Estes são os 10 filmes de ação mais surpreendentes do cinema moderno
Há cinema que nos esmaga com explosões. Outro, com personagens tão bem feitas que quase respiram. E depois há aquele que faz as duas coisas.
O cinema de ação moderno já não é só sobre fugir de balas ou perseguições de carros; é sobre ideias, consequências, e, às vezes, sobre multiversos que fazem mais sentido do que a nossa própria existência. Assim, se pensas que este género se resume a músculos, armas e diálogos curtos, prepara-te para ser desenganado. Dos socos coreanos que doem na alma aos super-heróis que finalmente perceberam que o fato não faz o homem, estes são os 10 filmes de ação que elevaram a fasquia—e nos fizeram perguntar: “Como é que isto consegue ser tão bom?”
Os 10 filmes de ação mais surpreendentes do cinema moderno
10. Capitão América: Guerra Civil (2016)
Não, não é só um “The Avengers” com menos gente feliz. “Capitão América: Guerra Civil” (Disney+) é um raro filme de super-heróis que percebe que conflitos não nascem de vilões, mas de ideias. Assim, a divisão entre Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Steve Rogers (Chris Evans) não é sobre “bem vs. mal”—é sobre responsabilidade, trauma, e o peso de se terem tornado soldados de uma guerra sem fim. Uma exemplo de como o cinema de ação pode inegavelmente ser sobre mais do que apenas luta desenfreada.
Os combates são coreografados como ballet de brutalidade, mas o verdadeiro triunfo está na escrita: cada personagem age de acordo com quem é, não com o que o guião precisa. E sim, o Homem-Aranha do Tom Holland e o Black Panther de Chadwick Boseman inegavelmente roubam cada cena em que aparecem—mas quem se queixa?
9. The Batman (2022)
Matt Reeves fez o impensável: transformou o Batman (Max) num cinema noir dos anos 70, mergulhado em chuva, escuridão e dúvida existencial. Robert Pattinson não é um playboy disfarçado de vigilante; é um jovem perdido, obcecado, e tão bom a resolver crimes quanto é mau a lidar com pessoas.
Assim, a ação é suja, pesada, e cheia de brutalidade—quando o Batmóvel acelera, sente-se o motor a rugir como um animal encurralado. Mas o verdadeiro milagre? O Riddler (Paul Dano) não é um palhaço de vestido de verde, mas um serial killer que faz o Joker de Jared Leto parecer um influencer do TikTok. Assustador? Sim. Brilhante? Absolutamente.
8. Spider-Man: Into the Spider-verse (2018)
Se alguém lhe dissesse que o melhor filme do Homem-Aranha seria uma animação com seis versões da personagem, incluindo um noir dos anos 30 e um porco chamado Spider-Ham, tu terias rido. Mas aqui estamos. “Into the Spiderverse” (PrimeVideo) não só reinventa a animação como prova que os filmes de super-heróis podem—e devem—arriscar mais.
O estilo visual é uma explosão psicadélica de cores e texturas, como se uma banda desenhada ganhasse vida. E Miles Morales (Shameik Moore)? Inegavelmente o herói mais em conflito desde o Peter Parker de Sam Raimi, com uma jornada que é tão sobre crescer como sobre salvar o mundo. Se a Disney ainda não percebeu como se faz um cinema de multiverso, devia tomar notas.
7. Mad Max: Fury Road (2015)
George Miller tinha 70 anos quando decidiu redefinir o cinema de ação. “Mad Max: Fury Road” (PrimeVideo) não é um filme—é um colapso nervoso filmado em câmara lenta. Os diálogos cabem num post-it, os personagens têm nomes como “Immortan Joe” e “Rictus Erectus”, e a narrativa resume-se a: “Vamos ali e voltamos, mas com mais guitarras em chamas.”
E no entanto, é uma obra-prima. Assim, cada perseguição é coreografada como ópera apocalíptica, Charlize Theron faz-nos esquecer que Max existe, e o mundo é tão rico que parece respirar poeira e gasolina. Se algum blockbuster merecia ser exibido no Louvre, era inegavelmente este.
6. John Wick (2014)
Keanu Reeves tinha 50 anos quando se tornou a maior estrela do cinema de ação do planeta. “John Wick” devia ser só mais um revenge flick esquecível—mas então os realizadores lembraram-se de uma ideia radical: “e se as cenas de ação fossem… legíveis?”
Nada de cortes frenéticos ou shaky cam. Aqui, cada tiro, cada soco, cada facada é filmado com clareza quase obsessiva. E o mundo? Um submundo de hotéis de luxo para assassinos, moedas de ouro, e regras tão inegavelmente estritas que até os assassinos têm de respeitar o check-in. Absurdo? Sim. Viciante? Como um headshot bem dado.
5. Top Gun: Maverick (2022)
Trinta e seis anos depois, Tom Cruise voltou a vestir o fato de piloto—e, contra todas as expectativas, fez o impossível: uma sequela no cinema que é melhor que o original. Assim, “Top Gun: Maverick” (PrimeVideo) não é só sobre aviões; é sobre velhice, legado, e a obsessão de um homem que se recusa a ser substituído.
Assim, as cenas de voo são tão reais que tu sentes a gravidade a puxar. A emoção? Tão genuína que até os haters do primeiro filme se renderam. E aquele final? Um abraço que inegavelmente vale mais que mil discursos. Hollywood, tirem notas: é assim que se faz um blockbuster com alma.
4. Everything Everywhere All At Once (2022)
Enquanto a Marvel se perde em CGI e cameos vazios, os Daniels fizeram um filme sobre tudo—e, de alguma forma, conseguiram que fizesse sentido. Assim, “Everything Everywhere All At Once” é uma avalanche de ideias: socos que levam a flashbacks de vidas alternativas, cachorros quentes com dedos, e uma cena de luta com… um dildo.
Mas por trás do caos, há uma história simples: uma mulher que não sabe ser feliz, uma família à beira do colapso, e a pergunta que nos assombra a todos: “E se tivesse feito tudo diferente?” Michelle Yeoh devia ter ganho o Óscar só pela cena em que explica o amor através de pedras. Cinema puro!
3. Mission: Impossible – Fallout (2018)
Nenhuma saga do cinema envelheceu tão bem como “Mission: Impossible“. “Fallout” (Max) é o auge: um thriller de espiões que também é o maior filme de ação da década. O salto de paraquedas? Filmado realmente, com Tom Cruise a saltar 106 vezes. A perseguição de helicópteros? Inegavelmente uma aula de tensão pura.
Assim, Henry Cavill a recarregar os braços antes de uma luta é o momento mais viril do cinema desde “Rocky IV“. E a mensagem? Que um homem de 60 anos pode correr mais que todos os millennials de Hollywood juntos. Tom Cruise, o último movie star—e, claramente, imortal.
2. Kill Bill Vol. 1 & 2 (2003-2004)
Quentin Tarantino pegou em westerns, cinema de kung-fu e anime, misturou tudo, e criou um épico sobre uma mulher que atravessa o mundo para matar o ex-amante. “Kill Bill” é violenta, sim, mas também é hilariante, trágica, e—no fundo—um conto de fadas distorcido.
A cena da luta com os Crazy 88 é inegavelmente um massacre em ballet coreografado. A twist final? Um soco no estômago emocional. E Beatrix Kiddo (Uma Thurman)? A heroína mais badass da história do cinema, com um fato amarelo que merecia estar no Met Gala.
1. Oldboy (2003)
Park Chan-wook não faz filmes—faz experiências psicológicas. Assim, “Oldboy” é a sua obra-prima: um cinema thriller de vingança que começa com um homem preso num quarto durante 15 anos… e só fica pior. O corredor oner com um martelo? Lendário. O plot twist final? Trauma puro.
Mas por baixo da violência, há uma pergunta: até onde iríamos por vingança? A resposta vai deixar-te sem dormir. E sim, o remake americano é inegavelmente um crime—mas esse já é outro filme de terror.
Estes filmes provam que o cinema de ação pode ser inegavelmente mais do que entretenimento—pode ser arte, filosofia, e até terapia (se “Oldboy” não contar como trauma).
Que outros filmes de ação achas que merecia o seu lugar no topo desta lista? Deixa a tua opinião nos comentários.