"Terra Franca" | © Uma Pedra no Sapato

Leonor Teles conta com três filmes exibidos em Novembro

Até ao fim do mês serão exibidos três filmes de Leonor Teles: “Cães que Ladram aos Pássaros”, “Terra Franca” e “Balada de Um Batráquio”. 

No próximo sábado, 30 de Novembro serão exibidos três filmes de Leonor Teles: “Cães que Ladram aos Pássaros”, “Terra Franca” e “Balada de Um Batráquio”. O primeiro em sala, no Porto/Post/Doc, e os outros dois no pequeno ecrã, na RTP2. 

A estreia nacional de “Cães que Ladram aos Pássaros”, o mais recente filme da realizadora, acontece às 21:30 de dia 30 de Novembro, no Porto/Post/Doc, durante a cerimónia de entrega de prémios do festival, no Teatro Municipal Rivoli, no Porto.

Com estreia mundial no festival de Veneza, trata-se de uma curta-metragem que acompanha os dias de Verão de Vicente e da sua família, obrigados a sair da sua casa no centro do Porto, por força da especulação imobiliária. As aulas terminaram e sente-se uma azáfama no ar, enquanto os turistas enchem as ruas e os cafés do Porto. O velho e decadente é agora vendido como ponto alto da gentrificação. Vicente pedala pela cidade montado na sua Órbita azul e observa a transformação urbana a cada dia que passa. O Porto já não é o mesmo e ele também não. Entre família e amigos, Vicente vive com expectativa os primeiros dias de férias, que trazem a promessa de mudança e a incerteza de uma vida nova. 

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Na mesma noite mas um pouco mais tarde, “Balada de um Batráquio” e “Terra Franca” serão exibidos na televisão portuguesa, na RTP2, pelas 23:15 e 23:30, respectivamente.

“Balada de um Batráquio” (2016) trata-se de uma curta-metragem, vencedora do Urso de Ouro no Berlinale International Film Festival, entre outros prémios (Melhor Curta Metragem no festival de Hong Kong, no festival de Belo Horizonte, Prémio Revelação no Caminhos do Cinema Português, etc.). Nesta a realizadora foca-se na tradição de colocar sapos de loiça em espaços comerciais como forma de afastar os ciganos. Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento, tornando este um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.

“Terra Franca” (2018) é primeira longa-metragem da realizadora e acompanha durante um ano a vida de Albertino Lobo, um pescador de Vila Franca de Xira. À beira do Tejo, numa antiga comunidade piscatória, um homem vive entre a tranquilidade solitária do rio e as relações que o ligam à terra. Este filme retrata a vida do pescador, atravessando as quatro estações que renovam os ciclos da natureza e acompanham as contingências da vida de Albertino Lobo.

Com estreia mundial no Cinéma du Réel Festival Internacional de Cinema Documental, onde se sagrou vencedor do Prémio SCAM, “Terra Franca” recebeu outros prémios, nomeadamente Melhor Longa-metragem de Ficção no Festival Caminhos do Cinema Português (2018), Prémio para a Melhor Primeira Obra Internacional, no Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, Prémio Escolas – Prémio ETIC para Melhor Filme da Competição Portuguesa, no Doclisboa 2018, e algumas menções especiais. 

Vais perder os filmes desta realizadora portuguesa? 

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