Sigourney Weaver © La Biennale di Venezia

Festival de Veneza 2024: A Leonesa Sigourney Weaver

A actriz norte-americana Sigourney Weaver, imortalizada no papel de Ellen Ripley na saga Alien, é hoje homenageada com um Leão de Ouro/Prémio Carreira. Outra ‘leoa’ a actriz francesa Isabelle Huppert preside ao júri oficial do 81º Festival de Veneza e vai estar muito bem acompanhada…

Neste artigo:

A actriz norte-americana, imortalizada no papel de Ellen Ripley na saga “Alien” (disponível no Disney+ Portugal), será homenageada de hoje com o Prémio Carreira ou melhor com um Leão de Ouro neste 81º Festival de Veneza. A actriz é uma ‘figura emblemática dos anos 1980, que desafiou os padrões masculinos do cinema de acção’, acabando felizmente, graças à sua versatilidade, por dedicar-se também a outros géneros cinematográficos.

Uma leoa versátil no Festival de Veneza

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Sigourney Weaver © Denis Makarenko via Shutterstock, ID 2120871005

Ao longo da sua carreira trabalhou com vários realizadores onde se incluem além de Ridley Scott (“Alien – o 8º Passageiro”), James Cameron (“Aliens – O Reencontro Final”, “Avatar”), Roman Polanski (“A Noite da Vingança”), M. Night Shyamalan (“A Vila”), Ang Lee (“A Tempestade de Gelo”), Michael Apted (“Gorilas na Bruma”), Peter Weir (“O Ano de Todos os Perigos”), Mike Nicholls (“Uma Mulher de Sucesso”) e também Woody Allen, pois estreou-se no cinema com um pequeno papel em “Annie Hall”.

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Curiosamente este ano de 2024 parece estar a tornar-se um ano de consagração europeia para Sigourney Weaver: em Fevereiro, recebeu a mesma distinção de carreira nos Goya, os prémios do cinema espanhol. No caso do Festival de Veneza, Weaver sucede à realizadora italiana Liliana Cavani (“A Ordem do Tempo”), e a Tony Leung Chiu-wai, ao actor de Hong Kong intérprete de “Disponível para Amar’ (2000), de Wong Kar-wai, a quem foram atribuídos os Leões de Ouro de Carreira, o ano passado.


A presidente Huppert

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Isabelle Huppert © La Biennale di Venezia

Isabelle Huppert outra ‘leoa’ do cinema uma das mais versáteis e premiadas actrizes francesas e ‘musa de muitos dos melhores realizadores, que nunca se esquivou aos convites de cineastas mais jovens ou menos conhecidos’, recordou e bem a direcção do 81º Festival de Veneza.

A sua equipa de jurados deste ano, é absolutamente notável: James Gray, Andrew Haigh, Agnieszka Holland, Kleber Mendonça Filho, Abderrahmane Sissako, Giuseppe Tornatore, Julia von Heinz, cineastas, e Zhang Ziyi, actriz, e terá a responsabilidade de atribuir além do Leão de Ouro, os outros prémios de Veneza 81, aos 21 filmes a concurso.


Quase uma homenagem no Festival de Veneza

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“Frankie”, com Isabelle Huppert , foi filmado em Sintra |©Midas

Este convite para presidir ao júri do Festival de Veneza funciona quase que como uma homenagem já que Isabelle Huppert é uma estrela mundial, que já foi premiada em vários festivais, nomeadamente em Cannes (em 1978, com “Violette”, de Claude Chabrol, e em 2001 com “A Pianista”, de Michael Haneke), e em Berlim, onde recebeu em 2022 um Prémio de Carreira.

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O Festival de Veneza atribuiu-lhe por duas vezes o Prémio de Melhor Actriz por “Uma Questão de Mulheres” (1988) e “A Cerimónia” (1995), ambos de Claude Chabrol. Em 2005 recebeu um Prémio de Carreira, faltava-lhe apenas esta merecida consagração e ao mesmo tempo a responsabilidade de presidir ao júri oficial.


Huppert em Portugal

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Elle © Midas Filmes

Isabelle Huppert tem estado também bastante presente em Portugal: em 2021, encabeçou o elenco da peça “O Cerejal”, de Tchékhov, encenada por Tiago Rodrigues, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Dois anos antes, interpretou no Centro Cultural de Belém. O monólogo “Mary Disse o que Disse”, com encenação do norte-americano Robert Wilson, no âmbito do Festival de Almada.

Em 2003, protagonizou “Jeanne d’Arc au bûcher”, uma oratória dramática com texto de Paul Claudel e música de Arthur Honegger, encenada por Luis Miguel Cintra para o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa; e passou também pela Culturgest com “4.48 Psicose”, de Sarah Kane, na encenação de Claude Régy e “Orlando”, de Virgínia Woolf, uma peça encenada por Robert Wilson.

Quais os teus filmes favoritos de Sigourney Weaver e Isabelle Huppert?




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