“Nunca me senti tão sozinha”, Anya Taylor-Joy tem apenas 30 falas em Furiosa e George Miller explica porquê
Numa entrevista para a Telegraph, George Miller fala um pouco da produção de Furiosa: Uma Saga Mad Max, da razão pela qual Anya Taylor-Joy, Furiosa, tem apenas 30 falas no novo Mad Max, e a atriz fala sobre como foi o processo.
Sumário:
- George Miller é um realizador australiano conhecido pelo franchise “Mad Max”, conta atualmente com 5 filmes, a trilogia inicial protagonizada por Mel Gibson, “Estrada da Fúria” com Tom Hardy e esta mais recente adição;
- Refere o cinema mudo como uma das suas maiores influências, preferindo produções com mais ação a diálogo, algo que podemos ver no seu filme de 2015;
- “Furiosa: Uma Saga Mad Max” é um exemplo do seu pensamento, pois a protagonista tem cerca de 30 falas em 148 minutos de filme. Esta escolha foi um desafio para Anya Taylor-Joy, levando-a a sentir-se isolada.
George Miller dispensa apresentações. O realizador australiano é um nome ilustre em Hollywood graças à sua saga “Mad Max“. Ganhou fama com os filmes de Ação, mas nos seus 50 anos de experiência, Miller também produziu obras noutros géneros, como “Um Porquinho Chamado Babe” (1995), “Happy Feet” (2006) e as suas respetivas sequelas em conjunto com o seu irmão mais novo Bill Miller.
Atualmente com 79 anos, reflete um pouco nas suas origens. Começou a produzir filmes aos 20 “por curiosidade” enquanto terminava a formação no Hospital de St. Vincent. Enquanto fã do cinema mudo, tinha como objetivo em “Mad Max” replicar o “puro cinema” encontrado em filmes como os de Buster Keaton e outros grandes nomes da comédia silenciosa.
Na sua entrevista com Robbie Collin, Miller defende a sua posição contra o diálogo: “O problema do diálogo é que tende a abrandar as coisas, e o filme é um meio que geralmente aprecia-se melhor em alta velocidade.”
A sua nova produção o realizador demonstra isto na protagonista: em duas horas de filme, Furiosa tem apenas cerca de 30 falas.
O passado de uma personagem familiar
Furiosa: Uma Saga Mad Max é o mais recente filme da franquia. Serve não só como prequela de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), mas também como uma derivação da história, focando nas origens de Furiosa. O filme retrata várias fases do seu crescimento. Desde a infância, quando a Horda de Motociclistas a rapta da sua mãe, os seus enormes esforços e batalhas vencidas para voltar a casa até à batalha climática contra Dementus, o Senhor da Guerra e líder do grupo responsável pelo seu rapto 15 anos antes.
Anya Taylor-Joy tem o papel de Furiosa. A atriz ficou conhecida com o seu desempenhar no papel de Casey Cook nos filmes “Fragmentado” (2016) e na sequela “Glass” (2019). E mais recentemente na série de sucesso Netflix “Queen’s Gambit” (2020).
Chris Hemsworth toma o papel de vilão nesta longa-metragem. Uma faceta diferente do ator já mundialmente conhecido como o Thor do Universo Cinemático da Marvel. Contudo, tem outras performances notáveis em produções como “Star Trek” (2009), “Rush” (2013) e “Ghostbusters” (2016).
Margaret Sixel, esposa de George Miller e editora do filme, conversou com a dupla antes da acerca da necessidade de um bom ambiente em set. Isto porque durante a filmagem de “Mad Max: Estrada da Fúria” Tom Hardy chegava constantemente atrasado, face a este comportamento Charlize Theron chamou-o desrespeitoso e Hardy respondeu de forma agressiva. Este conflito, para além de criar um ambiente constrangedor entre as estrelas, igualmente afetou o desenrolar das gravações. Hardy tinha de ser persuadido a sair do trailer. Agora, 45 anos após o primeiro “Mad Max”, a importância de um espaço de trabalho seguro e saudável é mais importante que nunca.
Furiosa: Uma Saga Mad Max estreia nos cinemas portugueses a 28 de Maio.
Trailer | Furiosa: Uma Saga Mad Max
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