Stanley Kubrick revela os 3 realizadores “essenciais”
Stanley Kubrick desenvolveu o cinema como ninguém. Na sua opinião, estes três realizadores são de visionamento obrigatório.
De um humilde fotógrafo a um dos melhores realizadores da história da sétima arte, Stanley Kubrick, ainda hoje inspira milhares de futuros cineastas com as suas diversas obras primas – “Shining”, “A Clockwork Orange”, “De Olhos Bem Fechados”, “Nascido para Matar”, “Dr. Strangelove”, “Spartacus”, “2001: Odisseia no Espaço”, entre muitos outros.
Ou seja, todos os seus filmes, ou pelo menos quase todos, são estudados por centenas de cursos de cinema por todo o mundo. Com um incrível conhecimento sobre o cinema, o icónico realizador sabe reconhecer o talento de outros cineastas.
Durante uma entrevista a Robert Emmett Ginna na década de 1960, Kubrick revelou os três realizadores que de facto respeitava artisticamente. Nesta conversa, disponibilizada por Ginna no Entertainment Weekly, o mestre explica: “Acredito que o [Ingmar] Bergman, o [Vittorio] De Sica, e o [Federico] Fellini são os únicos cineastas no mundo que não são apenas ‘oportunistas artísticos’. Com isto quero dizer que eles não se limitam a sentar-se e a esperar que lhes apareça à frente uma boa história. Eles têm uma perspetiva que é expressada uma e outra vez ao longo dos seus filmes, e eles próprios escrevem ou têm material original escrito para eles.”
Ingmar Bergman
O realizador sueco dominou várias artes além do cinema – televisão, teatro e rádio. Como o próprio Stanley Kubrick, Ingmar Berman introduzia uma grande complexidade nos seus filmes.
Os seus filmes têm uma abordagem profunda, que navega entre a mente e a alma. Na sua filmografia destacam-se “The Seventh Seal” (1957), “Wild Strawberries” (1957), “Persona” (1966) e “Fanny and Alexander” (1982).
Vittorio de Sica
Um dos nomes mais importantes do cinema italiano também é um dos realizadores favoritos de Stanley Kubrick. Foi ator e realizador mas destacou-se como cineasta.
Ao longo dos 42 anos de carreira, venceu quatro Óscares, três na categoria de Melhor Filme Estrangeiro – “Yesterday, Today and Tomorrow” (1963) e “Il giardino dei Finzi Contini (1970) – e um Óscar Honorário.
A revista Sight & Sound elegeu “Bicycle Thieves” (1948) como o melhor filme de sempre. Richard Winnington, jornalista da Sight & Sound, classificou a obra prima de De Sica como “um filme totalmente satisfatório, na medida em que De Sica simplificou e dominou de tal forma a mecânica do trabalho que nada se interpõe entre nós e a sua intenção.”
Federico Fellini
Outro grande nome do cinema italiano e um dos realizadores mais influentes da história da sétima arte. Federico Fellini ficou conhecido pelo seu estilo distinto, ao misturar elementos da fantasia com imagens barrocas.
Na sua filmografia destacam-se os filmes “I vitelloni” (1953), “La Strada” (1954), “Nights of Cabiria” (1957), “La Dolce Vita” (1960), “8½” (1963), “Juliet of the Spirits” (1965), “Fellini Satyricon” (1969), “Roma” (1972), “Amarcord” (1973) e “Fellini’s Casanova” (1976).
Ao longo da carreira foi nomeado por 17 vezes aos Óscares, vencendo quatro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. É o realizador com mais vitórias nesta categoria.
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