15 Interpretações que não podem ser esquecidas pela Award Season | Parte I

 

Chegamos àquela fase do ano onde falamos de Leonardo DiCaprio para aqui, Michael Fassbender para acolá, sem deixar de percorrer todas teorias que  conduzem às nomeações certas das Jennifer Lawrence e Kate Winslet desta vida. É a Award Season, ou se preferirem Óscar Season em todo o seu explendor. Mas há pessoas das quais não podemos (nem devemos) nos esquecer.

Numa altura em que Michael Fassbender se assume como frontrunner ao Óscar de Melhor Ator (ou pelo menos até à chegada de Leonardo DiCaprio em “The Revenant”), e a luta nas atrizes está mais renhida que nunca (com Brie Larson, Cate Blanchett e Saorise Ronnan metidas ao barulho – isto, é claro, até à chegada de Jannifer Lawrence em “Joy”), é importante recordar alguns dos papéis mais marcantes de um ano que se aproxima perigosamente do seu fim e que, surpreendentemente, não estão a ser tão falados quanto mereciam.

PARTE II >>

Charlize Theron – Melhor Atriz por Mad Max: Estrada da Fúria

Award Season Mad Max

Sim, já estamos a ouvir os múrmuros desse lado do ecrã: “Mas, mas… Mad Max: Estrada da Fúria não é filme de Óscares”, e deste lado acabamos por concordar que muito dificilmente a Academia reconhecerá o excecional trabalho da camaleónica Charlize Theron como Imperator Furiosa. Num ano onde se levantaram muitas vozes em defesa da igualdade de géneros em Hollywood, a personagem de Charlize Theron é provavelmente aquela que melhor representa a tentativa de mudança de paradigma na indústria. E depois reúne uma série de requisitos que em situações normais valem uma nomeação: transformação física impressionante, carga emocional forte e um papel “importante” no contexto social. Se Charlize não aparecer nas cinco nomeadas a 14 de janeiro de 2016, vamos fazer birra. Aliás, já estamos a fazer birra.

Alicia Vikander – Melhor Atriz por Testamento de Juventude ou Ex_Machina

Award Season

É inegável dizê-lo: se há uma hit girl em 2015, ela só pode ser a atriz sueca. Depois de se dar a conhecer no admirável “Um Caso Real”, Vikander chega a 2015 com a toda a força, seja em projetos mais independentes (“Testamento de Juventude”, “Ex_Machina”) ou de grande orçamento (“O Agente da U.N.C.L.E.” e o ‘filme-que-mais-valia-aqui-não-estar’, “Sétimo Filho”). É certo que a sua mais que certa nomeação em 2016 acontecerá por “A Rapariga Dinamarquesa”, onde interpreta a pintora Gerda Wegener, mulher de Lili Elbe (interpretada por Eddie Redmayne) a primeira mulher transgénero a ser submetida a cirurgias de mudança de sexo, mas tal não nos impede de recordar outras interpretações igualmente marcantes da atriz ao longo deste ano. Seja na jornada emocional de “Testamento de Juventude” (ao lado de Jon Snow) ou na elegância e magnetismo de “Ex_Machina”. Vikander  merece todas as nomeações e mais algumas.

Lê Também:   Kirsten Dunst e marido juntos pela terceira vez nesta grande estreia

Lê também: 10 filmes a não perder até ao final de 2015

Oscar Isaac – Melhor Ator Secundário por Ex_Machina

Award Season exmach-1422026632377_1280w

Falar em Alicia Vikander em “Ex_Machina” e não mencionar o incrível Oscar Isaac soa a pecado. Aliás, devia haver uma regra qualquer que permitisse a nomeação direta ao protagonista da melhor cena do ano (esta, para quem não se recorda). Infelizmente, depois de omissões tão graves quanto “Inside Llewyn Davis” e “A Most Violent Year”, a nossa esperança por Isaac cai a pique. O suficiente para colocar a sua perturbadora prestação em “Ex_Machina” nesta lista: para que não seja esquecido no meio da salgalhada de interpretações convencionais que inundam a temporada.

Ian McKellen – Melhor Ator por Mr. Holmes

Award Season holmes

A Academia sempre gostou de reconhecer os mais velhos. Bruce Dern pelo filme de Alexander Payne, “Nebraska”, Emmanuelle Riva em “Amour”, Christopher Plummer por “Begginers”, Robert Duvall em “The Judge” ou ainda Max von Sydow pelo tão criticado caso de “Extremely Loud and Incredibly Close” são exemplos de recente reconhecimento dos mais antigos e provas de que a Academia procura cada vez mais emendar injustiças que tenha cometido no passado. Nesse contexto, e porque é realmente uma das interpretações mais poderosas do ano, surge Ian McKellen, num papel que surpreendentemente tem andado fora do radar dos especialistas em previsões da Award Season. A sua última nomeação data de 2002 pelo primeiro capítulo da trilogia de “O Senhor dos Anéis”, e a sua encarnação genuína e emocionante de um Sherlock Holmes em idade avançada indica que está na hora de o tornar num vencedor (a acontecer, seria o segundo mais velho de sempre a fazê-lo na categoria de Melhor Ator, apenas atrás de Henry Fonda em 1981, por “On Golden Pond”, que ganha por ser apenas 40 dias mais velho à data).

Lê Também:   Óscares 2025 | Academia acaba de anunciar mudanças importantes nas regras

Cate Blanchett – Melhor Atriz Secundária por “Cinderela”

Award Season cinderella-image-lily-james-cate-blanchett

Já vos sentimos a interpretar com mestria as primeiras palavras de Meryl Streep no início do seu discurso quando recebeu o seu terceiro Óscar em 2012 por “A Dama de Ferro” (ver aqui). Sim, vamos falar de Blanchett outra vez. Não que ela já não tenha papéis suficientemente bons em 2015 (na verdade, ela até compete com ela mesma por “Carol”, de Todd Haynes, e “Truth”, de James Vanderbilt), mas a sua madrasta em “Cinderela” não nos sai da retina. Dizíamos nós em março, que “ao transportar para lá das câmaras toda a sua classe natural e ao resgatar da sua personagem de “Blue Jasmine” as expressões faciais mais medonhas, [Blanchett] constrói a rainha das vilãs.” E passados tantos meses mantemos a convicção que Cate Blanchett é de longe ponto alto da inspirada adaptação de Kenneth Branagh do clássico da Disney. Outra sugestão que temos a fazer às regras da Academia é que quem faz bitch faces como esta, devia ter uma ‘nomeaçãozita’ garantida.

 

PARTE II >>

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *