As 10 piores atuações em filmes da DC
No final das contas, nem todos os superpoderes da DC conseguem vencer com um guião fraco ou uma má escolha de casting.
Por vezes, o maior inimigo de um filme de super-heróis não é um plano maléfico para dominar o mundo, mas uma atuação que nos faz desejar que o mundo acabe depressa. E embora a DC continue a procurar o tom certo para o seu universo cinematográfico, há certas performances que já entraram no Hall da Fama… pelas razões erradas. Esta lista mergulha nas atuações que deixaram o público a revirar os olhos.
As 10 piores atuações nos filmes da DC
10. Gal Gadot em Wonder Woman 1984 (2020)
Ser justo é reconhecer que até os rostos mais adorados podem tropeçar. É o caso de Gal Gadot em Wonder Woman 1984. Após a aclamação do primeiro filme da DC, esta sequela criou expectativas enormes — e falhou em cumpri-las.
Gadot, carismática e poderosa em Wonder Woman (2017), parecia aqui deslocada, a navegar diálogos inconsistentes e cenas de ação que não sabiam onde queriam chegar.
A performance de Gadot sofreu com um tom incoerente, passando do melodrama romântico à comédia sem transições claras.
9. Peter Sarsgaard em Green Lantern (2011)
Peter Sarsgaard é um excelente ator. Mas como Hector Hammond, vilão de Green Lantern da DC teve pouco com que trabalhar — e ainda assim, conseguiu entregar uma das performances mais desconfortáveis do género.
Transformado num ser com uma cabeça grotesca e voz ofegante, Sarsgaard tornou-se motivo de chacota.
O maior crime foi desperdiçar o talento do ator num papel visualmente horrível e narrativamente vazio. Mais do que um vilão, tornou-se uma distração.
8. Ezra Miller em The Flash (2023)
The Flash prometia ser o grande reset do universo DC… mas acabou por ser um retrato caótico, e parte dessa culpa recai sobre Ezra Miller. Interpretando duas versões de Barry Allen, Miller tenta equilibrar humor, drama e ação — mas tropeça em quase todas as frentes.
A atuação é marcada por tiques exagerados, diálogos disparatados e uma energia nervosa que raramente acerta no tom. Em vez de um herói carismático, temos duas versões do mesmo personagem em constante competição para ver qual é a mais irritante.
A controvérsia fora do ecrã só agravou a perceção. No final, o maior paradoxo foi ver um velocista que nunca pareceu saber para onde corria.
7. Cara Delevingne em Suicide Squad (2016)
A modelo e atriz Cara Delevingne foi lançada como vilã principal de Suicide Squad, mas a sua Enchantress falhou em todos os níveis dramáticos. A performance oscilou entre o ausente e o ridículo.
O ponto alto (ou baixo) foi a dança final — uma sequência em que Enchantress, rodeada de CGI, contorce-se de forma quase cómica. Mas, o problema não era só visual — era também interpretativo. Faltava intensidade, ameaça, humanidade. Faltava… tudo.
6. Jared Leto em Suicide Squad (2016)
Muito se falou da preparação de Jared Leto para o papel — os presentes macabros, o método extremo, o mergulho no personagem. Mas o resultado final ficou longe das expectativas.
O Joker de Leto foi criticado por ser superficial, visualmente exagerado e dramaticamente irrelevante. Assim, Leto falhou em deixar uma marca significativa, num filme que já estava sobrecarregado de problemas.
Apesar do hype, o Joker quase não aparece no filme da DC e quando aparece, não convence. Portanto, a atuação tornou-se meme — e não no bom sentido. Entre dentes metálicos e gargalhadas forçadas, faltou-lhe o mais essencial: presença.
5. Jesse Eisenberg em Batman v Superman: Dawn of Justice (2016)
Jesse Eisenberg é um ator inegavelmente competente, com papéis notáveis em A Rede Social e Adventureland. Mas como Lex Luthor, entregou uma interpretação que muitos descreveram como maníaca, desequilibrada e profundamente errada para o papel.
A crítica à sua performance centrou-se na escolha de interpretar Lex como um génio perturbado e ansioso, em vez de um estratega frio e calculista. Mas muitos sentiram que parecia mais um Joker com fobia social do que um vilão implacável da DC.
A tentativa de modernizar Luthor falhou na sua base — não por inovação, mas por afastamento completo da essência do personagem. Logo, foi uma performance que desconectou os fãs e criou ruído numa narrativa que já era confusa por si só.
4. Arnold Schwarzenegger em Batman & Robin (1997)
“Everybody chill!” — É difícil esquecer esta frase de Mr. Freeze, interpretado por Arnold Schwarzenegger. Portanto, o problema é que tudo o resto também é difícil de esquecer… pelos piores motivos.
Arnold transforma o vilão trágico da série animada num boneco de ação carregado de trocadilhos gelados. Assim, a sua interpretação é uma caricatura que destrói qualquer tentativa de empatia com o personagem. As suas frases parecem saídas de uma paródia do Saturday Night Live da DC, mas foram filmadas com orçamento de blockbuster.
Apesar de toda a fama de Arnold, esta foi uma das suas performances mais artificiais. Mr. Freeze merecia um tratamento sério — e não um musical de gelados com frases de gelar a espinha.
3. George Clooney em Batman & Robin (1997)
George Clooney já admitiu, várias vezes, que falhou redondamente como Batman. E quando o próprio ator reconhece o desastre, não há muito mais a acrescentar. “Destruí a franquia”, disse ele. E não mentiu.
Em Batman & Robin, Clooney entrega uma performance sem alma, como se estivesse mais interessado em acabar a cena do que em salvar Gotham. Portanto, a tentativa de equilíbrio entre o charme habitual do ator e a escuridão de Bruce Wayne resultou num híbrido desastrado.
Assim, a culpa não foi só dele, claro. O filme da DC é uma tempestade perfeita de más decisões — desde os mamilos no fato até ao infame Bat-cartão de crédito. Mas Clooney nunca conseguiu transmitir o peso dramático de Batman. E em qualquer comparação com os seus antecessores da DC, sai a perder.
2. Halle Berry em Catwoman (2004)
Depois de vencer um Óscar, Halle Berry decidiu arriscar com uma nova interpretação de Catwoman da DC… e pagou o preço. Literalmente. A atriz apareceu pessoalmente nos Razzies para aceitar o prémio de “Pior Atriz”, a segurar o seu Óscar e a dizer: “Quero agradecer à Warner Bros. por me colocar neste filme horrível.”
O problema não era só o argumento confuso ou a realização desequilibrada — era uma performance inegavelmente desinspirada, perdida entre o exagero e a ausência de propósito. Assim, a personagem Patience Phillips não tinha nada da astúcia de Selina Kyle, e Halle Berry pareceu tropeçar constantemente na ideia de uma super heroína sensual e perigosa.
O filme da DC está frequentemente listado entre os piores da história do género. Mas mais do que uma falha de interpretação, Catwoman é um estudo de como tudo pode correr mal — da montagem à direção artística — com Berry no centro desse naufrágio.
1. Shaquille O’Neal em Steel (1997)
Sim, o lendário jogador da NBA teve a sua vez de brilhar no grande ecrã… ou, pelo menos, de tentar. Em Steel, Shaquille O’Neal interpreta um ex-militar que combate o crime com um fato metálico — ou seja, uma versão orçamental do Iron Man com menos tecnologia e muito menos carisma.
A crítica foi impiedosa: muitos apontaram o desempenho de Shaq como inexpressivo e robótico (sem desculpas, mesmo que estivesse a usar armadura). Logo, o próprio filme, hoje com uma avaliação de 12% no Rotten Tomatoes, é frequentemente incluído em listas dos piores filmes de super-heróis da DC de sempre.
Portanto, a atuação de Shaq tornou-se um símbolo de casting mal pensado — a boa vontade não compensa a falta de treino. E pior: Steel tentou ser sério, mas falhou em todos os tons, deixando o público entre o riso involuntário e a vergonha alheia.
A DC pode ter heróis que voam, correm mais rápido que a luz ou combatem deuses antigos, mas nem os maiores poderes salvam um filme de uma má atuação. Assim, estes casos mostram que, mesmo com orçamentos milionários, o coração de uma história está nas escolhas humanas.
E tu, concordas com esta lista? Que outra atuação tiravas (ou acrescentavas)? Partilha nos comentários.