Larry King | © Canal+

Larry King, ícone da TV, morre aos 87 anos

Larry King, um dos maiores ícones da televisão, morreu aos 87 anos. O apresentador havia sido internado no início do ano com Covid-19.

Uma das personalidades mais icónicas do mundo da televisão, Larry King tornou-se conhecido pela sua irreverência enquanto apresentador de programas norte-americanos. Com uma longa carreira, que se estendeu ao longo de mais de seis décadas, King deixa-nos hoje, com 87 anos de idade, dias após ter saído do hospital devido a internamento por teste positivo à Covid-19.

Mais conhecido por “Larry King Live”, da CNN, e do qual foi o apresentador de 1985 a 2010, acumula no seu currículo 2 Peabodys, um Emmy Award e 10 Cable ACE AWards. Após “Larry King Live” ainda esteve à frente de programas como “Larry King Now” e “Politicking with Larry King”, na Hulu e na RT America respectivamente. Paralelamente, durante duas décadas, escreveu uma coluna de opinião para o jornal USA Today.

Nascido Lawrence Harvey Zeiger, em 1933, quis o destino que o seu sonho de chegar à televisão falasse mais alto. Com trabalhos vários na área da multimédia, na WAHR, quis o destino que a equipa onde estava inserido fosse saindo da empresa, levando a que King fosse considerado para estar à frente de alguns programas. Como correspondente e até DJ da WAHR, em 1957, Lawrence Zeiger ganhou o nome de Larry King, em parte por  manager da estação sentir que o seu nome verdadeiro fosse difícil de memorizar.

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Com um nome que ficou na memória, e para o qual o apresentador fez a mudança de forma legal pouco tempo depois da sua estreia, King chegou a fazer comentários para futebol americano, nos jogos dos Miami Dolphins, antes de juntar à Mutual Broadcasting System, onde permitia, via rádio, que os ouvintes dessem as suas opiniões em directo nos programas diários da semana.

A sua carreira ganhou toda uma nova dimensão em 1985 com “Larry King Live”. No talk-show da CNN, King entrevistou físicos, teoristas de conspirações, políticos e inúmeras celebridades, sempre sem medos e com muita assertividade e até alguma irreverência nas perguntas que colocava aos seus convidados. No total, foram mais de 30 000 entrevistas realizadas ao longo de 25 anos de programa. Depois da CNN, foi co-fundador da companhia de televisão Ora TV, apresentou “Larry King Now” e pelo meio fez sempre inúmeras aparições em séries de televisão e filmes, de”30 Rock” e “Ghostbusters” até a “People vs. O.J. Simpson“.

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Filantropista também, fundou a Larry King Cardiac Foundation em 1987, procurando providenciar tratamentos cardíacos que salvassem a vida a quem não os podia pagar (a organização de caridade foi iniciada após o apresentar ter sofrido também ele um ataque cardíaco).

Para além dos vários prémios do mundo do entretenimento, o apresentador e jornalista foi induzido ao National Radio Hall of Fame em 1989, e ao Broadcasters’ Hall of Fame em 1996. Recebeu também inúmeros graus honorários de universidades, incluindo a George Washington e a Columbia School of Medicine.

Como seu legado, o jornalista referiu aquela que gostaria que fosse a frase dita sobre ele, num podcast com Jesse Ventura.

“A sua vida fez com que mais pessoas tivessem informações que antes nãos tinha, e ele ensinou-nos muito e nós aprendemos muito, e apreciámos ao mesmo empo. Ele trouxe muito orgulho para o seu meio [de trabalho].”

King deixa três filhos, nove netos e quatro bisnetos.

VÍDEO | RECORDA UMA DAS ENTREVISTAS DE LARRY KING

Quão bem conhecias o trabalho de Larry King? 

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