©New Regency Productions

Os Óscares de melhor filme, que vieram do teatro

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A um dia da cerimónia dos Óscares, vamos debruçarmo-nos sobre uma parte da história deste prémio, que é mais comum do que se pensa.

Os Óscares estão aí à porta, e seguindo na onda de “O Pai”, filme de Florian Zeller baseado na sua própria peça e nomeado para o Óscar de melhor filme, apresentamos aqui as principais nomeações para a estatueta dourada, que foram inspirados em peças de teatro.

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PARADA DO AMOR (1929)

ERNST LUBITSCH

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©Paramount Pictures

Realizado por um mestre do cinema, “A Parada do Amor”, é uma comédia musical, escrita por Guy Bolton e Ernest Vajda , que adaptaram o guião da peça teatral de Jules Chancel, “Le Prince Consort”. O filme apresenta-nos uma rainha e o seu marido, que mesmo vivendo uma vida de luxo, se encontra constantemente atirado para um poço de aborrecimento, devido às suas obrigações legais. Para além do Óscar de melhor filme, a obra esteve nomeada para mais cinco categorias, Melhor Realizador, Melhor Actor, Melhor Fotografia, Melhor direcção de Arte e Melhor Som, não tendo ganho nenhuma delas.




SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO (1935)

WILLIAM DIETERLE E MAX REINHARDT

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©Warner Bros.

Baseado na famosa comédia de Shakespeare e escrito por Charles Kenyon e Mary C. McCall Jr., “Sonho de uma Noite de Verão” conta-nos a história de dois casais e um grupo de actores e das suas peripécias depois de um encontro com fadas na floresta. Apesar de não ter ganho melhor filme, a longa ganhou os Óscares de Melhor Fotografia e Melhor Montagem.




ROMEO E JULIETA (1936)

GEORGE CUKOR

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©Metro-Goldwin Mayer

Em mais uma, (de muitas), adaptação de Shakespeare, “Romeo e Julieta”, apresenta-nos a trágica história de amor, pela caneta de Talbot Jennings. Realizado por George Cukor, um dos principais nomes do cinema clássico americano, o filme esteve também nomeado para Melhor Actriz Secundária, Melhor Direcção de Arte e Melhor Actriz, não tendo, no entanto, ganho nenhum dos prémios.




AS MÃOS E A MORTE (1939)

LEWIS MILESTONE

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©Hal Roach Studios

Adaptado da peça “Of Mice and Men”, que por sua vez foi criada com base no livro de John Steinbeck, “As Mãos e a Morte”, conta-nos a história de , Lennie, um gigante com uma deficiência mental e George, um homem inteligente e perspicaz, que toma conta dele. À deriva por uma América em depressão, os dois homens arranjam trabalho numa fazenda, mas o sadismo do dono da mesma, causa-lhes problemas. O filme foi adaptado por Eugene Solow e para além de Melhor Filme, recebeu também as nomeações para os Óscares de Melhor Gravação Sonora e Melhor Banda Sonora, não tendo ganho, no entanto, nenhum deles.



CASABLANCA (1942)

MICHAEL CURTIZ

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©Warner Bros.

Um eterno clássico do cinema Hollywoodesco, “Casablanca” chegou aso cinemas vindo da peça “Everybody Comes to Rick’s”, escrita por Murray Burnett e Joan Alison. A peça nunca chegou a ser produzida e a Warner Bros. comprou os direitos da mesma de forma a realizar uma adaptação cinematográfica, adaptação essa que chegou pelas mãos de Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch. O filme conta a história de um americano expatriado e do seu conflito entre ajudar, ou não, uma antiga paixão a fugir de Nazis em Marrocos. Protagonizado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, o filme ganhou um sucesso estrondoso ao longo dos anos, tendo sido nomeado para 8 Óscares, dois quais ganhou 2, Melhor Filme e Melhor Realizador. As outras 6 nomeações, foram para, Melhor Guião, Melhor Montagem, Melhor Actor, Melhor Banda Sonora, Melhor Fotografia e Melhor Actor Secundário.



HAMLET (1948)

LAURENCE OLIVIER

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©Two Cities Films

Baseado na famosa peça de Shakespeare, com um guião de Laurence Olivier, “Hamlet”, conta-nos a clássica história de um príncipe, que ao desconfiar que o tio matou o pai, pondera vingança. A longa esteve nomeada para 7 Óscares, Melhor Actriz Secundária, Melhor Realizador, Melhor Banda Sonora, Melhor Actor, Melhor Direcção de Arte, Melhor Guarda-Roupa e Melhor filme, tendo ganho nas últimas 4 categorias.



UM ELÉTRICO CHAMADO DESEJO (1951)

ELIA KAZAN

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©Warner Bros.

Com realização de Elia Kazan, um dos mais importantes realizadores da história do cinema americano e um guião de Oscar Saul, a partir da premiada peça homónima de Tennessee Williams, “Um Eléctrico Chamado Desejo”, apresentou Marlon Brando ao mundo. O filme conta-nos a história de Blanche DuBois, uma donzela marcada por diversas perdas familiares, que busca refúgio na casa da irmã e do seu cunhado, um bruto pouco dado ao sentimentalismo. Tennessee Williams participou na escrita do guião e Kazan, que já tinha dirigido a peça em palco, posicionou-se atrás das câmaras. A longa foi nomeada pra 12 Óscares, Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor, Melhor Guião, Melhor Fotografia, Melhor Guarda-roupa, Melhor Banda Sonora e Melhor Som, ganhando nas categorias de Melhor Actriz, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Secundária e Melhor Direcção de Arte.



JÚLIO CÉSAR (1953)

JOSEPH L. MANKIEWICZ

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©Metro-Goldwyn-Mayer

Em mais uma adaptação de Shakespeare, vemos Marlon Brando, desempenhar o papel de Marco António, que em conjunto com um grupo de senadores, planeiam assassinar Júlio César, tendo depois de lidar com as consequências de tão horrendo acto. O filme foi realizado por Joseph L. Mankiewicz, que também escreveu o guião. Para além de Melhor Filme, “Júlio César” foi também nomeado para Melhor Actor, Melhor Banda Sonora, Melhor Fotografia e Melhor Direcção de Arte, tendo ganho apenas este último.



GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE (1958)

RICHARD BROOKS

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©Metro-Goldwyn-Mayer

Adaptado da peça homónima de Tennessee Williams, por Richard Brooks e James Poe, “Gata em Telhado de Zinco Quente” conta-nos a história de um ex-jogador de futebol alcoólico, que mantém uma relação fria com a sua mulher e do reencontro com o seu pai. Um sucesso estrondoso, o filme foi nomeado para 6 Óscares, foram eles o de Melhor Actor, Melhor Actriz, Melhor Realizador, Melhor Fotografia, Melhor Guião e Melhor filme, não tendo ganho nenhum deles.



AMOR SEM BARREIRAS (1961)

JEROME ROBBINS E ROBERT WISE

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©The Mirisch Corporation

Um indiscutível clássico do teatro musical, “West Side Story” é uma das peças mais conhecidas da Broadway e foi ela própria inspirada na obra “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare. A adaptação para o grande ecrã, ficou a cargo de Ernest Lehman e a longa foi um autêntico sucesso, junto da crítica e do público, tornando-se no filme mais lucrativo de 1961 e recebendo 11 nomeações para os Óscares. Melhor Filme, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Secundária, Melhor Realizador, Melhor Guião, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Direcção de Arte, Melhor Banda Sonora, Melhor Som e ainda um Óscar honorário para Jerome Robins. A Longa venceu em todas as categorias, com a excepção de Melhor Guião.



MINHA LINDA LADY (1964)

GEORGE CUKOR

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©Warner Bros.

“Minha Linda Lady”, foi adaptado do musical homónimo da dupla Lerner and Loewe, que por sua vez se basearam na peça de George Bernard Shaw, “Pygmalion”. O filme conta a história de um professor, que aposta conseguir que uma vendedora de flores de rua, pareça pertencer à alta sociedade. A Longa é protagonizada por Audrey Hepburn e foi um sucesso tanto junto da crítica, como do público, tendo sido nomeado para os Óscares de, Melhor Filme, Melhor Banda Sonora, Melhor Som, Melhor Fotografia, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Actor, Melhor Realizador, Melhor Guião, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Secundária e Melhor Montagem, tendo sido, estas últimas 3, as únicas categorias onde não ganhou.



MÚSICA NO CORAÇÃO (1965)

ROBERT WISE

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©20th Century Fox

Com prestações de Julie Andrews e Christopher Plummer, naquele que é, até aos dias de hoje, um dos mais amados clássicos do cinema, “Música no Coração” leva-nos às paisagens montanhosas da Áustria, onde acompanhamos uma mulher que deixa o convento onde vive, para se tornar ama dos filhos de um oficial da Marinha viúvo. O filme foi adaptado por Ernest Lehman, a partir da peça homónima de Richard Rodgers. Esteve nomeado para o Óscar de Melhor Actriz, Melhor Actriz Secundária, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Fotografia e Melhor Direcção de Arte e ganhou nas categorias de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora e Melhor Som.



QUEM TEM MEDO DE VIRGINA WOOLF (1966)

MIKE NICHOLS

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©Warner Bros.

Em mais uma adaptação pela mão de Ernest Lehman, desta vez com raízes na peça homónima de Edward Albee, “Quem tem Medo de Virginia Woolf”, é uma comédia negra, sobre um jantar onde um casal usa os seus convidados, para confrontar os seus problemas. O filme foi nomeado para Melhor Realizador, Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Actor Secundário, Melhor Guião, Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora e Melhor Som e ganhou nas categorias de Melhor Actriz, Melhor Actriz Secundária, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Fotografia e Melhor Direcção de Arte.



UM HOMEM PARA A ETERNIDADE (1966)

FRED ZINNEMANN

©Highland Films

“Um Homem Para A Eternidade”, foi adaptado da peça homónima de Robert Bolt, que escreveu também o guião do filme. A longa conta-nos a história de Sir Thomas More, na sua luta contra o Rei Henry VII, quando este rejeitou a Igreja Católica, para poder divorciar-se e voltar a casar. O filme esteve nomeado para Melhor Actriz e Actor Secundário e ganhou nas categorias de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor, Melhor Guião, Melhor Fotografia e Melhor Guarda-Roupa.



OLIVER! (1968)

CAROL REED

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©Romulus Films

“Oliver!” é baseado no musical homónimo de Lionel Bart, que p+or sua vez é baseado na obra “Oliver Twist”, de Charles Dickens, a adaptação para cinema ficou a cargo de Vernon Harris. Na longa acompanhamos o jovem órfão Oliver Twist, que foge do seu orfanato para se juntar a um grupo de jovens ladrões e seu mentor. Nomeado para, Melhor Actor Secundário, Melhor Actor, Melhor Guião, Melhor Fotografia, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Montagem, a obra ganhou nas categorias de, Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Direcção de Arte, Melhor Banda Sonora e Melhor som, bem como um Óscar honorário para Onna White.



ROMEU E JULIETA (1968)

FRANCO ZEFFIRELLI

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©BHE Films

Nesta que é a segunda adaptação da trágica história de amor de Shakespeare nesta lista, vemos uma versão mais ousada da narrativa, que nos apresenta dois protagonistas com idades mais próximas das personagens da peça original. A adaptação foi feita por Franco Brusati, Masolino D’Amico e Franco Zeffirelli, co este último a assumir também a realização. O filme foi nomeado para Melhor Filme e Melhor Realizador e ganhou nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Guarda-Roupa.



AMADEUS (1984)

MILOS FORMAN

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©AMLF

“Amadeus”, é baseado na peça homónima de Peter Shaffer, que ficou também a cargo da adaptação e apresenta-nos uma versão ficcionada da vida de Wolfgang Amadeus Mozart, famoso compositor. A longa obteve duas nomeações para melhor actor e esteve também nomeada para Melhor Fotografia e Melhor Montagem, tendo ganho nas nas categorias de, Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Realizador, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Guião, Melhor Direcção de Arte, Melhor Maquilhagem e Melhor Som.



MISS DAISY (1989)

BRUCE BEREFORD

©The Zanuck Company

Escrito por Alfred Uhry a partir da sua própria peça, “Miss Daisy” mostra-nos a evolução da relação entre uma idosa senhora Judeia e o seu motorista afro-americano. O filme foi nomeado para Melhor Actor, Melhor Actor Secundário, Melhor Direcção de Arte, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Montagem, tendo ganho nas categorias de Melhor Filme, Melhor Maquilhagem, Melhor Actriz e Melhor Guião.



UMA QUESTÃO DE HONRA (1992)

ROB REINER

OS-ÓSCARES
©Columbia Pictures

“Uma Questão de Honra”, começou por ser uma peça escrita por Aron Sorkin, que mais tarde a adaptou para cinema. O filme mostra-nos o Tenente, Daniel Kaffee, na sua luta pela defesa de um grupo de marines acusados de homicídio. Foi nomeado para Melhor Filme, Melhor Actor Secundário, Melhor Som e Melhor Montagem, mas não ganhou em nenhuma das categorias.



CHICAGO (2002)

ROB MARSHALL

OS-ÓSCARES
©Miramax

“Chicago”, é um musical que nos conta a história de duas assassinas que se encontram juntas na prisão. O guião é escrito por Bill Condon, que adapta o musical homónimo de John Kander, Fred Ebb e Bob Fosse. O filme foi nomeado para Melhor Realizador, Melhor Actriz, Melhor Guião, Melhor Canção Original, Melhor Fotografia e Melhor Actor Secundário e ganhou nas categorias de Melhor Filme, Melhor Som, Melhor Montagem, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Direcção de Arte e Melhor Actriz Secundária, categoria para a qual tinha duas nomeações.



OS MISERÁVEIS (2012)

TOM HOOPER

OS-ÓSCARES
©Universal Pictures

Um dos mais famosos musicais da história, “Os Miseráveis” leva-nos a França, em vários momentos significativos da história, onde acompanhamos um conjunto de personagens, nas suas lutas diárias, pela liberdade. Uma adaptação directa da peça original e com um elenco de respeito, “Os Miseráveis”, esteve nomeado para Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Canção Original, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Design de Produção, tendo ganho nas categorias de Melhor Actriz Secundária, Melhor Maquilhagem e Melhor Som.



MOONLIGHT (2016)

BARRY JENKINS

OS-ÓSCARES
©A24

Baseado em “In Moonlight Black Boys Look Blue”, uma, peça autobiográfica não publicada de Tarell Alvin McCraney, “Moonlight”, conta-nos a história de um jovem afro-americano, na sua jornada de vida pela descoberta da sua identidade e sexualidade. Nomeado para Melhor Realizador, Melhor Actriz Secundária, Melhor Banda Sonora, Melhor Fotografia e Melhor Montagem, o filme ganhou nas categorias de Melhor Guião e Melhor Actor Secundário e naquele que se tornou num dos momentos mais insólitos da história dos Óscares, ganhou também, Melhor Filme.

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Qual o melhor filme desta lista?

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