Will Ferrell e Rachel McAdams no filme "Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga" © Netflix

Festival Eurovisão da Canção e Sétima Arte | O que têm em comum?

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Para marcar a estreia de “Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga”, a MHD apresenta-te algumas semelhanças curiosas entre a Eurovisão e a sétima arte. 

A Eurovisão regressa em 2021 – nos dias 18, 20 e 22 de maio em Roterdão, nos Países Baixos -, mas já neste dia 26 de junho poderemos assistir ao primeiro filme inspirado num dos espectáculos televisivos mais visto do mundo intitulado “Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga“. O filme, sendo uma produção da Netflix, estará disponível na plataforma de streaming a partir desta sexta-feira. “A História dos Fire Saga” é uma comédia-musical com canções originais que remete aos bastidores do próprio concurso e a um dos países que nunca venceu o festival: a Islândia. A sinopse pode ser lida abaixo:

Quando o acaso lhes oferece a oportunidade única de representar o seu país na maior competição musical do mundo, os aspirantes a músicos Lars (Will Ferrell) e Sigrit (Rachel McAdams) têm finalmente a possibilidade de provar que vale a pena sonhar.

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Apesar do realizador David Dobkin ter revelado que o filme era uma “paródia da própria paródia” que é o festival – algo que ofendeu seriamente os amantes da Eurovisão -, queremos perceber em que contextos a Eurovisão e o cinema já estiveram de mãos dadas. Teremos em conta, situações mais evidentes, como o caso dos ABBA e dos dois filmes “Mamma Mia“, mas também outras situações mais subtis e curiosas, através das próprias letras das canções que têm sido apresentadas ao longo dos 64 anos de Eurovisão e dos 125 anos que marcam a história da arte das imagens em movimento.

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“Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga” | © John Wilson/NETFLIX

Se o filme protagonizado por Will Smith e Rachel McAdams passará a ser a associação primeira dos espectadores e telespectadores da Eurovisão à sétima arte, a Magazine.HD encontrou outros pontos em comum entre estas duas formas de arte. Esta lista de aproximações promete surpreender tanto os fãs da Eurovisão, como os seus maiores céticos.

Antes de começar este artigo tão especial deixemos uma breve nota. Embora quando pensemos na Eurovisão nos venha obviamente à mente o concurso de canções, na realidade o Festival Eurovisão da Canção é apenas uma das atividades da rede Eurovision, um sistema de distribuição de conteúdos a nível europeu controlado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU), do qual faz parte obviamente a nossa RTP. Talvez não saibas, mas o primeiro trabalho da European Broadcasting Union (EBU) para televisão foi a transmissão da coroação da Rainha Isabel II, no longínquo ano de 1953!

Vive a experiência cinematográfica da história dos Fire Saga e sente a Eurovisão que não tivemos este ano – cancelada pela pandemia COVID-19 -, de melhor forma possível. Abracemos a cultura cinematográfica e à cultura musical eurovisiva como merecem.

És fã da Eurovisão? Este artigo é para ti! Segue com as setas a seguir para conheceres alguns laços entre o Festival Eurovisão da Canção e o cinema. 




Os ABBA e a Eurovisão

filmes mais vistos
Julie Walters, Pierce Brosnan, Amanda Seyfried e Christine Baranski em “Mamma Mia! Here We Go Again” © NOS Audiovisuais

Como dizemos antes os ABBA são a primeira associação da Eurovisão à sétima arte. Não são somente o grupo de maior sucesso da história do concurso, como também uma das bandas mais bem sucedidas da história, que acabou por ver as suas principais canções adaptadas ao cinema. Falamos, claramente, dos musicais jukebox: “Mamma Mia” (Phyllida Lloyd, 2008), protagonizado por Meryl Streep e por Amanda Seyfried, e “Mamma Mia! Here We Go Again” (Ol Parker, 2018), protagonizado novamente por Amanda Seyfried e por Lily James, que interpreta a versão mais jovem de Donna, a personagem de Meryl Streep.

Entre as canções que poderemos ouvir em ambos os filmes encontramos “Waterloo”, que garantiu a vitória dos ABBA na Eurovisão. Enquanto, no primeiro filme, a canção surge nos créditos finais cantada pelo elenco em tom festivo, no segundo ela é interpretada por Lily James e Hugh Skinner (a versão mais nova de Harry) num restaurante. Harry dança ao redor do restaurante, à medida que vai declarando o seu amor por Donna – mesmo que só a tenha conhecido naquele dia. Os mais atentos irão admirar a utilização metafórica da música, que fala da redenção de Napoleão Bonaparte, num restaurante onde os empregados de mesa se vestem como o imperador, e estão espalhadas referências ao líder por todos os lados.

Nos vídeos abaixo, colocámos a versão de Waterloo, cantada pelos ABBA no palco da Eurovisão a 6 de abril de 1974, em Brighton, no Reino Unido e as respetivas versões cinematográficas:

Waterloo, ABBA na Eurovisão 1974

Waterloo, cantada pelo elenco de Mamma Mia

Waterloo, em Mamma Mia! Here We Go Again

Outros temas dos ABBA presentes nestes musicais jukebox são “Mamma Mia” (que dá título aos filmes), “Dancing Queen”, “S.O.S.”, The Winner Takes It All”, “My Love, My Life”, numa das interpretações mais emocionantes de Amanda Seyfried no cinema, ou “Fernando” interpretado por Cher. Curiosamente, Cher, cantora e vencedora do Óscar de Melhor Atriz, lançou em 2018 um álbum de covers dos ABBA adaptados ao seu contagiante “efeito Cher”.

Quanto à história dos ABBA, este grupo formou-se em 1972 em Estocolmo, na Suécia. Desde então, converteram-se num dos maiores grupos musicais e poderíamos mesmo identificá-los como pais do pop contemporâneo. Com mais de 375 milhões de discos vendidos em todo o mundo, os ABBA cantaram até 1982. Durante os primeiros anos, Agnetha Fältskog e Björn Ulvaeus eram casados, assim como Anni-Frid Lyngstad e Benny Andersson, mas ambos acabariam por divorciar-se em 1979 e 1981, respetivamente. Algumas das músicas da banda refletiam as suas experiências enquanto casais, sendo que a partir dos anos 80 era notável a tensão que se vivia e que levou à ruptura do grupo.  Em 2013, Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, voltaram ao Festival Eurovisão da Canção para a composição do tema “We Write the Story”, junto do DJ sueco Avicii. A edição desse ano aconteceu precisamente em Malmö, na Suécia.

Quanto ao novo filme “A História dos Fire Saga“, infelizmente não iremos ouvir a mítica canção “Waterloo”, que garantiu a vitória dos ABBA há quase 50 anos atrás na Eurovisão. Mesmo assim, fica já a informação que poderemos ouvir “Amar Pelos Dois”, de Salvador Sobral – vencedora do certame em 2017 -, na banda-sonora oficial do filme. Será que daqui a uns anos teremos um musical jukebox português com as canções do nosso Salvador?

E para além dos ABBA, o que aproxima a Eurovisão à sétima arte? Segue as setas e descobre tudo. 




Eurovisão, Cinema e Céline Dion

Titanic Kate e Jack
Titanic © 20th Century Fox

Em 1997, foi a artista que deu voz a uma das mais conhecidas canções da história do cinema no filme “Titanic“. Mas, 9 anos antes, havia sido celebrada como a grande vencedora do Festival Eurovisão da Canção que decorreu em Dublin, a 30 de abril de 1988. Falamos precisamente de Céline Dion, a canadiana nascida em 1968 (sim, uma americana já ganhou a Eurovisão!), que desde jovem tem figurado na lista das maiores estrelas musicais.

Quando ganhou a Eurovisão de 1988, com a canção “Ne partez pas sans moi”, em nome da Suíça, Céline Dion era ainda uma artista muito pouco afamada. A sua vitória no festival de música foi crucial para vingar-se junto dos ouvintes europeus – além do público francês e suíço – e nos Estados Unidos, onde o seu primeiro êxito foi a música “Where Does My Heart Beat Now”, apresentado no palco de Lausana, no Festival Eurovisão da Canção de 1989. A canção tornou-se uma das cinco mais bem sucedidas desse ano nos EUA e, pouco a pouco, Céline Dion começava a despertar a atenção dos estúdios de cinema norte-americanos.

Ne partez pas sans moi, Céline Dion na Eurovisão 1988

Céline Dion é a única artista a cantar um tema vencedor da Eurovisão e dois temas vencedores do Óscar de Melhor Canção Original

Uma das primeiras contribuições de Céline Dion para o cinema aconteceu com a produção da Walt Disney Pictures  “A Bela e o Monstro” (Gary Trousdale, Kirk Wise, 1991), nomeadamente com a canção principal “Beauty and the Beast”, tema cantado com Peabo Bryson, que acabou por vencer o Óscar. Seguiu-se a música de “When I Fall in Love” para “Sintonia de Amor” (Nora Ephron, 1993). Mesmo assim, quanto à canção do filme “Titanic”, intitulada “My Heart Will Go On” a artista não a aceitou de imediato, porque tinha receio de ficar apenas rotulada por trabalhos musicais para cinema. Acresce o facto do cineasta James Cameron ter apelado ao compositor James Horner para não criar músicas com letras para a sua história fictícia sobre o naufrágio de um dos maiores navios a cruzar o Oceano Atlântico.

Mas o que fez James Cameron mudar de ideias? Pois bem, James Horner não hesitou e foi insistindo com Cameron de que “My Heart Will Go On“, era uma balada perfeita para representar a história de amor entre Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) e Rose Dewitt (Kate Winslet). Foi então que apenas 3 semanas antes da estreia norte-americana de “Titanic”, Cameron decidiu incluir a música, sem sequer imaginar o seu futuro sucesso internacional e a sua aclamação junto da crítica. Vencedor do Óscar da Academia para Melhor Canção Original, de quatro prémios Grammy e de um Globo de Ouro, “My Heart Will Go On”, continua a ser um dos singles mais vendido dos últimos 14 anos e ocupa o 11º lugar das músicas mais populares de todos os tempos – já vendeu mais 18 milhões de cópias em todo o mundo!

Curiosamente, Céline Dion é a única artista a cantar um tema vencedor da Eurovisão e dois temas vencedores do Óscar de Melhor Canção Original: “Beauty and the Beast” e “My Heart Will Go On”,  este último incluído no seu álbum “Let’s Talk About Love” (1997). Não poderemos esquecer que Céline Dion também cantou o tema principal de “Deadpool 2“, mas essa é já outra história…

Beauty and the Beast, de Céline Dion

My Heart Will Go On, de Céline Dion

Sabias que o cinema foi já homenageado no Festival Eurovisão da Canção? Segue com as setas para não perderes nada!




Homenagem ao Cinema na Eurovisão

Lá de vez em quando, surge um tema eurovisivo adaptável a qualquer banda-sonora cinematográfica, mas nenhum outro tema como o de “Cinema”,  homenageou a arte das imagens em movimento da forma mais emocionante no Festival Eurovisão da Canção.

Cinema, de Paola na Eurovisão de 1980

A canção interpretada pela artista Paola del Medico foi a escolha da Suíça para a 25ª edição do Festival Eurovisão da Canção que decorreu em Haia, nos Países Baixos em 1980. Nesse ano, a vitória foi para a Irlanda com a música “What’s Another Year”, de Johnny Logan. Mesmo assim, a canção em que Paola recorda as suas memórias cinematográficas, com referências a Walt Disney, Buster Keaton, Fred Astaire e Charlie Chaplin, acabou por ser um grande êxito, terminando em 4º lugar num total de 19 países em concurso.

Os compositores da música Peter Reber e Véronique Muller, tiveram em conta as memórias infantis de Paola, que são honestamente as memórias de muitos cinéfilos apaixonados pelo Rato Mickey e por outros cartoons criados pela Walt Disney Pictures. De facto, um tema sobre cinema na Eurovisão é tão raro que, desde a canção de Paola, não se tem visto nenhuma outra homenagem do género. As músicas eurovisivas continuam a ter como temáticas preferidas o amor e os desencontros amorosos. Gostarias de ver, na próxima edição da Eurovisão, algum tema que falasse sobre a sétima arte?

Recordemo-nos ainda que cinema também já homenageou a Eurovisão, ao reconhecer o talento dos seus artistas. Basta recordar o cameo de Verka Serduchka no filme “Spy” (Paul Feig, 2015). Esta famosíssima drag queen que, em nome da Ucrânia, participou na Eurovisão de 2008 com a música “Dancing Lasha Tumbai”, atuou numa curta sequência do filme de ação e comédia de Paul Feig, como é possível ver no vídeo abaixo. Verka atua para uma multidão de pessoas, enquanto a personagem de Melissa McCarthy persegue Jason Statham para lhe avisar que a sua mochila tem uma bomba.

Verka Serduchka no filme “Spy”

Verka Serduchka compõe também uma música para o filme, com o nome “Spy Party”, uma espécie de canção gémea de “Dancing Lasha Tumbai”, onde está presente o estilo robótico e animado que é conhecido da artista. Curiosamente esse filme é também uma paródia dos filmes de James Bond e o seu tema principal “Who Can You Trust”, de Ivy Levan poderia ser ouvido tanto numa sequência inicial dos filmes de 007, como nos palcos eurovisivos. Talvez no palco se tivesse safado melhor como aconteceu com outras canções que veremos a seguir…

Spy Party, canção original de Verka Serduchka

James Bond na Eurovisão? Conhece os temas que com influenciadas da balada de John Barry. 




Quando James Bond está na Eurovisão

James Bond 007 Daniel Craig
Daniel Craig em “Sem Tempo Para Morrer” © NOS Audiovisuais

No passado dia 18 de março, ficamos a saber que o Festival Eurovisão da Canção 2020 seria cancelado para conter a propagação do coronavírus. Poucos dias antes, e pelo mesmo motivo, o 25º filme da série James Bond, protagonizado por Daniel Craig e designado “Sem Tempo para Morrer” teve a sua estreia adiada de abril para novembro de 2020. De facto, este ano, a Eurovisão e James Bond estiveram mais juntos do que nunca. Mesmo assim, essa é apenas uma aproximação excepcional entre o festival e o cinema. A relação entre a Eurovisão e a saga James Bond ultrapassa qualquer imprevisto de cariz epidemiológico

Rise Like a Phoenix, Conchita Wurst

A relação entre a Eurovisão e 007 é visivelmente sentida nas canções do festival, como essa que destacámos acima, “Rise Like a Phoenix“, de Conchita Wurst que garantiu a segunda vitória da Áustria – país que já não vencia desde 1966 – no certame eurovisivo em 2015. “Rise Like a Phoenix” não é apenas uma música de uma “mulher com barba”, mas um tema que se aproveita das nuances de James Bond para ir além dos rótulos e estereótipos do que significa ser homem ou mulher nos dias de hoje.

Ironicamente, enquanto James Bond tem sido sempre representado como um herói branco, heterossexual e obsessivamente mulherengo, a música interpretada por Conchita, com os seus violinos intensos, transmitem uma mensagem de inclusão e aceitação mais ampla, e que têm sido os ideais máximos da União Europeia de Radiodifusão (EBU)

Se fores em busca de canções desta artista ficarás a sentir que Conchita é mesmo fã de James Bond e teve já oportunidade de apresentar vários covers de canções de Bond nos palcos de Viena, como aconteceu com o espectáculo “The Music of James Bond”, de 2017. Também no seu álbum “From Vienna With Love” (cujo título é já uma referência ao segundo filme de 007 “From Russia With Love), poderemos encontrar os seguintes covers de canções bondianas:  “Writing’s on The Wall” (original de Sam Smith para “SPECTRE”, de 2015) ou “Moonraker” (original de Shirley Bassey para o filme “Monraker – Aventura no Espaço”, de 1979). Além disso, o álbum da artista inclui uma música original “Have I Ever Been in Love”, que também recorre os sons de tambores e de violinos dos temas dos filmes do agente secreto.

Writing’s on The Wall, Conchita Wurst

Realmente, todos os anos, um dos estilos preferidos dos países que vão a concurso, parece ser as baladas com um toque Bond.  Além da poderosa balada de Conchita Wurst, poderíamos destacar obviamente a escolha da Bélgica em 2018 com Sennek e o seu “A Matter of Time”. São exemplos de músicas que poderiam muito bem ser tocadas ao longo da mítica sequência de abertura de cada filme de James Bond, que vai apresentado a missão do agente secreto do MI-6 e também as belas bond girls que o acompanham numa aventura recheada de ação, romance, muitas intrigas e segredos. Talvez esta aproximação tenha sido mesmo sentida pelos diretores de casting de “Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga“, afinal um dos atores do filme já interpretou James Bond: nada mais nada menos que Pierce Brosnan.

A relação platónica entre James Bond e a história da Eurovisão não fica por aqui. Matt Monro teve o privilégio de cantar o tema principal do filme “007 – Ordem para Matar” (Terence Young, 1963) intitulado “From Russia With Love” e, graças ao sucesso desse tema e da canção “Walk Away”, que obteve o 4º lugar do top britânico em 1963, participaria no ano seguinte na Eurovisão. Representante do Reino Unido com o tema “I Love The Little Things”, Monro terminou em 2º lugar (a vitória foi de Itália com o tema “Non ho l’età” de Gigliola Cinquetti) com 17 pontos. Infelizmente não existe nenhum vídeo da atuação do artista na Eurovisão.

From Russia With Love, Matt Monro

I Love The Little Things, Matt Monro (Reino Unido, 1964)

Poderíamos recuar, inclusive, ao ano de 1969 quando Lulu Kennedy-Cairns, a cantora escocesa mais conhecida pelo seu nome artístico Lulu, participou no Festival Eurovisão da Canção com “Boom Bang-a-Bang”, em nome do Reino Unido, ficando em 7º lugar e, alguns anos depois, daria voz ao tema “The Man with the Golden Gun”, do filme “007 – O Homem da Pistola Dourada” (Guy Hamilton, 1974).

Boom Bang-a-Bang, Lulu

The Man with the Golden Gun, Lulu

Até ao momento foram as únicas estrelas a dar voz a um filme de James Bond e a participar na Eurovisão (à excepção de Madonna, como convidada especial), mesmo assim não poderemos esquecer Isabelle Aubret, vencedora da Eurovisão em 1962 com “Un Premier Amour”, pela França. Aubret esteve responsável pela versão francesa da canção “Do You Know How Christmas Trees Are Grown?,” original de Nina, que se ouve no filme “007 – Ao Serviço De Sua Majestade” (Peter R. Hunt, 1969) quando Bond escapa, no meio da neve, dos seus inimigos.

Abaixo, poderás ouvir outras das canções eurovisivas que parecem fazer uso da melodia de James Bond, da autoria de John Barry, e que foram apresentadas na última década do Festival Eurovisão.

Empires, Alicja (Polónia, 2019)

Release Me, Hooverphonic (Bélgica, 2020)

A Matter of Time, Sennek (Bélgica, 2018)

Funny Girl, Laura Rizotto (Letónia, 2018)

World, Lindita (Albânia, 2017)

Keep the Faith, Tama Gachechiladze (Geórgia, 2017)

1944, Symphonic Version, Jamala (Ucrânia, 2016)

Esta não é a versão original de “1944”, mas sim acaba com sons de orquestra sinfónica. Mesmo assim, considerámos que tem algumas nuances das canções de James Bond.

Play – Juri Pootsmann (Estónia, 2016)

Amanecer, Edurne (Espanha, 2015)

Curiosamente esta canção de Edurne é a única canção eurovisiva cantada na totalidade numa língua que não a inglesa e que tem fortes ressonâncias do estilo de John Barry para as canções de James Bond.

Goodbye to Yesterday, Elina Born & Stig Rästa (Estónia, 2015)

Not Alone, Aram MP3  (Arménia, 2014)

Maybe (Forse), Valentina Monetta

Qual destas canções ou artistas gostarias de ver num filme de 007? Deixa o teu comentário abaixo e segue o nosso artigo especial sobre a relação entre a Eurovisão e a sétima arte. 




Efeitos visuais eurovisivos à moda de Hollywood

Os efeitos visuais são uma chave importante dos filmes de ação, aventura, fantasia e ficção científica produzidos pelos grandes estúdios de Hollywood como a Warner Bros., a 20th Century Fox ou a própria Netflix. No filme “Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga” os efeitos visuais são pertinentes, mas não há nada tão espectacular como os efeitos visuais, em tempo real, criados propositadamente para as atuações nos palcos eurovisivos.

Entre as melhores atuações da Eurovisão a fazer recurso dos efeitos visuais – neste caso projeções em pano de fundo, enquanto os artistas cantam -, destaquemos a atuação da artista clássica Kate Miller-Heidke, e a sua gravide zero no palco do Expo Tel Aviv em Israel. Para o número de “Zero Gravity” (ver vídeo acima), a artista australiana acompanhada das bailarinas Emily Ryan e Emma Waite utilizou um longo vestido esvoaçante, como se estivesse ela própria a flutuar no universo, mais ou menos como Sandra Bullock em “Gravidade” (Alfonso Cuarón, 2013). Curiosamente, tanto a música como a obra cinematográfica de Alfonso Cuarón falam da maternidade e das depressões provocadas num crise do pós-parto – na canção -, e no outro pela perda de uma filha – no filme.

Além disso, para a atuação de Kate Miller-Heidke foram utilizadas barras de cinco metros controladas pela própria artista, sem qualquer tipo de assistência mecânica ou humana. Atualmente, estas barras são utilizadas nos circos australianos, tendo sido criadas ao longo da década de 1990, e utilizadas por diferentes cantores. Madonna, por exemplo, utilizou-as em algumas das suas tournées, e são também comuns nos espectáculos da Disney On Ice.

Também na Eurovisão de 2019, não poderemos esquecer o vídeo em que Gal Gadot aparece a falar sobre o tempo ideal das canções eurovisivas – 3 minutos. Gadot é atualmente a maior estrela cinematográfica de Israel em Hollywood, pelo desempenho em “Mulher-Maravilha”, da DC Comics, uma personagem que a cantora Netta destacou na canção “Toy”, vencedora do certamente em Lisboa em 2018.

Gal Gadot na Eurovisão de 2019

Que outras semelhanças encontras entre o Festival Eurovisão da Canção e a sétima arte? Deixa-nos o teu comentário e segue-nos nas redes sociais.

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