HRADEC KRALOVE - JULY 6: Singer Amy Lee of Evanescence during performance at festival Rock for People in Hradec Kralove, Czech republic, July 6, 2017 ©yakub88 via shutterstock.com

Rock in Rio Lisboa 2024: Evanescence regressaram 20 anos depois com um concerto nostálgico

Com êxitos inter-geracionais como “My Immortal” e “Bring Me To Life”, os Evanescence são um dos símbolos máximos da hegemónica presença do rock no início dos anos 2000. No primeiro dia da 20.ª edição do Rock in Rio, a sua festa foi uma de nostalgia e regresso ao passado. 

 A banda de Pop Rock Gótica Evanescence é o nome perfeito para figurar no cartaz desta edição comemorativa dos 20 anos do Rock in Rio in Lisboa. Ora, porquê? Porque a banda norte-americana esteve lá desde o início.

Rock in Rio 2024
© Diego Padilha | Central Video – RIR

20 Anos depois, um regresso ao passado com Evanescence

Embora esta redatora fosse tragicamente nova demais para marcar presença, não tivesse faltado vontade, a penetração de mercado do Rock in Rio Lisboa foi excelente em 2004, tendo o festival conseguido impor-se, desde logo, como o maior evento musical da capital e do país, com cerca de quase 400 mil pessoas a visitar o recinto ao longo de seis dias.

Lê Também:   Os momentos mais importantes do primeiro dia do Rock in Rio Lisboa 2024 com Europe, Extreme, Scorpions e muito mais
 

Em 2004, os Evanescence estiveram presentes no terceiro dia do certame, que contou com Foo Fighters, Kings of Leon ou ainda Xutos & Pontapés, que também ontem deram um concerto de qualidade. Nesta edição inaugural, outros grandes nomes presentes foram Paul McCartney, Britney Spears, Metallica, Sting ou Slipknot.

Agora, o regresso da banda encabeçada por Amy Lee até se pode fazer bem longe do sucesso do álbum “Fallen”, a sua maior referência, lançada precisamente em 2003, mas não é por isso que a sua pop moody e gótica não mereceu ser celebrada e recordada neste aniversário especial do Rock in Rio Lisboa.

Um alinhamento desigual no Rock in Rio Lisboa 2024

Com um set à volta de 1h30, os Evanescence fizeram uma viagem breve pela sua discografia. E embora os álbuns lançados na viragem do milénio sejam os mais conhecidos do grupo, a verdade é que a discografia não deixou de crescer para lá de 2006, o disco de temas como “Lithium”, “Lacrimosa” e “Call Me When You’re Sober”.

O seu alinhamento foi desta forma dominado pela promoção do mais recente disco de originais, “The Bitter Truth”, lançado em 2021. Quanto aos temas que permitiram ao público entrar em êxtase e em completo momento de nostalgia pura e dura, foram infelizmente mais escassos e acima de tudo relegados para o final do concerto.

Lê Também:   Todos os transportes para chegares ao novo recinto do Rock in Rio Lisboa no Parque Tejo

Por exemplo, os dois temas mais famosos da banda, “My Immortal” e “Bring Me to Life” fecharam o espectáculo, o que levou a que a energia do público não correspondesse à de Amy Lee e companhia durante a esmagadora duração do concerto. Do disco mais conhecido, “Fallen”, não chegamos a ouvir todos os temas populares. Uma ausência notória será o bombástico single “Everybody’s Fool” . “Lithium” também não foi ouvida, entre outras canções mais antigas que poderiam ter ajudado a cativar o público de forma mais constante.

Fica abaixo o alinhamento completo da visita dos Evanescence ao Rock in Rio Lisboa em 2024 e no dia 15 de junho:

Artifact/The Turn
Broken Pieces Shine
Made of Stone
Sweet Sacrifice
Yeah Right
Taking Over Me
The Game Is Over
My Heart Is Broken
Wasted on You
The Change
End of the Dream
Going Under
Better Without You
Call Me When You’re Sober
Imaginary
Use My Voice
My Immortal
Bring Me to Life

Uma voz indiscritível, mas alterada, com Amy Lee no RIR

Amy Lee, vocalista dos Evanescence, tem um timbre impressionante e um alcance vocal notável, mas as suas performances ao vivo nunca estiveram livres de críticas ao longo dos anos. No Rock in Rio Lisboa em 2024, notámos que os efeitos vocais estavam bastante exagerados, ao ponto das notas mais altas se prolongarem artificialmente e tal manipulação vocal era muito notória quando a vocalista falava.

Tal era a aplicação de efeitos, que o eco fazia-se ouvir enquanto falava. Por outro lado, a cantora tinha consigo uma backing vocalist e ainda coros gravados diretamente do disco a tocarem alto e bom som, indiciando alguma insegurança em relação à sua prestação. Mas não é por isso que não deixou de encantar o público. E tivessem os Evanescence puxado um pouco mais pelos discos antigos, e teriam tido a Cidade do Rock nas suas mãos.

Foste ao concerto dos Evanescence no Rock in Rio Lisboa, agora ou há 20 anos? Concordas com as nossas impressões? 



Também do teu Interesse:


About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *