"O Rei Leão (The Lion King)" 2019 | © NOS Audiovisuais

Os 30 remakes mais desnecessários

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Remakes, reboots, re-imaginações, qualquer que seja o termo que utilizemos, a verdade é que Hollywood parece estar a ficar sem ideias…

Como tal, o mais fácil e direto é recorrer ao baú – que por vezes não tem assim tanto pó – e retirar um clássico ou blockbuster dar-lhe umas pitadas da nova tecnologia, um elenco pipoca e está pronto!

No entanto, existem filmes que são bons e que se tornaram clássicos pela altura em que foram lançados. Um bom filme para a geração de 70, não é necessariamente uma história apelativa para os millennials e por ai fora.

Por isso, neste artigo decidimos enumerar alguns exemplos desnecessários desta corrente que (infelizmente) parece ter vindo para ficar…

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JUMANJI: BEM-VINDOS À SELVA (2017)

Jumanji análise
“Jumanji: Bem-Vindos à Selva” | © BIG Picture Films

Pegar na ideia de quem nos brindou com alguns dos clássicos da nossa infância, como é o caso de “Jumanji” (1995) ou “Querida, Encolhi os Miúdos” (1989), nunca iria ser uma tarefa fácil. Mas pegar e ridicularizar como Jake Kasdan fez com a longa-metragem de Joe Johnston é completamente desnecessário.

Jumanji: Bem-Vindos à Selva” integra o lote de filmes que ambiciona dar a conhecer às novas gerações, histórias que fazem parte do imaginário de outras. Atualiza-se o argumento com elementos reconhecíveis, neste caso o jogo de tabuleiro é substituído por uma consola, os jogadores ganham os corpos dos personagens do videojogo, e espera-se que tenha um impacto semelhante ao clássico dos anos 90, com que propósito?




NOVOS AMIGOS IMPROVÁVEIS (2018)

Novos Amigos Improváveis
Bryan Cranston em “Novos Amigos Improváveis” | © Cinemundo

Em 2011, Olivier Nakache e Éric Toledano apresentavam-nos a história de Philippe e Driss, maravilhosamente interpretada pela dupla François Cluzet e Omar Sy, baseada na auto-biografia do primeiro “Le Second Souffle.” O filme foi recebido de braços abertos tanto pela crítica, como pelos fãs.

Seis anos mais tarde, os americanos e a sua ‘comichão’ por filmes em língua estrangeira, pegaram em “Amigos Improváveis” (“Intouchables” no original), trocaram os nomes dos protagonistas (Philippe – Philip e Driss para Dell), deram-lhe um elenco premiado e esperaram que, entre nomeados e vencedores, também “Os Novos Amigos Improváveis” ganhassem qualquer coisa…




UM CRIME NO EXPRESSO DO ORIENTE (2017)

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Kenneth Branagh realiza e protagoniza o remake de “Um Crime no Expresso do Oriente” | © Big Picture Films

Em 1974, Sidney Lumet brindava-nos com a versão cinematográfica do icónico livro de Agatha Christie com o mesmo título, composta por um elenco all-star, do qual fazia parte nomes como Albert Finney, Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Sean Connery, Jacqueline Bisset, Jean-Pierre Cassel, John Gielgud, Wendy Hiller, Anthony Perkins e Vanessa Redgrave.

Quarenta e três anos mais tarde, uma Hollywood sem ideias e um Kenneth Branagh pronto a realizar um sonho, colocam-nos novamente a bordo do Expresso do Oriente com treze estranhos, entre eles Michelle Pfeiffer, Judi Dench, Daisy Ridley, Michael Peña, Leslie Odom Jr., Tom Bateman e Johnny Depp, com o próprio Branagh enquanto o famoso detective belga, Hercule Poirot.

O resultado? Um descarrilamento vergonhoso da obra de Lumet.




CAÇA-FANTASMAS (2016)

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Leslie Jones, Melissa McCarthy, Kate McKinnon e Kristen Wiig tentaram ser as novas “Caça-Fantasmas” | © Columbia Pictures

Por onde começar… Em primeiro lugar, não conseguimos compreender ao certo porque é que depois de filmes como “Obrigado por Fumar,” “Juno” ou “Jovem Adulta,” Jason Reitman decidiu embarcar na onda dos ‘re.’

Em segundo, “Caça-Fantasmas” é um reboot do original com o mesmo nome de 1984 (confuso?), em que Dan Aykroyd, Bill Murray e Harold Ramis são substituídos por Kristen Wiig, Melissa McCarthy, Leslie Jones e Kate McKinnon. Mas que, apesar da dinâmica divertida do elenco feminino (o que por si só se estranha), não consegue chegar ao imaginário construído por Aykroyd e Harold Ramis…

O pior é que Reitman não aprendeu com o erro, e no próximo verão vamos ser brindados com “Ghostbusters 2020“… Voltamos à eterna questão: era mesmo necessário revisitar o que para muitos é um clássico dos anos 80 (e onde deveria ter ficado)?




FAMA (2009)

fame 2009
“Fama” | © MGM

Como canta Irene Cara, protagonista de “Fama” (1980), “Fame, I’m gonna live forever,” é impossível não trautear o resto, como é igualmente impossível esquecer aquele frenesim de dançarinos, no qual filmes como “La La Land – A Melodia do Amor” se inspiraram.

Mas lá está, uma coisa é inspiração, outra é a cópia e adaptação ao ano de estreia em que o remake será lançado. Neste caso, falamos de um filme que foi lançado no início dos anos 80 e que conquistou dois Óscares da Academia, e não de uma reformulação barata mais parecida com “Segue o Teu Sonho,” na altura que Hilary Duff era Lizzie McGuire, a Hannah Montana do início de 2000.




PESADELO EM ELM STREET (2010)

pesadelo em elm street 2010
Jackie Earle Haley dá vida a Freddy Krueger neste remake | © New Line Cinema

One, two, Freddy’s coming for you. Three, four, Better lock your door. Five, six, grab a crucifix. Seven, eight, Gonna stay up late. Nine, ten, Never sleep again..”

Só estes versos bastavam para provocar (alguns) arrepios na espinha. Realizado por um dos mestres do terror Wes Craven, “Pesadelo em Elm Street” marcou uma geração e ainda atormentou o início de outra…

Vinte e seis anos depois, Wesley Strick e Eric Heisserer revisitam o pesadelo de Craven, com Samuel Bayer ao leme, que mais valia se ter deixado ficar no mundo da música…




MULHERES! (2008)

mulheres 2008
Meg Ryan em “Mulheres!” | © Picturehouse

Um marido que trai, uma amiga que apunhala pelas costas, uma lésbica podem ter sido elementos de ouro para “The Women,” o filme que George Cukor apresentou à sociedade do final dos anos 30, baseado na peça de Claire Boothe Luce (1936). Claro que tais temáticas nunca iriam ter o mesmo impacto para a sociedade do século XXI…

Apesar de se manter fiel ao original a preto e branco, Diane English falhou na falta de adaptação dos temas ao mundo moderno. Nem Annette Bening, Meg Ryan ou Eva Mendes conseguiram salvar o desastroso remake, que melhor estudado poderia ter resultado em algo na linha de “Sex and the City.”




FOOTLOOSE – A MÚSICA ESTÁ DO TEU LADO (2011)

“Footloose” | ©Paramount Pictures

À semelhança de “Fama,” e muitos outros, revisitar “Footloose” revela-se desnecessário. Ou, pelo menos, do ponto de vista de Craig Brewer. O único ponto a favor deste remake é mesmo Miles Teller, que ofusca o substituto de Kevin Bacon, Kenny Wormald.




O CANDIDATO DA VERDADE (2004)

o candidato da verdade 2004
Liev Schreiber em “O Candidato da Verdade” | © Paramount Pictures

A sátira em formato de conspiração, lançada praticamente um ano antes do assassinato de John F. Kennedy e guardada durante anos pelo produtor e protagonista Frank Sinatra, recebeu em 2004 uma reatualização por parte de Jonathan Demme, onde os comunistas foram trocados pelos terroristas.

Sabemos que “O Candidato da Verdade” pode ser um dos pontos de discussão deste artigo. Mas a verdade é que nem Jeffrey Wright,  Denzel Washington, Liev Schreiber ou a própria Meryl Streep, conseguiram salvar (a 100%) o remake do clássico de 1962.




BRINCADEIRAS PERIGOSAS (2007)

Naomi Watts em “Brincadeiras Perigosas” | © Celluloid Dreams

Sabias que o remake de “Brincadeiras Perigosas” é do mesmo realizador que o original de 1997?

Partilhando do síndrome de ‘americanização,’ também Michael Haneke não resistiu à tentação de levar o seu filme para uma maior audiência (o original está em alemão). O cineasta replicou tudo, à excepção do telemóvel usado pela personagem de Tim Roth, ignorando (propositadamente) por completo quaisquer eventos ocorridos entre os 10 anos que separam os filmes, como é o caso do 11 de setembro.

Com isto, não queremos dizer que as “Brincadeiras Perigosas” de 2007 seja um mau filme, não o é… É apenas desnecessário, principalmente quando o original foi um marco para o cinema do género.




AO SABOR DAS ONDAS (2002)

ao sabor das ondas
Madonna | © Screen Gems

Lina Wertmüller foi a primeira mulher a ser nomeada para o Óscar de Melhor Realização, esculpindo o seu lugar na História do Cinema, ou, pelo menos, na História de Hollywood. O filme que lhe valeu tal honra foi “Pasqualino das Sete Beldades”, mas, já antes disso, a cineasta anarquista tinha merecido reconhecimento internacional com filmes como “Insólito Destino”, originalmente estreado em 1974.

Trata-se de um fogoso drama erótico com tons absurdistas e um forte comentário político. Anos depois, a mesma história seria revisitada por Guy Ritchie e Madonna, só que, desta vez, qualquer nuance foi obliterada do projeto. Além do mais, os atores são péssimos e as tentativas de erotismo são inequívocos fracassos.

– Cláudio Alves




CONFRONTO DE TITÃS (2010)

confronto de titãs
Liam Neeson é Zeus em o “Confronto de Titãs” | © Warner Bros.

O “Confronto de Titãs” estreado em 2010 é um filme de ação fantasioso entre tantos outros, uma obra esteticamente anónima e dramaticamente medíocre que entretém, mas não tem nada de especial. Trata-se de um mau filme de série B feito blockbuster milionário.

No entanto, o filme em que foi baseado, originalmente estreado em 1981, é um dos grandes filmes de género dos anos 80. De certo modo, foi um marco histórico em termos de efeitos especiais, mostrando o píncaro dessa arte antes do advento do CGI. A Medusa stop motion, por exemplo, é muito provavelmente um dos melhores efeitos especiais de sempre. Certamente não era algo que precisasse de ser refeito.

– Cláudio Alves




ALADDIN (2019)

aladdin
Mena Massoud, o Aladino do século XXI | © NOS Audiovisuais

Contra todas as probabilidades, Will Smith revelou-se o melhor desta revisitação a Agrabah.

Além disso, “Aladdin” (o que havia de errado com Aladino na versão PT?) é apenas uma desculpa para a Disney aventurar-se por contos Bollywoodescos e ostentar os seus magníficos figurinos… Guy Ricthie não acrescenta nada de novo à versão original vencedora de quatro Óscares da Academia, assinada por Ron Clements e John Musker.




POLTERGEIST (2015)

poltergeist 2015
Kennedi Clements | © Twentieth Century Fox Film Corporation

O remake “Poltergeist” segue a lógica do “Pesadelo em Elm Street,” “Carrie,” entre muitos outros clássicos do terror que, por si só, mereciam uma galeria individual…

Se cresceste nos anos 90, acredito que tenhas ouvido os teus pais a falarem de um filme assustador e perturbante (põe-te no lugar deles em 82), no fundo “O Fenómeno” como por cá foi apelidado. Um marco do cinema de terror realizado Tobe Hooper com o guião de Steven Spielberg.

Trinta e três anos depois, Gil Kenan revisita este “Fenómeno,” como se de uma banda de tributo se tratasse, mas deixando os saltos e o sangue de parte… O que deixa a pergunta: seria mesmo necessário? A homenagem não seria igualmente feita se fosse o original a passar de geração em geração?




BEN-HUR (2016)

ben hur 2016
© Paramount Pictures and Metro-Goldwyn-Mayer Pictures Inc.

O problema dos clássicos, quando arrancam treze Óscares à Academia e adormecem no panteão dos imortais, tentar replicar o seu simbolismo e invocar a sua alma ao cabo de cinco décadas e meia, geralmente redunda em tragédia grega. E é exatamente nessa encruzilhada que se encontra ‘Ben-Hur’, muito por culpa de um realizador que tentou acordar um grande ‘faraó’ numa época de ‘presidentes’, quase desbaratando o seu nome santificado num convívio forçado de representações postiças envenenadas por uma renderização abusiva.”

– Miguel Simão, Magazine.HD




AMANHECER VIOLENTO (2012)

red dawn 2012
Chris Hemsworth | © Metro-Goldwyn-Mayer Studios, Inc.

“Amanhecer Violento” é um desses filmes dos anos 80 que é completamente indissociável da época em que foi feito. Trata-se de uma narrativa especificamente concebida para a América de Reagan, em plena Guerra Fria, quando os vilões podiam ser comunistas monstruosos e poucos eram aqueles que pediam alguma nuance ou humanização. De certo modo, é um clássico nostálgico.

Contudo, é uma história que pertence ao passado e que ganha algum do seu charme exatamente pela idade que tem. O remake de 2012 tenta mudar a premissa narrativa para se adaptar à contemporaneidade, mas o resultado é desastrado e sem graça. Além disso, é horrivelmente jingoísta sem nenhum do engenho do original. O filme é tão mau, que há quem diga que acaba mesmo por prejudicar o legado da obra de 1984.

– Cláudio Alves




DANÇA COMIGO (DIRTY DANCING 2017)

dirty dancing 2017
Fotografia de Craig Sjodin | © American Broadcasting Companies, Inc.

Aqui o caso seria “I [didn’t] have the time of my life…” Ainda que seja um telefilme, o remake de “Dirty Dancing” é um insulto à memória de Patrick Swayze.

Por muito que, por vezes, Abigail Breslin nos surpreenda, este não é (claramente) um desses casos. Atenção que na versão original, Jennifer Grey, que interpreta Baby, também é um pouco ‘pãozinho sem sal,’ mas tinha Swayze para salvar a situação…




DEIXA-ME ENTRAR (2010)

deixa-me entrar
Fotografia de Saeed Adyani | © Fish Head Productions, LLC.

Não é apenas o terror japonês que é alvo de ‘americanizações’… O fantástico “Deixa-me Entrar” ou, na sua língua materna, “Låt den rätte komma in,” de Tomas Alfredson, não merecia ser banalizado desta forma.

Os nomes mudam e a densidade dos personagens também. Ainda que tenha sido o seu primeiro papel, Lina Leandersson, que dá vida a Eli na versão original, é muito superior e assustadora que a Abby de Chloë Grace Moretz. Será uma pena se te limitares à versão de Matt Reeves.




GODZILLA (2014)

filmes na tv
O Godzilla de 2014 | © Warner Bros.

Gojira ou Godzilla, é um Monstro criado por cineastas japoneses e que acabou por se tornar  numa das maiores lendas do Cinema. Contudo, por muito avançada que a tecnologia de hoje seja, Godzilla parece nunca ser credível o suficiente ou ter o mesmo impacto que Ishiro Honda e Eiji Tsuburaya conseguiram para o original de 1954.

Acontece que nesse primeiro filme a dupla cineasta e responsável pelos efeitos especiais, colocaram o ator Haruo Nakajima dentro do fato do mítico monstro e filmaram-no em cenários compostos por miniaturas, o que na década de 50 teve o fator “uau,” porque era algo nunca antes visto. Nos dias de hoje (felizmente ou infelizmente), os monstros das mais variadas formas e feitos é uma temática que abunda na sétima arte, acabando por a banalizam e por se limitar a um espetáculo de CGI…




KARATE KID (2010)

Karate kid 2010
Fotografia de Jasin Boland | © 2010 CTMG, Inc.

Um clássico dos anos 80, que agora teve a sua (brilhante) continuação na série “Cobra Kai.” Quem é capaz de esquecer o famoso Mr. Miyagi, responsável por algumas das mais valiosas lições de vida, interpretado pelo falecido Pat Morita.

Ao menos, Harald Zwart teve a decência de não usar o nome do mestre para a personagem de Jackie Chan. Portanto, nesta revisitação temos o Mr. Han que ensina o jovem Dre Parker a arte do kung fu. A diferença é que se Mr. Miyagi treinou Daniel (Ralph Macchio) de forma a este se puder defender, Chan treina o filho de Will Smith (na vida real) após este se ter mudado para a China com a família, onde ganhou curiosidade pela arte marcial chinesa. Resultado, “Karate Kid” perdeu toda a sua essência…




ANNIE (2014)

annie 2014
Fotografia de Barry Wetcher | © Sonny Pictures Entertainment Inc.

“Annie” é um dos filmes mais icónicos e acarinhados da história do cinema. Pegá-lo e banalizá-lo como Will Gluck fez em 2014 é um dos cúmulos do desnecessário. Toda a dimensão dramática e de personagens, principalmente da pequena Annie, interpretada originalmente por Aileen Quinn, perdeu-se.




THE GRUDGE – A MALDIÇÃO (2004)

the grudge 2004
Takako Fuji dá vida a Kayako em ambas versões | © Columbia Pictures

“The Grudge – A Maldição” integra o lote dos remakes japoneses submetidos ao doloroso processo de ‘americanização.’ Apesar de Takako Fuji ser Kayako nas duas versões e de, na realidade ser do mesmo cineasta, Takashi Shimizu, “Ju-on” acabou por sofrer do mesmo mal que “Brincadeiras Perigosas.” Todos os elementos que o tornavam um bom filme de terror, são demasiado ‘violentos’ para o filtro americano…




A BELA E O MONSTRO (2017)

A Bela e o Monstro
Emma Watson e Dan Stevens são “A Bela e o Monstro” de carne e osso | © NOS Audiovisuais

A Bela e o Monstro,” na sua versão animada de 1991, entrou para a história da 7ª arte ao ser o primeiro filme de animação nomeado ao Óscar de Melhor Filme, quando a categoria para filmes do seu género ainda não existia (seria apenas introduzida em 2002).

Vinte e seis anos mais tarde, a Walt Disney, embalada pela onda dos live-action, decide tornar Bela e o Monstro personagens de carne e osso. Para isso, recorreu a um elenco all-star, liderado por Emma Watson e Dan Stevens, mas que à semelhança de tantas outras adaptações, se revela uma tentativa falhada do uso do CGI e de ostensivos figurinos para recuperar a magia dos anos 90.




CARRIE (2013)

carrie 2013
Chloë Grace Moretz substitui Sissy Spacek no remake de 2013 | © Sonny Pictures Entertainment Inc.

Desnecessário. Insípido. Desprovido de magia. Daquela magia inerente ao mundo de uma Sissy Spacek perturbada, de olhos esbugalhados e levada até ao limite. Lamentamos, mas Kimberly Peirce (conhecida por ‘Boy’s Don’t Cry’), exactamente por ter consciência (como, por certo, terá) do brilhantismo de Brian De Palma, ou não tinha empreendido esta tarefa, ou tê-la-ia impregnado de marcas de terror, suspense e encanto.”

– Sofia Melo Esteves, Magazine.HD




A MÚMIA (2017)

mummy 2017
Sofia Boutella é a “A Múmia” na versão de 2017 | © NOS Audiovisuais

Ainda que “A Múmia” não seja propriamente um ‘marco’ do cinema, como tantos outros filmes desta galeria, não merecia ter um reboot deste estilo, desprevenido do humor que caracterizava o original de 1999.




ROBOCOP (2014)

remakes desnecessarios robocop
Joel Kinnaman é a versão 2014 de “Robocop” | Fotografia de Kerry Hayes | © 2013 Columbia Pictures Industries, Inc. and Metro-Goldwyn-Mayer Pictures Inc.

Os filmes americanos de Paul Verhoeven foram originalmente consumidos como blockbusters comuns. No entanto, esses projetos têm vindo a ser reavaliados e agora são considerados como exercícios subversivos pelos quais o holandês criticou a cultura americana da época e os valores promovidos pelo mainstream cinematográfico.

“Robocop” de 1987 é particularmente bom nesse aspeto, oferecendo ao espectador um excitante filme de ação que, ao mesmo tempo, questiona os ideais deste mesmo tipo de aventura sanguinária. O remake abandona essas facetas inteligentes, troca efeitos engenhosos por CGI sem piada e até faz pior em termos de cenas de ação. Ninguém precisava ou queria este remake que já quase todos esqueceram.

– Cláudio Alves




O PREDADOR (2018)

O Predador
A equipa que irá salvar o mundo do novo “Predador” | © Twentieth Century Fox

O “Predador” original foi lançado em 1987, no tempo em que Arnold Schwarzenegger era uma das estrelas de ação de Hollywood. Schwarzenegger e os seus homens formavam uma equipa de comandos destacados para uma missão no meio da selva da América Central. À sua espera encontrava-se o falecido Kevin Peter Hall, um ator que media nada mais nada menos que 2,20m, no papel da icónica criatura, o Predador.

Em 2018, revisitamos essa mesma criatura – que pelo meio já havia sido confrontada com Aliens, – num género de reboot, que é desencadeado pela curiosidade de um rapaz (Jacob Tremblay). Em vez de comandos e banhos de sangue, temos um grupo de ex-soldados (com um parafuso a menos) que tanto poderiam estar a enfrentar o Predador, como uma ratazana mutante… Resumindo, a essência da história criada por Jim Thomas e John Thomas evaporou-se.




O PLANETA DOS MACACOS (2001)

planeta dos macacos
Helena Bonham Carter em “O Planeta dos Macacos” | © Twentieth Century Fox

“O Planeta dos Macacos” de 1968 é um dos grandes clássicos de ficção-científica de Hollywood. O seu final é um choque que ficou para a História do Cinema e é um dos grandes percursores da moda dos twist endings dos dias de hoje. Trata-se de um filme influente, importante e adorado por milhões.

O remake de 2001, pelo contrário, é algo bem esquecível que tentou refazer uma história que depende do mistério e da incerteza e transformá-la numa aventura de ação medíocre. Sendo um filme de Tim Burton, o design é admirável e, no caso da maquilhagem, verdadeiramente espetacular. Contudo, esses elementos não são suficientes para validar a existência do remake, especialmente quando consideramos o horror e o ridículo que é o novo final.




QUARTETO FANTÁSTICO (2015)

fantastic four 2015
© Twentieth Century Fox Film Corporation

Sejamos verdadeiros, o “Quarteto Fantástico” nunca teve uma boa adaptação ao grande ecrã. Nem em 2005, nem dez anos depois, para não falar da sequela com o Surfista Prateado… Ambos os filmes têm elementos que escapam, mas que no seu todo não funcionam a 100%. No entanto, se tivéssemos de optar seria pela versão de Tim Story.

A versão de 2015 foi no fundo uma tentativa da 20th Century FOX, um pouco à luz do que acontece com a Walt Disney, de provar que conseguia fazer um filme do grupo ao nível das restantes produções de super-heróis que temos tido nos últimos tempos só que…falhou redondamente, apesar dos esforços do elenco, também ele relativamente all-star.




O REI LEÃO (2019)

O Rei Leão
“O Rei Leão” | © Disney

Jon Favreau pode ter consigo uma proeza algo interessante com “O Livro da Selva” de 2016, mas “The Lion King – O Rei Leão” é a prova de que esta série de remakes live-action da Disney são completamente desnecessários.

Reconhecemos que a adaptação possa ser espantosa ao nível visual, no entanto, repetir fotograma a fotograma do que para muitos é “O” filme da Disney, e fazer com que pareça que estamos a assistir a um episódio do National Geographic, sem acrescentar nada de novo, à excepção de uma ou outra música…mais valia aplicarem o dinheiro envolvido a gerar novas ideias.

O que mais assusta é que poderá existir toda uma geração que só conheça esta versão…

 

Concordas com as nossas escolhas? Qual o remake que consideras mais desnecessário?

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One thought on “Os 30 remakes mais desnecessários

  • Poderiam pelo menos ter visto estes filmes antes de fazer esta lista?No filme Karate kid de 2010 o mestre Mr Han começou começou a treinar o Dre porque o mesmo vou agredido varias vezes e foi vitima de bullying, ou seja o oposto do que vocês escreveram .

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