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Rock in Rio Lisboa 2022 | A máquina do tempo de UB40 feat Ali Campbell

A 25 de junho de 2022, no arranque do 2º  fim de semana do Rock in Rio Lisboa, os UB40 foram a segunda banda a subir ao Palco Mundo. O  panorama de fim de tarde, num dia que recebeu 70 000 festivaleiros e festivaleiras, fez-se cumprir de forma vibrante com o seu reggae brando e luminoso. 

Depois de a música rock voltar, uma vez mais, ao gigante recinto do Parque da Bela Vista, com a prestação animada dos Bush, eis que UB40 ft. Ali Campbell provaram que as boas vibes resistem à passagem do tempo e que grandes êxitos nunca morrem.

Num dia que, com performers como os Duran Duran e os A-ha, se centrou muito nos gigantescos sucessos do passado, mais especificamente em grandes hits da década de 1980, eis que a imensa onda nostálgica começou ao final da tarde, pelas 19h00, com o espetáculo de UB40 com direito a participação de Ali Campbell. Passados quase 30 anos de pertença à banda, em 2008, Campbell, que foi membro fundador dos UB40, bem como compositor e primeiro vocalista, decidiu que estava na altura do ponto final.

Os UB40 no Palco Mundo do RIR
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E embora tal tenha continuado a ser verdade, depois de 2014 regressou aos álbuns e às prestações ao vivo e a organização do Rock in Rio felizmente conseguiu garantir a presença desta nova configuração da banda. Sim, é bem confuso, mas existem duas versões da banda e dois websites oficiais correspondentes: aqui e aqui.

Quanto à interpretação de UB40 que subiu ao Palco Mundo, é de destacar que Ali Campbell continua, aos 63 anos, a brilhar em palco (mesmo depois da morte inesperada do seu parceiro de aventuras Astro, outro membro original dos UB40 com quem lançara novos álbuns nos últimos anos). A voz inconfundível de Ali soa igualmente bem, próxima das versões de estúdio, sem que o peso dos anos tenha qualquer consequência negativa na sua prestação.

Com uma setlist curtinha mas eficaz, composta por um total de 12 músicas tocadas ao longo de 60 minutos, os UB40 feat Ali Campbell tiveram tempo para passar por vários êxitos do passado e também por (muitas) covers reggae que popularizaram há muitos anos atrás. Já a mais de metade do seu alinhamento, a interpretação de “Purple Rain”, de Prince, contribuiu para que o público se visse cada vez mais envolvido por esta sua festa  – de seis no palco para já algumas dezenas de milhares na plateia.

Entre as múltiplas versões, e sem grandes desígnios para além de propiciarem um perfeito e harmonioso final de tarde, os UB40 com Ali Campbell casaram a reggae, a música dub, o hip-hop e a pop, e entre a multidão podíamos assistir à união de gerações em torno de uma despretensiosa demonstração de musicalidade relaxada e relaxante.

Das interpretações da obra de artistas vários, passando por Al Green, The Temptations ou Eric Donaldson, foram mesmo as últimas duas músicas que mais conseguiram levar a multidão ao rubro:  “Can’t Help Falling in Love” (versão de um original de Elvis, oportunamente interpretada no final do alinhamento numa altura em que o novo filme de Baz Luhrmann estreia nas salas) e, por fim, “Red Red Wine” (versão de um original de Neil Diamond mas que entrou na consciência coletiva de uma geração, ou antes, de várias, através da interpretação deste grupo). Ao fim de contas, esta foi uma entrada entre outras na carreira de Diamond e decisiva como número 1 para os UB40 no seu país nativo – o Reino Unido.

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