Last Christmas (2019) |©Universal Pictures/ NOS Audiovisuais

Last Christmas | Romances de natal para celebrar a quadra festiva

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Dezembro já bateu à porta, e com ele a quadra natalícia. Em breve, muitos estarão de férias e, neste inverno nada melhor do que ficar em frente ao sofá e colocar em dia os romances de natal que já estão na lista de filmes para ver há algum tempo!

Estes títulos não são os “grandes filmes” da nossa era, mas são capazes de nos aquecer o coração e quiçá fazer rir nas noites frias. Fiquem connosco numa viagem cronológica decrescente, que contará com 20 títulos, e que se inicia em 2019 com o lançamento recente de “Last Christmas” e que continuará a explorar romances, situados na quadra natalícia, até às últimas décadas do século XX. Uma lista com alguns filmes meritórios, e com muitos guily pleasures…já cheira a Natal!

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LAST CHRISTMAS (2019) 

Quadra natalícia Last Christmas
Emilia Clarke e Henry Golding em “Last Christmas “(2019) |©Universal Pictures/ NOS Audiovisuais

Emilia Clarke é encantadora no papel de um elfo mal-comportado. Uma londrina a meio da casa dos 20, que depois de uma cirurgia complicada sente alguma dificuldade em regressar a uma normalidade no seu dia-a-dia. Incapaz de voltar a estabelecer contacto com os seus sonhos e esperanças para o futuro, Kate trabalha numa loja de natal aberta todo o ano, mas espírito natalício nem vê-lo. Quando conhece Tom (Henry Golding), um jovem apaixonado pelo mundo e por todos os pequenos detalhes que o compõem, recupera uma alegria de viver que considerava estar perdida para sempre.

“Last Christmas” tem um enredo marcado por um plot twist ilógico e ridículo, mas é ainda assim um romance indicado para assinalar esta quadra natalícia, talvez por nos dizer que o amor mais importante é mesmo o amor próprio. É através de valorização pessoal e realizando atos altruístas que Kate volta a ser quem fora em tempos.

Um romance de natal com uma mensagem positiva, e com uma premissa bastante curiosa. “Last Christmas” é uma adaptação da música dos “Wham!” do mesmo nome, e depois de ver o filme, esta afirmação passa a fazer bastante sentido.




CAROL (2015) 

Os Melhores Filmes de Natal do século XXI
“Carol” (2015) |©NOS Audiovisuais

No espírito da diversidade, inclui-se o belo romance LGBTI de Todd Haynes nesta lista. “Carol” não é a primeira obra sobre a qual pensamos quando ponderamos romances de natal, mas a verdade é que o sentimento melancólico, nostálgico mas também caloroso que atravessa a obra evoca esta quadra notoriamente. E, claro, a acção do filme decorre no natal. É numa das cenas mais memoráveis do filme que a personagem de Cate Blanchett, Carol, conhece a personagem de Rooney Mara, Therese, uma lojista e aspirante a fotógrafa.

Estamos na Nova Iorque dos anos 50, num clima de inverno propício à emotividade e às paixões febris. Se há uma cidade que serve como setting perfeito para romances na quadra natalícia é Nova Iorque, com as suas ruas pintadas de branco. “Carol” não é um filme de Natal, não no sentido convencional, mas é um belo e puro romance que se torna ainda mais apaixonante em contraste com o inverno rigoroso que lhe serve como pano de fundo.




AS MINHAS ADORÁVEIS EX-NAMORADAS (2009) 

Filmes de natal
Matthew McConaughey e Jennifer Garner em “As Minhas Adoráveis Ex-Namoradas” |©Warner Home Video

Ghosts of Girlfriends Past” (2009) é uma adaptação alternativa da história clássica “Um Conto de Natal”. Aqui, os fantasmas dos natais passados são os fantasmas das ex-namoradas, mas a intenção natalícia está mais que evidente, pelo menos no título original do filme.

Esta comédia romântica situada no reino do fantástico narra a história de Connor Mead, um fotógrafo de moda de sucesso que tem uma disposição natural para sexo casual. A sua paixão pela falta de compromisso é tal que investe energia no sentido de ir ao casamento do seu irmão mais novo, e demove-lo de avançar com o casamento. Chega à propriedade do seu tio já falecido na noite do ensaio de casamento, e começa assim o seu ataque cerrado.

Mais tarde, o seu tio aparece-lhe na casa de banho, numa versão fantasmagórica, e diz-lhe que tudo o que lhe ensinou sobre mulheres estava errado. Adicionalmente, Connor seria nesse dia visitado por três fantasmas de namoradas: presente, passada e futura. Por volta desta altura, Connor já iniciou o processo de acabar com a sua namorada…será que ainda tem tempo para corrigir as coisas? Um scrooge muito diferente serve como uma proposta divertida para a quadra, e leva-nos até a um Matthew McConaughey que parece já coisa de um passado distante, o McConaughey “rei” das comédias românticas.




UNS SOGROS DE FUGIR (2008) 

Four Christmases romances de natal
Vince Vaughn e Reese Witherspoon em “Uns Sogros de Fugir” (2008) |©New Line Cinema

“Four Christmases”, como o título original deixa adivinhar, narra a história de alguém que repete, por diversas vezes, as lides natalícias. Já o título em português dá a entender o motivo: rixas familiares. E o que é mais típico das festividades do que isso?

Reese Witherspoon e Vince Vaughn dão vida a Brad e Kate, um casal que está junto há três anos, mas que continua sem intenções de casar ou ter filhos. Na manhã de Natal, estão prestes à rumar às ilhas Fiji, tendo dito aos seus pais, divorciados de ambos os lados, que vão antes fazer trabalho de caridade. Por azar, não têm outra opção se não visitar todos os seus pais. Será que a sua relação é forte o suficiente para sobreviver a estes quatro natais?




LOVELY, STILL (2008) 

romances de natal
“Lovely, Still” (2008) |©Monterey Media

Viramo-nos agora para um título mais indie, que não teve sequer estreia nacional , mas que não deixa de transmitir precisamente o conceito de espírito natalício. Este romance de natal transporta uma bela mensagem de esperança. “Lovely, Still”, um filme de festival estreado em Toronto, conta com prestações interessantes vindas de um elenco célebre que conta com nomes como: Martin Landau (“Ed Wood”), Ellen Burstyn (“Requiem Para um Sonho”), Elizabeth Banks (Saga “Hunger Games”)  e Adam Scott (“Parks & Recreation”).

Trata-se de uma fábula natalícia, que narra a história de um homem idoso, Robert Malone, que descobre o amor pela primeira vez. “Lovely, Still” é uma narrativa simples e honesta e  o filme perfeito para aquecer o coração neste natal.




FÉRIAS PERFEITAS (2007) 

Perfect Holiday
Queen Latifah em “Férias Perfeitas”(2007) |© Sony Pictures

“The Perfect Holiday” é uma comédia fantástica (leia-se do reino do fantástico) que conta com atores como Morris Chestnut, Gabrielle Union, Terrence Howard e  Queen Latifah , entre outras estrelas, nos papéis principais.

Este filme repleto de amor, gargalhadas e um pouco de magia narra a história de Nancy Taylor (Gabrielle Union). Encontramo-nos na quadra natalícia, e tudo o que Nancy quer é encontrar um homem simpático com quem partilhar esta Natal em família. Quando a sua filha pequena partilha este desejo com um Pai Natal de supermercado, Benjamin Armstrong ( Morris Chestnut), ele tenta tornar o seu desejo real.

Um toque de romance num filme para ver em família, quiçá na noite da consoada!




O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS (2006) 

Romances de natal
Kate Winslet e Jack Black em “O Amor Não Tira Férias” (2006) |©Columbia Pictures

“The Holiday” ou, em português, “O Amor Não Tira Férias” é uma das mais célebres comédias românticas situadas no Natal. O filme foi escrito e realizado por Nancy Meyers, uma das poucas grandes realizadoras de rom-coms do século XX e especialmente XXI, que nos trouxe títulos como “Mãe para mim…Pai para Ti” (1998),  “O que as Mulheres Querem” (2000) ou “Alguém tem que Ceder” (2003), entre outros.

O filme segue a história de duas mulheres atormentadas por problemas amorosos que, na altura das festividades, decidem arranjar uma solução arrojada para os seus problemas. “O Amor Não Tira Férias” é encabeçado por interpretações de Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law e Jack Black.Amanda (Cameron Diaz) e Iris (Kate Winslet) precisam de uma mudança nas suas vidas. Uma é inglesa, outra americana, e eis que decidem trocar temporariamente de casas (e portanto de países). Acabam por conhecer homens locais e apaixonar-se.

Um filme leve e desprovido de pretensão, para ver um qualquer dia chuvoso de dezembro, já que cá por terras lusitanas não somos abençoados com neve!



TUDO O QUE SONHEI (2006) 

last holiday
Queen Latifah em “Tudo o que Sonhei” (2006) |©Paramount Pictures

“Last Holiday” é mais um filme que explora descaradamente a premissa de “diagnóstico terminal”, para a transformar num pretexto romântico. Contudo, neste filme protagonizado por Queen Latifah e LL Cool J, ter pouco tempo é a razão que leva a personagem principal da história a “aproveitar o dia”.

O lema do filme é “In Morte Veritas” – na morte reside a verdade. Georgia Byrd trabalha num grande armazém comercial em Nova Orleães. É contida, tímida, tem algumas poupanças de vida mas nunca saiu do Estado do Louisiana. Tudo muda quando um exame revela que tem apenas três semanas para viver. Decide gastar as suas poupanças, e ruma à Europa, até ao Grandhotel Pupp. Decide viver à grande, com estadia incluída na Suite Presidencial, pede toda a comida do menu, dedica-se a atividades extravagantes como desportos de inverno. Depressa atrai a atenção dos poderosos hóspedes do hotel: um congressista, um senador, um homem de negócios endinheirado e a sua amante. Não tem nada a perder, por isso é honesta e directa. Será a verdade libertadora? 

Um filme situado na época natalícia, que conta com um clima romântico inevitável, e que defende a máxima de “carpe diem”.




A JÓIA DA FAMÍLIA (2005)

romances de natal
“A Jóia da Família” |©20th Century Fox

Esta comédia romântica conta com um incontornável elenco de estrelas, que aqui dão vida a uma família bastante disfuncional. Diane Keaton, Dermot Mulroney, Rachel McAdams, Craig T. Nelson  ou Luke Wilson  são alguns dos intérpretes que dão vida a membros do clã Stone. Todos os anos, esta família se reúne para festejar a quadra natalícia. Desta vez, o seu filho mais velho, Everett, decide levar a sua namorada, Meredith Morton (interpretada por Sarah Jessica Parker), para conhecer o atribulado núcleo familiar pela primeira vez.

Everett Stone fez carreira em Wall Street, mas a sua família vive em Connecticut , num cenário pitoresco e rústico, e não tem grande paixão pela estranha vinda da cidade. Everett pretende encontrar a melhor forma de apresentar a noiva, como tal,  à família, o que não se revela uma tarefa fácil. Como comédia familiar que está é, não seria de esperar que os seus pais e irmãos aceitassem a nova-iorquina sem reservas. Pelo contrário, a sua reacção é inflexível, a pender para o hostil. Como é que Meredith conseguirá tornar-se uma “jóia da família”?




O AMOR ACONTECE (2003) 

Filmes de Natal
©Universal Studios

“Love Actually” é possivelmente o maior guilty pleasure da quadra natalícia. Um romance de natal que se suporta numa teia complexa de relações pessoais interligadas, “O Amor Acontece” toca diversos amores distintos. Cada narrativa nos dá uma pista diferente sobre o puzzle dos relacionamentos humanos, quer falemos de relações de amor que duram há uma vida, quer seja a luxúria que nos referimos, amor de irmãos, primeiro amor, a perda de um suposto amor para a vida ou a descoberta de um novo sentimento que se considerava perdido. Todas as narrativas deste clássico natalício são ligeiramente diferentes, mas todas elas são igualmente divertidas e bem intencionadas.

Isto claro, se nos esquecermos do retrato pavoroso dos emigrantes portugueses, capaz de fazer arrepiar os pelos da nuca de qualquer português que veja o filme. Não obstante, assim é o humor dos britânicos, politicamente incorrecto. Ao fim de contas, os americanos não ficaram mais bem-vistos, com o seu Presidente incapaz de respeitar mulheres ou as suas promíscuas habitantes de um qualquer bar sem nome. É aceitar a marca do humor dos ingleses, e seguir em frente.

Como qualquer filme puzzle, a maior parte das narrativas acabam por se encontrar de formas surpreendentes. “O Amor Acontece” é também um testemunho interessante, quase uma cápsula do tempo na carreira de um conjunto de atores que ou tinham muito sucesso na altura ou viriam a ter, entre eles: Martin Freeman, Hugh Grant mais encantador do que nunca, uma jovem Keira Knightley, uma desoladora Emma Thompson, um jovem e irresistível Rodrigo Santoro, Colin Firth, a nossa Lúcia Muniz, claro, Andrew Lincoln antes da explosão em “The Walking Dead”, Liam Neeson, Chiwetel Ejiofor, entre outros.

Um verdadeiro filme de elenco, com direito a um número musical que encerra em grande esta narrativa abençoada com uma curiosa banda-sonora, com especial destaque para a encantadora, embora bizarra, versão natalícia de  “Love is All Around Us” , que passa a “Christmas is All Around Us”,  interpretada por um brilhante Bill Nighy.




ELF – O FALSO DUENDE (2003) 

Elf 2003
Will Ferrell e Zooey Deschanel em “Elf” (2003) |©Alan Markfield/ New Line Productions

Uma entrada invulgar e curiosa dentro do género, “Elf” apresenta um enredo pouco comum e uma parelha invulgar entre os elfos de Will Ferrell e Zooey Deschanel. Em mais um filme de Natal que se aventura pelos reinos da fantasia, acompanhamos as aventuras de Buddy (Ferrell), um bebé num orfanato que por engano entrou no saco do Pai Natal e acabou no Pólo Norte. Entretanto, foi criado por elfos, e só enquanto adulto se apercebeu o quão diferente era.

Finalmente, o Pai Natal dá-lhe permissão para viajar até Nova Iorque, onde vai procurar o seu pai biológico, Walter Hobbs (James Caan). Hobbs é um idiota que se encontra na lista de mal comportados do Pai Natal, e não faz sequer ideia que Buddy existe. Durante a sua jornada, Buddy apaixona-se por Nova Iorque e pela cultura humana. Contudo, quando a relação recém-conquistada com o seu pai afecta o seu novo trabalho, está na altura de reavaliar as prioridades.

Realizado pelo ator e realizador Jon Favreau (“O Rei Leão”, “O Livro da Selva”), “Elf” é uma comédia romântica invulgar, repleta de coração. 




BAD SANTA – O ANTI-PAI NATAL (2003)

10 filmes (alternativos) para ver neste Natal
Bad Santa – O Anti-Pai Natal (2003) |©Columbia Pictures

Mais uma entrada não convencional em 2003, que nos apresenta um pai natal irreverente e fora da norma. O romance não é o elemento principal desta criativa comédia, mas é sem dúvida um deles, e por isso “Bad Santa” ganha lugar nesta nossa galeria.

Protagonizado por Billy Bob Thornton no papel de um “anti-pai natal”. O nosso protagonista, Willie T.Stokes, interpretado por Thornton, é um vigarista que leva uma vida miserável. É alcoólico e comporta-se de forma reprovável em público, uma e outra vez. Apenas tem emprego uma vez por ano, na época do Natal, quando se veste de Pai Natal. Quando chega a véspera de Natal, juntamente com Marcus (Tony Cox), o seu ajudante, planeia assaltos a lojas.

Este ano, um sem fim de distrações fazem com que os planos de Willie corram de mal a pior.  Será que é este ano que o duo é apanhado? Pelo caminho, há ainda tempo para um “bromance” com um miúdo (Brett Kelly) e para um romance com uma senhora à altura, Sue (Lauren Graham). É desta que Willie reavalia as suas prioridades?




O DIÁRIO DE BRIDGET JONES (2001) 

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“O Diário de Bridget Jones” (2001) |©Miramax

Não sendo um “Filme de Natal” no sentido restrito da palavra, Bridget Jones situa a sua acção maioritariamente no inverno, entre o início da estação e o Ano Novo, todos eventos preponderantes na narrativa, e alguns dos seus momentos mais emblemáticos acontecem no Natal. Darcy com a sua blusa de natal ridícula, Bridget com a horripilante carpete que podemos também ver nesta imagem. Toda a sala onde esta acção decorre quase cheira a mofo através do ecrã, e a sincera e irreverente Bridget sabe-o.

Bridget Jones é uma heroína britânica moderna, uma que só poderia ter nascido no século XX. Não sabe cozinhar, é desastrada, cede facilmente aos seus impulsos e não tem auto-controlo em qualquer campo da sua vida. Ainda assim, é encantadora e apaixonante, e é capaz de comandar uma sala, ou no caso desta narrativa, colocar dois homens a disputá-la. Verdade seja dita, nunca um triângulo amoroso foi tão divertido e leve como em “Bridget Jones”, a rainha das más decisões e das resoluções falhadas.

O Natal não motiva a acção, mas está sempre presente e a neve que cai em Londres é o cenário perfeito para os românticos instantes finais deste primeiro capítulo. O primeiro de três, e definitivamente o melhor. O segundo “Diário de Bridget Jones” é mais virado para o verão, e sem dúvida a narrativa tem saudades do clima de inverno, com a impulsiva Bridget a correr de cuecas e casaco pela neve, em busca do seu Mr.Darcy. Quiçá o papel mais icónico de Zellweger, e que lhe valeu uma indicação ao Óscar, “Bridget Jone’s Diary” é a comédia romântica britânica perfeita para rever todos os anos por volta desta altura.




FELIZ ACASO (2001) 

Serendipity (2001)
John Cusack e Kate Beckinsale em “Feliz Acaso” (2001) |©Mixamax

Nada melhor do que uma comédia romântica tocada pela mão do destino para ver na quadra natalícia. John Cusack e Kate Beckinsale são o par romântico de “Serendipity”, um filme dominado pela neve que cai em Nova Iorque no inverno (um motivo muito popular, como esta lista nos dá a entender),  e pelas ruas enfeitadas e coloridas da cidade que nunca dorme.

Cusack e Beckinsale são Jonathan Trager e Sara Thomas, uma parelha que se conhece num armazém de compras, na secção de luvas. Apesar de estarem à procura de prendas de natal para os seus respectivos parceiros românticos, a magia estava lá, e esta noite natalícia de compras resultou numa atracção inegável. Jon quis explorar estes sentimentos, Sara não teve tantas certezas. Decidiram testar o destino, e deixar ao seu acaso se se voltariam a encontrar ou não.

Anos depois, voltam a encontrar-se e estão ambos noivos. Ainda assim, continuam a sentir a mão do destino a tentar juntá-los. O que se segue é uma clássica narrativa de desencontros, uma confusão que os aproxima e afasta em igual medida. É ao destino que cabe a última palavra….




DOIS DESTINOS (2000)

The Family Man (2000)
“Dois Destinos” (2000) |© Universal Studios

Uma comédia romântica dramática, que como diversos dos títulos desta lista, toca no reino da fantasia. “The Family Man” (2000) é protagonizado por Nicolas Cage e por Téa Leoni  e  coloca-nos perante um típico cenário de “what if?”.  É esta uma espécie de versão moderna de “Do Céu Caiu uma Estrela”, que ao invés de colocar em destaque uma vida paralela na qual o protagonista não existe, coloca em destaque a possibilidade de abrir uma janela do tempo, e ver o que “poderia ter sido”.

Encontramos então, no início do filme, Jack Campbell (Cage) na sua bem sucedida vida como homem de Wall Street, “the Man”. Vive feliz, solteiro, tem tudo o que sempre desejou, ou pelo menos assim o considera. Um dia, como que por milagre, acorda numa vida que não lhe pertence. Uma vida paralela, na qual nunca terminou a relação com Kate (Leoni), a sua namorada de universidade. Estão casados, vivem em Jersey e têm dois filhos pequenos. Em vez de ser um grande homem de negócios, é um homem de família, que acorda todos os dias com miúdos a saltar na cama e trabalha numa loja de pneus.

Inicialmente, está desesperado por voltar à sua vida antiga, aquela em que tem um Ferrari e um apartamento de luxo, mas depressa compreende que há valores bem mais altos que o dinheiro. Mas será tarde de mais? Uma versão menor de um clássico, mas ainda assim capaz de emocionar e comover. Lembramos um Cage bem do passado, o Nicolas Cage das comédias românticas do início do milénio. Só pela nostalgia, já vale a pena! E claro, temos uma abordagem interessante da quadra natalícia, com e sem família.




ENQUANTO DORMIAS (1995) 

Romances de natal
Sandra Bullock e Bill Pullman em “Enquanto Dormias”(1995) |©Buena Vista Pictures

“Enquanto Dormias” não é uma narrativa sobre Natal, mas antes uma que, em termos tonais, em tudo se relaciona com a quadra natalícia. E claro, existe uma ceia de Natal gravada neste filme, que foi intencionalmente situado no Natal pelo estúdio, para que a recepção do público pudesse ser facilitada. Uma das inúmeras comédias românticas que Sandra Bullock protagonizou ao longo dos anos, “Enquanto Dormias” tem uma divertida e algo perturbadora premissa. Natal ou não, é um clássico inegável da rom-com, estabelecendo um curioso triângulo amoroso entre um homem acordado, uma mulher e um homem em coma. Nunca viram? Está na altura!

Um romance que no fundo pensa, acima de tudo, a solidão, não sendo tão superficial quanto possa parecer à primeira vista. A Vida de Lucy (Sandra Bullock) está bastante solitária, até ao inverno em que salva a vida de Peter (Peter Gallagher). Peter está em coma, e algo faz com que Lucy minta, e diga ser a sua namorada. Agora, faz parte de uma nova família, a família dele. Com o destino do seu lado, rapidamente estes a começam a valorizar, especialmente Jack (Bill Pullman), irmão de Peter. Jack e Lucy aproximam-se e começam a criar uma dinâmica de relação especial…

Um papel curioso e diferente no seio do género, que valeu a Sandra Bullock uma nomeação ao Globo de Ouro.




O ESTRANHO MUNDO DE JACK (1993)

The Nightmare Before Christmas
“O Estranho Mundo de Jack” (1993) |©Disney Enterprises, Inc. All rights reserved.

Já diziam os Blink 182 na sua “I Miss You” : “We could live like  Jack and Sally”, e com esta deixa, partimos temporariamente do reino da imagem real  para o da animação. “O Estranho Mundo de Jack”, realizado por Henry Selick (“Coraline”, “James e o Pêssego Gigante”) , baseia-se nas personagens criadas por Tim Burton, sendo a obra também produzida por este realizador. Em inglês. dá até pelo nome de “Tim Burton’s The Nightmare Before Christmas”. Assim, como um esforço conjunto com o veterano dos filmes familiares Selick, esta obra pertence mais a Tim Burton do que algumas que chegou a realizar, como por exemplo “Alice No País das Maravilhas”, um produto que pertence mais à Disney do que ao autor desta interpretação fílmica.

O Estranho Mundo de Jack”, uma narrativa intemporal, é um produto animado musical, que narra a história do Rei das Abóboras,  Jack Skellington, o Rei do Halloween. Jack está morto, como toda a gente na Cidade do Halloween, mas quando encontra a Cidade do Natal, fica fascinado pelas cores e pela vida, e pretende dar umas boas e merecidas férias ao Pai Natal, arcando ele com a tarefa na Noite de Natal, e também com os preparativos. Tudo corre mal, muito mal, mas pelo caminho, Jack descobre muito sobre si mesmo e apaixona-se pela boneca de trapos Sally, ela própria uma escrava do seu criador, que encontra em Jack não só um salvador, mas acima de tudo um aliado. Um romance gótico belo que é perfeito tanto para as festividades do Natal como do Halloween. Quantas obras podem dizer isso?




 SINTONIA DE AMOR (1993)

Sleepless in Seattle (1993)
Sintonia do Amor (1993) |©Sony Pictures Home Entertainment

“Sleepless in Seattle”, comédia romântica escrita e realizada pela gigante  Nora Ephron. responsável por diversas obras de referência como “Você tem uma Mensagem” ou “Julie & Julia”. Ephron morreu em 2012, mas deixou para trás um legado na comédia romântica que passou pela realização, argumento, produção e até criação de bandas-sonoras.

Este romance protagonizado por Meg Ryan, rainha da comédia romântica nos anos 90, e por Tom Hanks, conta a história de um amor que começa na rádio, uma premissa que nos transporta imediatamente para o reino da nostalgia. Sam (Hanks) muda-se para Seattle com o seu filho Jonah. Enquanto fala num programa de rádio sobre os seus sentimentos, a jornalista Annie (Ryan) apaixona-se pela sua voz. Mesmo estando noiva, algo a impele a convidá-lo para um encontro…e o resto é magia …e destino!




EDUARDO MÃOS DE TESOURA  (1990)

Eduardo Mãos de Tesoura
Johnny Depp e Winona Ryder em “Eduardo Mãos de Tesoura” (1990) |© Twentieth Century Fox

Um filme dominado pelas cores do inverno, sobre um homem “invulgarmente gentil”. O que é mais natalício do que um estudo fantasioso sobre a influenciável e manipulável natureza humana? Este drama romântico tocado pela neve é belo, agridoce, dramático, surreal, incrivelmente tocante. É um genuíno romance de natal sobre diferença, e sobre a importância de não duvidar e olhar de lado o “outro”, e abraçar a diferença para lá dos nossos pares.

Winona Ryder e Johnny Depp estabelecem aqui um dos mais invulgares pares românticos do cinema, e a sua relação, pura e mais platónica do que qualquer outra coisa, é um dos pilares do filme. Destinada a fracassar, nesta narrativa trágico-cómica, esta parelha trouxe-nos ainda assim imagens poderosas, marcantes e devastadoras.

Uma narrativa calorosa e emocionante, verdadeiramente adequada para toda a família.




UM AMOR INEVITÁVEL (1989)

romances de natal
© Metro-Goldwyn-Mayer Studios Inc. All Rights Reserved.

Voltamos a mais um romance de natal incontornável, protagonizado por Meg Ryan na sua época de ouro. “When Harry Met Sally”, realizado por Rob Reiner e escrito por Nora Ephron, valeu à lenda da rom-com uma das suas diversas nomeações na categoria de Argumento nos Óscares.

Menos um filme de Natal, e mais um entre muitos filmes românticos que compreendem o inverno, na sua globalidade, como a estação mais propensa ao romance, esta comédia romântica coloca em evidência alguns dos dilemas clássicos das relações amorosas. Harry e Sally conhecem-se numa viagem de Chicago para Nova Iorque, depois de ambos concluirem a Faculdade. Desenvolve-se entre eles uma amizade próxima, e ambos apreciam ter um amigo do sexo oposto. Contudo, há o velho eterno dilema: um homem e uma mulher hetero conseguirão ser amigos, sem que a tensão sexual destrua tudo?

O Natal é uma época alegre, e que ainda assim transporta consigo uma certa melancolia invernal inerente. É perfeita para ver romances em dias cinzentos, e por isso aqui fica esta lista, para ajudar a definir o plano da quadra…. Que outros romances gostavas que aqui constassem? 

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