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Viver Mal, filme premiado com Leonor Silveira, chega à televisão portuguesa

Depois de exibir na quarta-feira passada “Mal Viver”, a RTP1 exibe esta semana a outra face do díptico de João Canijo “Viver Mal”. Os filmes foram lançados em conjunto em 2023 e devem ser vistos como complementares um do outro, onde as histórias se cruzam.

Nesta longa-metragem assistimos, agora, às histórias do hóspedes do hotel de família que conhecemos no filme paralelo. Assim, assistimos a uma narrativa em três partes, uma vez que os hóspedes retratados no filme se subdividem em três grupos.

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Viver Mal na RTP1

Viver Mal
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Depois de ter exibido a minissérie “Hotel do Rio” (que remonta e alarga os filmes) em julho/agosto de 2024 e o filme “Mal Viver” na passada quarta-feira (ambas as obras ainda disponíveis na RTP Play), a RTP1 termina agora o ciclo desta narrativa. Assim, “Viver Mal” é exibido já amanhã, quarta-feira 30 de julho às 22h45.

Em “Viver Mal”, João Canijo dá agora destaque aos hóspedes do hotel que conhecemos no outro filme. Assim, os membros da família passam, agora, a personagens secundárias. A saber, o elenco deste filme é composto por nomes como Nuno Lopes, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Rafael Morais, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Carolina Amaral e Leonor Vasconcelos.

“Viver Mal” estreou igualmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim. No entanto, o filme passou na secção paralela “Encounters” onde não ganhou nenhum prémio. Já nos prémios Globos de Ouro da SIC, venceu o prémio de melhor filme (em conjunto com “Mal Viver”) e o de melhor atriz para Anabela Moreira (em conjunto com “Mal Viver” e “A Semente do Mal”).

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Sobre o filme

“Viver Mal” é um filme com três narrativas (ou episódios, se quisermos) distintas. É um filme um pouco mais leve do que o irmão “Mal Viver” mas, ainda assim, mantém uma linguagem dramática e íntima muito grande.

A ação do filme continua a ser o hotel familiar em Ofir, no Norte de Portugal. Desta vez, já não há uma exclusividade de personagens femininas já que a maioria destes hóspedes são casais.

Na primeira história desta longa-metragem, “Brincar com o fogo”, os protagonistas são Filipa Areosa e Nuno Lopes. Eles formam um casal com alguma diferença de idades. Mas o seu problema não é esse, mas sim a falta de diálogo entre ambos que leva a que um deles se afaste de uma forma mais disruptiva.

A segunda história intitula-se “O Pelicano” e tem como protagonistas Leonor Silveira, Rafael Morais e Lia Carvalho. Os dois últimos formam um casal, enquanto Leonor Silveira é a mãe dela, mas a relação entre os três é mais complexa do que isso…

Por fim, a terceira história tem o nome “Amor de Mãe” e volta a ter um casal, neste caso, de lésbicas, como protagonistas e a mãe de uma delas. Beatriz Batarda, Carolina Amaral e Leonor Vasconcelos são as protagonistas deste segmento. Nesta história é latente que a mãe não aceita a relação da filha e, quiçá, a sua homossexualidade.

August Strinberg como inspiração

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Para “Viver Mal”, João Canijo pegou livremente em peças de August Strinberg (com os mesmos nomes dos episódios) como inspiração para a sua obra.

Sobre isto, João Canijo refere: “Se houve alguém que tenha tratado obsessivamente o egotismo, como causa de viver mal consigo mesmo e com os outros, foi August Strindberg. Por isso a escolha natural de inspirar as histórias do clientes do Hotel em peças de Strindberg que são exemplo paradigmático de diferentes formas de egotismo. (…) As peças só serviram de inspiração, não se trata de adaptações directas das mesmas, trata-se de as usar livremente como mote para uma reescrita totalmente reformulada e colocada no nosso tempo.”

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