Angelina Jolie | 10 Interpretações essenciais
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Na passada quinta-feira estreou “Maléfica: Mestre do Mal”, com Angelina Jolie a regressar ao papel de Maléfica. Para assinalar este lançamento, nada melhor do que recuperar alguns dos papéis mais memoráveis da sua carreira. Neste caso, deixamos aqui uma lista com 10 dos seus papéis mais marcantes.
Realizadora, produtora, ativista e atriz, Angelina Jolie é uma força poderosa em Hollywood. Nascida no coração da indústria, em Los Angeles, em 1975, Angelina Jolie Voight é filha do oscarizado Jon Voight e de Marcheline Bertrand, atriz e produtora. Uma criança que cresceu no meio artístico, e começou a ganhar notoriedade nos anos 90, especialmente depois de receber o Óscar de Melhor Atriz Secundária em 2000.
Recuperamos agora uma carreira que já se faz longa, com os melhores papéis desta versátil filantropa.
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10. SALT (2010)
Em 10º lugar encontramos “Salt”, um filme que vem ainda na sequência dos inúmeros papéis em filmes de acção que Angelina Jolie conquistou após dar vida a Lara Croft. “Salt”, de Phillip Noyce, é um dos mais consistentes entre estes esforços, que contam com produções como “Procurado”, lançado em 2008.
Salt é uma narrativa bastante típica, mas que resulta sempre em termos de bilheteira. Angelina dá vida a Evelyn Salt, uma agente da CIA altamente respeitada. É uma narrativa limpa, sobre uma “guerra” contra os russos e contra o tempo. Nada de especial, mas importante para fomentar a imagem de femme fatale da atriz, tendo quase triplicado o seu orçamento nas bilheteiras mundiais.
9. MALÉFICA (2014)
E aqui incluímos o papel que, de certa forma, motivou a elaboração desta lista. O primeiro capítulo de “Maléfica” foi um enorme sucesso para a Disney, marcando um regresso em grande de Jolie aos grandes filmes de estúdio, e promovendo ainda mais a emergente carreira da jovem Elle Fanning, irmã de Dakota.
“Maléfica”, de 2014, é uma obra que segue a tendência de adaptações para imagem real de clássicos da Disney, neste caso dando uma nova abordagem a uma temática familiar. Trata-se assim de assumir a vilã da história como a protagonista, um movimento que nos faz pensar no musical “Wicked”, contado do ponto de vista da bruxa. Aqui, temos o mesmo tipo de humanização da vilã. Conhecemos a sua história de origem, e o porquê do seu coração puro se ter começado a transformar em pedra. Aprendemos porque é que Maléfica amaldiçoou a jovem Aurora (a bela adormecida). À medida que Aurora vai crescendo, uma transformação vai sendo operada no coração da vilã…
“Maléfica” foi um enorme sucesso, rendendo mais de 750 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais.
8. HACKERS – PIRATAS CIBERNÉTICOS (1995)
Foi este o primeiro grande papel da jovem Angelina Jolie, aqui com 20 anos. Por isso, é uma presença incontornável neste lista. Uma história de culto, sobre dois jovens. Dade Murphy ( Jonny Lee Miller), um pirata informático, que vive em Seattle, é preso devido a um virus que propagou. Foi também obrigado a deixar de utilizar computadores até aos 18 anos. Quando atinge a maioridade, este jovem muda-se para Nova Iorque, onde conhece um grupo de hackers. Apaixona-se por Kate Libby, aqui interpretada por Angelina Jolie.
Kate é uma personagem sedutora e rebelde, que encaixa com Angelina na perfeição. Incontornável devido ao peso que teve na carreira da atriz.
7. MR. E MRS. SMITH (2005)
Talvez esta seja uma escolha deveras insólita para um lugar numa lista onde várias prestações louváveis não tiveram lugar. Contudo, há que reconhecer, não apenas os bons papéis, os representados em filmes respeitável e de qualidade, mas também os papéis icónicos, aqueles capazes de marcar a cultura pop. É por isso que Tomb Raider não poderia ser nunca excluído desta lista, e é por essa mesma razão que este papel aqui fica. Angelina Jolie teve a oportunidade de representar em alguns dramas de qualidade, é verdade, mas é também muito conhecida por este tipo de narrativas populares, que assim se devem fazer assinalar. E claro, a dinastia Jolie-Pitt que se lhe seguiu talvez nunca tivesse acontecido sem o legado deste filme…
“Mr. e Mrs. Smith” narra a história de um casal feliz, que vive na ignorância. Jane (Jolie) e John (Pitt) são ambos agentes secretos, e assassinos. Contudo, vivem harmoniosamente uma vida suburbana desconhecendo este facto. Quando as suas agências descobrem este casamento, Jane e John tornam-se alvo um do outro. Contudo, na sua demanda por se matarem um ao outro, descobrem mais sobre si do que durante seis anos de casamento. Não sendo um filme “bom”, é uma comédia de acção perfeita para tardes de sábado, e perfeita para atestar o que é verdadeira química entre protagonistas.
E quem não se lembra da cena em que destroem a casa?
6. GEORGE WALLACE (1997)
Voltamos aos anos 90, e aos papéis que viriam a ditar Angelina Jolie como uma enorme promessa. Em nome da diversidade, e da diversidade de indicações a prémios, referimos George Wallace, que não é um filme, mas sim uma mini-série que venceu em 1998 o Globo de Melhor mini-série. Angelina Jolie levou também o Globo de Ouro de Melhor Atriz Secundária por este seu papel. A série, algures entre o campo da mini-série o filme para televisão, venceu ainda o Emmy para Melhor Realização, e embora Angelina não tenha vencido nos Emmys, não deixou de ser nomeada, evidenciando a recepção positiva deste seu papel.
5. UM CORAÇÃO PODEROSO (2007)
E saltamos dos anos 90 para 2007, para “A Mighty Heart”, no original, um filme estreado no Festival de Cinema de Cannes. Esta obra, que teve uma viagem bem-sucedida pela rota de festivais, coloca Angelina Jolie no centro da acção como protagonista inegável. E porque é este um papel tão poderoso? Porque esta trata-se de uma história verídica, aqui representada neste drama biográfico.
Em janeiro de 2002, Daniel Pearl ( Dan Futterman), jornalista do Wall Street Journal, voou para o Dubai com a sua mulher grávida, Mariane (Angelina Jolie). Iria entrevistar um fundamentalista islâmico num café. Quando Danny não regressa, Mariane começa uma busca incessante, que engloba tudo desde a polícia paquistanesa, a embaixada americana, o FBI, entre emails, discos de computadores e registos demais. Quem era ele, onde está? Porquê? Mariane, determinada e directa, nunca desiste.
Apesar de lhe ter escapado a indicação ao Óscar, este foi um papel memorável para Angelina, que lhe valeu a nomeação ao Globo de Ouro bem como aos conceituados Screen Actors Guild Awards.
4. GIA (1998)
“Gia” é um filme realizado para a televisão, que data de 1998. Tudo isto soa a receita para a desgraça, mas contra todas as expectativas, esta é de facto uma produção assinalável na filmografia como atriz de Angelina Jolie. Desde já, foi um dos seus primeiros êxitos. Foi também uma obra que permitiu à atriz contracenar com figuras mais poderosas e com longevidade na indústria, como por exemplo Faye Dunaway.
“Gia” é um drama biográfico que narra a história e morte da supermodelo Gia Carangi, desde a sua ascendência rápida à fama, até à sua morte precoce aos 26 anos, em 1986. Gia foi considerada por muitos como a primeira supermodelo da história, mas a sua história, aqui encarnada por Angelina, é triste e melancólica, e deu assim à interprete espaço para brilhar. Gia teve uma ascendência tão rápida quanto a queda, quando tudo se desmoronou fruto de uma depressão que a conduziu até ao vício da heroína. Morreu de Sida, tendo sido uma das primeiras mulheres famosas a morrer fruto da epidemia, no seu início.
Por este papel marcante, Angelina Jolie recebeu o seu segundo de três Globos de Ouro.
3 . LARA CROFT: TOMB RAIDER (2001)
Completamente arrasado pela crítica, mas amado pelo público e elemento de fixação para os espectadores do sexo masculino, “Tomb Raider” transformou Angelina Jolie num dos maiores sex symbols do século XXI. Isso não diz grande coisa em relação às suas capacidades de representação, mas a verdade é que este papel é certamente o seu mais icónico, estando completamente marcado nas fundações da cultura pop das últimas décadas. Em 2018, teve direito a um remake. Angelina Jolie, já na casa dos 40, seria demasiado velha para o papel. A verdade é que o fenómeno não se conseguiu repetir da mesma forma com Alicia Vikander, que não é detentora nem das curvas nem do carisma inegável de Jolie. E se Angelina Jolie tinha já vencido Globos de Ouro e até o Óscar antes deste papel, foi Lara Croft que a tornou uma verdadeira estrela.
Antes de “Lara Croft: Tomb Raider”, as adaptações de videojogos ao cinema não eram tão comuns como se tornaram. Assim, este filme tem também algum impacto na própria estrutura de géneros cinematográficos em Hollywood. Lara Croft é uma herdeira rica e antropóloga, sexy e aventureira, sempre à procura de recuperar antigos artefactos que caíram em mãos erradas. Em 2003, Angelina voltou ao papel com “Lara Croft: Tomb Raider – O Berço da Vida”, uma sequela que não chegou aos “calcanhares” do primeiro. Mas e daí, é sempre bom alimentar um franchise!
2. VIDA INTERROMPIDA (1999)
Se pensarmos bem nesta lista, compreendemos que os anos 90, especialmente o final dos anos 90, foram absolutamente fulcrais na carreira de Angelina Jolie. “Girl, Interrupted”, no original, é um dos trabalhos mais relevantes da carreira de Angelina, nem que seja porque foi o papel que lhe valeu o seu até agora único Óscar, aqui vencido pelo seu papel secundário bem marcante.
Incapaz de lidar com a realidade, Susanna (Wynona Rider, aqui também num dos seus mais importantes papéis) é internada numa instituição psiquiátrica para recuperar de um transtorno. Contudo, ela tem dificuldade em compreender a sua doença e portanto domá-la, especialmente quando lá conhece a imprevisível Lisa (Angelina Jolie).
1. A TROCA (2008)
“Changeling”, em português “A Troca”, de Clint Eastwood, garantiu a Angelina Jolie um dos seus papéis mais sérios, bem como um dos mais respeitável. É neste drama com “D” grande que a atriz foi capaz de provar inequivocamente uma certeza que já era dado adquirido. Os seus talentos vão muito além da heroína de acção.
“A Troca” é um drama criminal bem recebido pelo público e pela crítica, uma história tristemente baseada num caso real, sobre uma mãe que tudo faz para encontrar o seu filho, que considera ter sido trocado por um impostor. Estamos na Los Angeles de 1928, e a mãe solteira Christine Collins (Jolie) regressa do trabalho, apenas para se deparar com o desaparecimento do seu filho de nove anos, Walter (Gattlin Griffith). A polícia encontra um rapaz no Estado do Illinois 5 meses depois, um rapaz que diz ser o seu filho. Contudo, Christine insiste que este não é o seu filho, para despeito da polícia, que não a leva a sério. Começa uma busca incessante e uma luta de poder….
Este papel, talvez o mais pesado da carreira de Angelina Jolie, valeu-lhe a nomeação ao Óscar, BAFTA, Screen Actors Guild Award, Globo de Ouro, entre outras indicações.
Que outro papel incluirias nesta lista? Qual o melhor filme e/ou papel da atriz norte-americana?
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