasiva nas suas palavras e o espetador vive todos os seus medos e angústias, ao mesmo tempo que é levado pela ilusão com aquele final, e que final. Se DiCaprio não acredita nós também não, se acredita nós também acreditamos. Porventura a narrativa mais complexa e profunda da sua carreira em que somos manipulados pelo seu talento.
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