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Rock in Rio Lisboa 2022 | Bush

Chegou o último fim-de-semana do Rock in Rio Lisboa 2022! Nesse sentido, os Bush abriram o Palco Mundo com um público tímido, mas que rapidamente mudou. 

Existem várias críticas sobre as últimas edições do Rock in Rio Lisboa, onde maioria aponta para a falta artistas do género de rock. Contudo, o terceiro dia da nona edição do festival veio mostrar às pessoas que partilham essa ideia, que não podiam estar mais enganadas. Ou seja, o festival está cada vez mais eclético, com uma enorme variedade para todos os gostos, mas nunca deixou, nem vai deixar de apresentar excelentes concertos de Rock. Assim sendo, o Palco Mundo foi aberto pela banda inglesa, Bush, com o carismático vocalista Gavin Rossdale. O artista multifacetado, que também já experimentou a interpretação, deu um espetáculo sólido juntamente com os restantes integrantes. Mas também deu uma (valiosa) lição para todos os artistas que foram, e vão, pisar o palco principal do Rock in Rio Lisboa.

Rock in Rio Lisboa
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No dia liderado pelos Duran Duran, seguido de A-ha e UB40, os Bush tiveram a (difícil) tarefa de abrir o palco principal, e de por o público a mexer. Com um início sem grande brilho, a banda escolheu a música “The Kingdom” para abrir o concerto. Sendo que não era conhecida entre maioria do público presente, a música não causou grande impacto, apesar do eletrizante Gavin Rossdale. Contudo, os ânimos começaram a subir, com “Machinehead” logo à seguir. Com um solo de guitarra rápido, juntamente com uma letra simples mas viciante, o público começou a acompanhar a energia da banda. Igualmente, entravam cada vez mais pessoas na Cidade do Rock, num dia que juntou cerca de 70 mil festivaleiros.

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Contudo, o momento alto do concerto não foi a última música, como é habitual. Assim sendo, a dada altura, o vocalista dos Bush começou a percorrer o resto do Palco Mundo, ou seja, o corredor que entrava no meio do público. Quando os artistas interagem e estão próximos do público, sabemos logo que o concerto alcançou outro patamar. Ao contrário, quando não existe a mínima interação, é, pura e simplesmente, uma demonstração de músicas, e não um concerto/espetáculo digno da palavra. Nesse sentido, Gavin Rossdale começou a aumentar os ânimos na Cidade do Rock, e de que maneira! Inevitavelmente, esses corredores têm sempre grades altas para evitar que o público trespasse. Apesar dessa barreira, existe sempre maneira de contornar, e foi o que o vocalista dos Bush fez, com uma pequena corrida pelo recinto do Palco Mundo.

Rock in Rio Lisboa
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Mas não foi uma pequena corrida, indo até meio do recinto em frente ao Palco Mundo! Ao mesmo tempo, nunca deixou de cantar e de interagir com as pessoas que cruzava. Obviamente, várias pessoas começaram a “perseguir” o vocalista, mas sem abusos. Por isso, não foi necessária uma especial assistência dos seguranças. Qualquer das maneiras, Gavin Rossdale mostrou uma grande capacidade, que não está ao alcance de maioria dos artistas, ao correr e cantar ao mesmo tempo, sem nunca parar. Do outro lado, já no palco, os restantes membros dos Bush interagiam à sua maneira.

A partir desse momento, o público nunca mais se calou, e a banda inglesa “tinham-nos” na sua mão. O concerto prosseguiu, com o regresso do vocalista ao palco. Ainda assim, nunca ficou parado, sempre de um lado para o outro (e aos pulos). Com uma idade a roçar a casa dos sessentas, Gavin Rossdale foi o primeiro a mostrar neste dia, que velhos são os trapos. Entre as músicas mais recentes e antigas, a banda soube escolher o meio termo ideal. Assim sendo, outro ponto alto do concerto, foi a música “Glycerine”, uma das mais conhecidas da banda.

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Infelizmente, o concerto tinha de chegar ao fim, com “Comedown” a fechar às contas. Um espetáculo sólido, com uma lição de como interagir com o público pelo meio. Apesar disso, existe uma música que devia ter sido incluída na set-list, “Swallowed”. Ainda assim, com o público alegre e entusiasmado, seguia-se a atuação dos UB40.

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