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Marvel’s Midnight Suns, a Crítica

Marvel’s Midnight Suns sofreu um duro criticismo por ser um jogo de cartas e estratégias, mas é só isso o que tem a oferecer?

Lançado pela mesma produtora de jogos como XCOM e Boderlands, a 2K, Marvel’s Midnight Suns foi revelado para o público em 2021, com data de lançamento prevista para o final de 2022. De cara, os fãs criticaram o jogo por ser de cartas, estratégias e as lutas serem por turnos, e por não seguir o mesmo formato de mundo aberto que os jogos do Homem-Aranha da Insominiac para o PlayStation. Muitos deixaram passar este jogo, mas havia muito mais para oferecer.

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É certo que o marketing não ajudou nas vendas do jogo, sendo que a revelação veio através de lutas cinemáticas (que estão inclusas no jogo) porém os fãs assumiram que aquilo seria apenas para os trailers. A partir deste ponto, muitos deixaram de estar atentos às revelações e o que o jogo teria para oferecer. O fato de a equipa Midnight Suns nas bandas desenhadas serem maioritariamente de heróis com poderes místicos e ao colocarem na capa principal o Homem-Aranha e o Homem de Ferro causou estranhamento em quem visse. Mas eles não estão ali por acaso e tampouco fazem parte dos Midnight Suns, a forma como a história desenvolve-se permite com que muitos heróis, e até anti-heróis, sejam incluídos na equipa.

UMA HISTÓRIA ENVOLVENTE

Em Midnight Suns, a mãe dos demónios, Lilith, retorna e começa seus planos para controlar o mundo. Não será impossível derrota-la, pois já aconteceu no passado graças à Hunter, o/a filho/a de Lilith. O jogador terá de escolher se quer interpretar a versão masculina ou feminina de Hunter. Ao fazê-lo, passamos a controlar a personagem.

Somos introduzidos a diversos heróis e ao local onde estão instalados, a Abadia, uma espécie de mosteiro localizado em Salem, Massachussets. Já dá para perceber que o local é extenso e terá muitas áreas de exploração. Quanto aos heróis, ou companheiros de ‘’casa’’ de Hunter, iremos conviver com Nico Minoru, Illyana Rasputin, Blade, Robbie Reyes (Motoqueiro Fantasma), todos membros dos Midnight Suns e juntam-se os vingadores Carol Danvers e Tony Stark. Ao longo da história, que pode durar até 60 horas, muitos mais chegam a Abadia para fazer-nos companhia. 

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Fazer-nos companhia pois o jogo tem um sistema de amizade muito interessante.É possível desenvolver amizade com todos que estão na Abadia, claro que é opcional, o que torna as coisas mais interessantes. É sempre recomendável desenvolver amizade com eles pois a cada interação, Hunter e o herói em questão recebem habilidades passivas que são utilizadas em combate. Para além disso, podemos escolher se queremos escolher o caminho da Luz ou Trevas com o protagonista, as escolhas são feitas através de diálogos ou habilidades utilizadas em combate. Este sistema também influência as amizades, pois há heróis que reagem melhor à respostas com cunho de trevas e outros com de o luz.

O COMBATE

Conforme vamos progredindo na história, novos heróis surgem, sendo possível utilizar-los no combate (a não ser que estejam lesionados ou a fazer uma missão avulsa). O que torna o combate dinâmico, sendo que não estamos sempre com os mesmos heróis, com as mesmas habilidades. As lutas chegam a ser desafiadoras se não prestarmos atenção e analisarmos bem o campo de batalha. Existem muitos recursos para poder realizar uma jogada, é sempre necessário calcular quais serão as possíveis saídas daquela jogada.

Enquanto os combates são altamente divertidos, o que mais agradou-me foi estar na Abadia. Não só para conhecer melhor os heróis, que sempre têm uma história nova para contar toda vez que falamos com eles, mas também para desenvolver o local e as habilidades do heróis.

ASPETOS TÉCNICOS

Os gráficos do ambiente da Abadia e as pequenas cinemáticas durante as lutas são ótimos, mas o mesmo não pode ser dito pela modelagem das personagens. Acredito que os rostos sejam o ponto onde os desenvolvedores passaram menos tempo, pois as personagens não conseguem demonstrar suas emoções com suas feições, que são bastante fechadas. Isso não chega a ser tão problemático graças aos excelentes atores que dão suas vozes, que conseguem compensar a falta de emoção no rosto, através da voz. Já que um elenco estrelado está presente no jogo, como a voz masculina de Hunter que ficou na responsabilidade de Matthew Mercer, que recentemente deu voz à Ganondorf de The Legend of Zelda: Tears of the Kindgom. Enquanto na voz feminina, Elizabeth Grullon é a responsável. Sendo uma novata no mundo das dobragens de videojogos, outro grande jogo que tem no seu currículo é Jedi: Fallen Order.

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Mesmo em não ter o tradicional mundo aberto cobiçado por muitos jogadores, Marvel’s Midnight Suns não decepciona. Entrega um excelente storytelling, com personagens vivos e cheios de personalidades.

TRAILER | JOGABILIDADE DE MARVEL’s MIDNIGHT SUNS

Já jogaste o Marvel’s Midnight Suns?

  • Catherine Miranda - 90
90

Conclusão

Um excelente jogo que tem muito a oferecer. Acrescenta muita riqueza ao universo Marvel e é uma diversão garantida.

Pros

História longa;

Muitas coisas para fazer;

Sistema de amizade;

Muitos heróis para selecionar;

Dobragem das personagens.

Cons

Não ser possível dar pausa durante cutscenes;

Salvamento automático não é constante;

Modelagem dos personagens não transparecem muita emoção.

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