Desenhos Animados dos anos 90

Os 15 Desenhos Animados que marcaram os Anos 90

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Recordarmos os desenhos animados que marcaram a década de 90.

Pode ser uma questão meramente geracional e totalmente enviesada mas vamos mostrar o peito às balas e dizê-lo de uma vez: já não se fazem desenhos animados como antigamente!

Para quem cresceu na “Era de Ouro” da animação televisiva dos anos 80 e 90, é difícil olhar para o que a atualidade oferece às crianças do agora, relembrando com nostalgia as manhãs e tardes onde não existiam telemóveis, nem tablets, nem redes sociais ou notificações contínuas para interromper o último episódio dos Moto Ratos de Marte ou onde os 20 minutos diários do Dragon Ball eram absolutamente religiosos e incorruptíveis.

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X-Men

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Como bem sabemos, os X-Men partiram de uma criação do Mestre Stan Lee em colaboração com Jack Kirby para a Marvel em 1963.

Os X-Men representam um grupo de mutantes reunidos por Charles Xavier para defender seu sonho de “convivência pacífica entre humanos e mutantes”, ao mesmo tempo em que, secretamente, defendiam a humanidade dos “mutantes do mal”, vivendo no eterno conflito de defender um mundo que não os compreende.

Com um genérico badass com um inesquecível riff de guitarra que é quase capaz de nos dar o nosso próprio conjunto de super-poderes, a série animada alimentou-se do sucesso sólido proliferado pela BD e catapultou o nosso grupo de mutantes favoritos para o estrelato. Depois de um tiro de pólvora seca em 1989, a série arrancou definitivamente em 1992, produzido pela Marvel Productions, a Saban e a Graz Entertainment. A série chegou a Portugal no mítico e  animado ano de 1994, com a ajuda do empurrão de Ana Malhoa e da Vacaréré no Buéréré da SIC.




Inspector Gadget

“Tã, na, na, na, na, Inspector Gadgtet, tã, na, na, na, na, na, uh, uh”. Pois é. Boa sorte a retirarem novamente este catchy tune das vossas cabeças, caros leitores.

Com um genérico catita e uma música que fica na cabeça para toda a vida, Inspector Gadget começou por estrear na RTP logo em 1990 na versão francesa e legendas em português, mas quatro anos depois mudou de camisola para a SIC e a sua versão americana foi dobrada para a língua de Camões.

O nosso protagonista é um simpático e trapalhão inspetor da Interpol que, depois de sofrer um acidente, foi transformado numa espécie de robô com mil e uma bugigangas diferentes que acabam por ajuda-lo a combater o mundo do crime.




Moto Ratos de Marte

Vivemos num mundo que já não é propriamente virgem de entretenimento infantil da mais elevada estranheza: desde a simplicidade inocente e perturbadora dos Teletubbies (que de alguma forma deu azo a mais de 335 capítulos de conteúdo, vá-se lá saber como), à natureza controversa de Ren & Stimpy sem esquecer a deleitosa peculiariedade de uma Esponja que vive no mar e trabalha numa hamburgueria (sim, estamos a falar de ti Spongebob). No entanto, por três ratos de Marte com jeitos de gente em cima de motas a salvar Chicago de uma terrível raça de vilões com cara de peixe tem de ser um dos conceitos de animação mais mirabolantes (ou geniais) alguma vez criados – ou, quem sabe, o fabuloso resultado do consumo excessivo de alguns estupefacientes pesados.

Os Moto Ratos de Marte foi uma série de 65 episódios produzida pela New World International em associação com a Marvel Productions e foi um dos grandes cartões de visita do saudoso Buereré da SIC nos anos 90 – e mais uma inspirada dobragem da Novaga, que também se responsabilizava pelas dobragens de Dragon Ball Z e As Navegantes da Lua.

Além de marcarem uma geração e de nos porem a fantasiar com super-motas capazes de disparar mísseis e subir paredes, Bugias, o Modo e Vinnie alimentaram uma saudável indústria de merchandising, desdobrando-se em cadernetas, action figures, roupas, livros e um incrivelmente viciante jogo para a velhinha SNES.




Gárgulas

Um dos mais valiosos diamantes de entretenimento infantil dos anos 90 tem de ser Gárgulas – uma série limitada e (surpreendentemente) produzida pela Walt Disney. Apresentando um universo complexo, negro e dirigida manifestamente a um público mais “maduro”, Gárgulas apresenta-nos as protagonistas titulares como um clã de criaturas guerreiras que, lideradas por Golias, protegem o castelo Wyvern e seus moradores, na costa da Escócia no ano de 994 D.C. Contudo, na sequência de uma traição, acabam por ser massacrados e os sobreviventes são condenados a dormirem como pedras até que o castelo seja elevado por sobre as nuvens. Em 1994, um bilionário compra o castelo e reposiciona-o no topo de um arranha-céus em Nova Iorque, rompendo o feitiço. Despertando na Manhattan, os gárgulas decidem tentar adaptar-se ao novo mundo e a proteger os cidadãos de Nova Iorque.

Estreando na SIC em 1997 com dobragem portuguesa, Gárgulas permanece até hoje como uma verdadeira série de culto, muito por culpa dos enredos mais adultos e sombrios – elaborando muitas vezes sobre temas polémicos e socialmente relevantes como a violência e a utilização de armas – e das deliciosas referências mitológicas e históricas.




Navegantes da Lua

Vamos tirar um momento para acalmar a excitação enquanto recordamos a awesomeness de As Navegantes da Lua… já está? Por nós, prosseguimos!

Baseado no manga Sailor V, o anime As Navegantes da Lua foi produzido pela Toei Animation em 1992, chegando a Portugal em 1994, como parte da grelha da SIC e do Buéréré (com a entrada no novo milénio, a saga foi repetida mas, desta vez, pela TVI).

No enredo, acompanhamos a história de uma rapariga chorona e geralmente aluada (perdoem a facilidade da expressão) que recebe uma Tiara Lunar que lhe dá super-poderes que a ajudarão a salvar Tóquio uma e outra vez.

Novamente, as icónicas dobragens ajudaram a construir o misticismo que acompanha a série até hoje, tendo estado a cargo do Estúdio Novaga (também responsável por Dragon Ball e Moto Ratos, por exemplo). Adicionalmente, a série permanece até hoje como um tremendo fenómeno na cultura pop quer seja pela icástica protagonista quer pelos elementos equilibrados para a receita perfeita para apelar ao público jovem – fantasia, romance, humor, violência leve.




Dragon Ball

Vamos fazer um esforço e tentar manter a calma perante a excitação que é somente recordar a grandiosidade de uma série como Dragon Ball. Ok, não vamos conseguir.

Das páginas do manga de Akira Toriyama lançada a partir de 1984, passou para o universo anime antes da entrada na década de 90. A febre – era tanta que as exibições da série se dividam entre a tarde e manhã no mesmo dia! – chegou a Portugal em 1995, sendo exibido pelo Buéréré da SIC e a exibição estendeu-se até 1999, passando pelas diversas séries – Dragon Ball, Dragon Ball Z e Dragon Ball GT. Mais tarde e já bem dentro do novo milénio, voltou a repetir na SIC, depois na SIC Gold e novamente na SIC Radical e SIC K.

Com genéricos cujas músicas temáticas conseguem colorir até hoje as mais animadas festas de karaoke e dobrada pelo mítico estúdio NOVAGA – Henrique Feist será sempre o único Son Goku, tal como Ricardo Spínola será o único verdadeiro Vegeta – Dragon Ball é uma das animações japonesas mais conhecidas e influentes do mundo e a confessa porta de entrada para milhões de espectadores e entusiastas no imenso mundo do Anime. Em Portugal, em particular, Dragon Ball tornou-se, no decorrer da década de 90, um dos maiores fenómenos culturais do país que parava por completo a cada novo episódio… pelo menos até voltarmos a ouvir a icónica tirada: “não percam o próximo episódio… porque nós também não!”.




As Tartarugas Ninja

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Criadas diretamente na banda desenhada em 1984 pela Mirage Studios, as Tartarugas Ninja saltaram para o pequeno ecrã apenas três anos depois, chegando aos sábados de manhã às televisões portuguesas, cortesia da RTP1, em 1991 – o resto é história e fenómeno.

Surgindo como um autêntico prodígio do início dos anos 90, foi a série que estabeleceu os fortes alicerces que hoje mantém as Tartarugas Ninja como um dos grandes gigantes do entretenimento infantil, expandindo-se por diversos meios – desde os livros à animação, passando pelo cinema, as action figures, o vestuário… enfim: um verdadeiro mundo anfíbio!

Se alguém viver debaixo de uma pedra e nunca tiver ouvido falar das Tartarugas Ninja, imaginem uma espécie de Batman com muitos gadgets, mas sob a forma de tartarugas gigantes que vivem num esgoto, comem fast-food e são treinadas por uma ratazana. Faz sentido?

Misturando muito humor com as artes marciais e uma valente quantidade de pizza – o que se distancia manifestamente do tom dos comics originais, admitidamente mais sérios, sombrios e negros – literalmente, até porque eram a preto-e-branco!

E porque não poderíamos terminar de outra forma… Cowabunga!!!




Dartacão e os Três Moscãoteiros

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Podemos estar enganados e estar aqui a perpetuar graves mentiras e injúrias, mas temos de deitar isto cá para fora: já não se fazem desenhos animados como antigamente, mas acima de tudo, já não se fazem genéricos a acompanhá-los que atinjam o nível de excelência que alguns meninos desta lista conseguiram. Case in point: Dartacão e os Três Moscãoteiros, que merecia um lugar nesta lista nostálgica só pelo místico genérico que até hoje nos enche de um misto de felicidade, meninice aguda e saudade.

Dartacão é, inclusivamente, uma adaptação relativamente fiel do célebre romance de Alexandre Dumas, “Os Três Mosqueteiros”, se considerarmos a óbvia desconformidade dos protagonistas serem, neste caso, cães.

A série original foi produzida em 1981 pela espanhola BRB internacional em colaboração com a japonesa Nippon Animation, tendo sido exibida em 1983 na RTP sendo que a partir de 1995 voltou a repetir com elevado grau de sucesso na TVI. No final da década de 80 foi produzida uma nova série onde o nosso protagonista era já casado com a sua apaixonada Julieta e pai de dois filhos.




Pokémon

Tendo em conta que há dois ou três anos andávamos todos agarrados aos telemóveis a por a nossa vida em risco para apanhar aquele Pokémon raríssimo que teimava em estar no meio da A1 e que ainda existe malta que regularmente se veste de Pikachu por autorecriação, podemos atestar com bastante segurança que o apelo de Pokémon continua, pelo menos, tão relevante como aquando da sua estreia. Reformulamos: está maior, muito maior e dispensa quaisquer considerações supérfluas.

Originalmente criado como um jogo por Satoshi Tajiri em 1995 que consistia em tentar apanhar os 150 pokémons e ganhar a liga de Pokémons, o anime foi o próximo passo lógico seguindo de muito perto o enredo do jogo e chegando a Portugal em 1999 sob a alçada do programa Zip Zap na SIC.




Carrinha Mágica

Particularmente destinada para crianças entre os cinco e os dez anos, A Carrinha Mágica é o nosso rubi didático da lista, tornando a ciência e os seus mistérios mais acessíveis (e divertidos!) à compreensão infantil. Ms. Frizzle, a figura central, é a professora que, na carrinha, leva os seus estudantes para viagens tão distintas e únicas como ao interior do corpo humano ou ao sistema solar.

Surgindo primeiramente como uma série literária em 1986, seguiu para o universo televisivo desdobrando-se em quatro temporadas, entre 1994 e 1997 que foram exibidos em Portugal entre 1994 e 1999 na RTP 2.

Para os leitores que mais estejam a sofrer do mal da saudade nos meandros deste artigo, temos uma boa notícia: A Carrinha Mágica está atualmente disponível de forma integral na Netflix.




Os Cavaleiros do Zodíaco

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Se há alguma série nesta lista capaz de fazer as capas da Revista Maria, essa série é sem dúvida Os Cavaleiros do Zodíaco! Ok… somos capazes de estar a exagerar… mas é certamente o título envolvido em maior polémica dos anos 90, tendo sido inclusivamente “censurado” no nosso país.

Estreada em Portugal em 1992 aos Sábados de manhã na RTP, a série começou por passar na versão original legendada, mas as queixas recebidas pelos pais como consequência das suas sequências de considerável violência levaram o canal a desistir da exibição. Todavia, e no rescaldo do sucesso estrondoso de Dragon Ball, a SIC “repescou” a série e voltou a exibi-la em 1999. Além do traço violento que já aqui destacámos resumidamente, Os Cavaleiros do Zodíaco também se destacava da restante oferta de animação pela banda sonora que se assemelhava a uma ópera-rock, pelo recurso aos temas mitológicos e pelo foco nos princípios de irmandade em combate e no espírito de sacrifício.

Começando por ser um manga criado por Masami Kurumada em 1986, Os Cavaleiros do Zodíaco deram o salto para a televisão nesse mesmo ano. O enredo desenvolve-se à volta de um grupo de órfãos que é intensamente treinado desde tenra idade para se tornarem Cavaleiros capazes de usar o poder do Cosmo (uma espécie de… Força?), e protegerem, dessa forma, a reencarnação da deusa Atena.




Samurai X

Porque o Batatoon não merece ser recordado apenas pela icónica cena de pancadaria entre Batatinha e Companhia, mas também por ter sido a casa de alguns valerosos clássicos da animação nos finalmente da década de 90, na TVI, aqui prestamos-lhe alguma reverência. “Comando na mão, e carrega no botão!!” e siga para mais um episódio de Samurai X.

Esta série – inspirada pelo manga homónimo criado em 1994 – acompanha a vida de um jovem chamado Kenshin Himura durante o início da Era Meiji no Japão. O samurai trabalhou anteriormente como assassino, mas mudou os rumos de sua vida e se tornou um pacifista. Kenshin deixa a guerra para trás e ganha novos amigos… mas quando descobre um plano de dominação do Japão, precisa regressar ao mundo que tão bem conhece para evitar que isso aconteça.

Encontrando um público que não estava particularmente habituado a este tipo de animação – não só anime em particular (apesar de muitos terem sido já expostos a Dragon Ball) mas a uma animação com temas mais sérios, adultos e complexos – Samurai X continua a ser um equilibradíssimo exercício de realismo e fantasia e, até hoje, uma das séries de animação mais respeitadas que a TVI já exibiu.




Animaniacs

Do produtor executivo Steven Spielberg chega às nossas caixinhas mágicas, algures em 1996, os Animaniacs – uma série animada de comédia non-sense nitidamente inspirada nos Looney Tunes mas também num rol de celebridades e familiares dos seus próprios criadores.

Com um conceito de colagem de estilos de animação muito diversos, a série cobria as aventuras e desventuras dos três irmãos Warner – Wakko, Yakko e Dot – que escapam da sua prisão na torre da Warner e espalham o caos pelo estúdio em episódios sem estrutura definida mas cujas secções educativas eram particularmente memoráveis.




Rugrats: Os Meninos do Coro

Exibida inicialmente em 1992 com legendas e posteriormente na versão dobrada em 1994 na SIC, a série sobre um grupo de bebés rebeldes que só estavam bem a fazer asneirada da grossa foi um dos grandes fenómenos de sucesso infantil da década de 90.

Os Rugrats – que por algum motivo tão obscuro como infeliz recebeu o título português de Os Meninos do Coro – pretendia mostrar como os bebés veem o mundo e como encaram as situações quotidianas… mas sempre com muito humor e trapalhadas à mistura.




Tom e Jerry

desenhos animados tom e jerry

Não sendo, nem de perto nem de longe, um filho da década de 80 ou 90, Tom & Jerry surgiu originalmente como uma saga de curtas-metragens animadas em 1940, produzida pela Metro-Goldwyn-Mayer, tendo como principal motivo a eterna rivalidade entre um gato e um rato.

Até hoje a sua eficiência de entretenimento mantém-se intacta e notável, sendo já um autêntico monumento de referência no mundo da Animação infantil: ao longo de dezenas e dezenas de “episódios”, aquela mesma rivalidade entre os dois animais conseguia sempre metamorfizar-se numa experiência divertida e, de certo modo, variada o suficiente para não se tornar repetitiva.

Apesar de ter estreado em Portugal na década de 80, foi nos anos 90 que atingiu o expoente máximo da sua popularidade na televisão portuguesa quando passou a integrar a programação do Buéréré em 1998.

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Qual era o teu desenho animado favorito?

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9 thoughts on “Os 15 Desenhos Animados que marcaram os Anos 90

  • Falta aqui uma das mais míticas de sempre e polémica também. Ren & Stimpy

  • Não é “As Navegantes da Lua” nem “Navegantes da Lua”. O nome do anime é “Navegante da Lua”. Singular. Do original Sailor Moon.

  • Falta aí o Doraemon, em espanhol. E os desenhos animados do Cartoon Network

  • Olá Tito. Em Portugal, o anime “Bishōjo Senshi Sērā Mūn” ou “Bishōjo Senshi Sailor Moon” foi traduzido como Navegantes da Lua aquando do seu lançamento na Sic na década de 1990. Se quisermos ir pelo original, não havendo indicação de singular ou plural no título japonês, pode ser adaptado das duas formas.

  • Muito bom. Mas não me lembro do D’artacao nos 90s. Já Tom e Jerry não chegaram à popularidade dos anos 70 nem inicio de 80! E Saber rider and the star sheriffs?

  • Motorratos de marte ahhh real monsters a família dos porquês a família tomberry dragon ball dragon ball z GARGULAS rugrats red and stimpy sem dúvida zorro rei Artur e os cavaleiros da tábua sagrada etc foi mesmo décadas de ouro dos 80 a2000 em 2000 parou começou a aparecer series realty shows etc quem não se lembra da Ana malhoa no bueerereee

  • Faltam os Simpsons. Anos e anos a serem transmitidos na RTP2 ao sábado às 20:30… Disputas de comando para vermos os Simpsons em vês do telejornal

  • Eu não tenho a certeza, mas o vegeta original é o João Loy, o Ricardo acho que nunca dobrou o vegeta

  • Então e os Thundercats e o he-man masters of the universe, e lembro-me de uma série que penso que seria anime do zorro

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