Fellini 8 1/2 | ©Cineriz

12ª Festa do Cinema Italiano | Lista de Recomendações

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Com a 12ª Festa do Cinema Italiano a decorrer, destacamos alguns dos melhores filmes italianos dos últimos anos que também não podes perder.  

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A 12ª Festa do Cinema Italiano continua ao rubro em Lisboa, e segue para outras cidades de norte a sul do país, sem esquecer as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Com direcção de Stefano Savio e com Adriano Smaldone como diretor adjunto (ler entrevista a ambos aqui), a Festa do Cinema Italiano cumpre 11 anos de festa, com uma organização que promete trazer todos os anos aquilo que de melhor é feito na cinematografia italiana.

De facto, esta 12ª Festa do Cinema Italiano apresenta alguns dos êxitos mais recentes da última temporada de Itália, e talvez seja essa a grande premissa do festival ao longo dos seus longos anos de existência! Mesmo assim, por vezes, mesmos os cinéfilos mais renhidos esquecem que a Festa do Cinema Italiano está um pouco por todo o lado.

Festa do Cinema Italiano
Noites Mágicas, de Paolo Virzì abriu a 12ª Festa do Cinema Italiano

Nos Canais TVCine & TVSéries (patrocinador oficial da Festa), mas também em plataformas de streaming como a Filmin Portugal, existem filmes italianos facilmente acessíveis aos espectadores portugueses muito similares àqueles que assistimos na Festa do Cinema Italiano. Não podemos sequer esquecer as estreias de filmes italianos nos cinemas, e outros lançamentos de filmes mais independentes em DVD e Blu-Ray, alguns dos quais com o signo da “Il Sorpasso”, organização responsável pela Festa do Cinema Italiano.

Desta forma, para que não fiques apenas com a Festa, vamos dar-te a conhecer outros projetos italianos que podes ver. Alguns dos filmes que se seguem até já foram exibidos em edições passadas da Festa do Cinema Italiano!

Relembramos que não são os melhores filmes italianos de sempre ou filmes a ver na 12ª Festa do Cinema Italiano, mas sim obras para ver a par da Festa. Todos estão disponíveis no videoclube, em DVD ou em plataformas de streaming.

Conhece outros 10 filmes para ver a par da Festa do Cinema Italiano a seguir!




10 Filmes para ver a par da Festa do Cinema Italiano

“Lazzaro Felice” (2018), de Alice Rohrwacher

Feliz Como lazaro critica
Feliz Como Lázaro

Habitualmente a Festa do Cinema Italiano tem filmes premiados em reconhecidos festivais de cinema. Este ano um desses filmes é “La Paranza dei bambini”, venceu em fevereiro o prémio de melhor argumento do Festival de Cinema de Berlim. Mas antes, no Festival de Cannes do ano passado um filme italiano fez a diferença. Falamos de “Lazzaro Felice” realizado por Alice Rohrwacher e que venceu o prémio de Melhor Argumento.

Esta é a história do encontro entre Lázaro, um jovem camponês tão bondoso que é muitas vezes confundido com um tolo, e Tancredi, um jovem nobre amaldiçoado pela sua imaginação. A vida na isolada aldeia pastoral Inviolata é dominada pela terrível Marquesa Alfonsina de Luna, a rainha dos cigarros. Um elo de lealdade é selado quando Tancredi pede a Lázaro para o ajudar a orquestrar o seu próprio rapto. Esta estranha e improvável aliança é uma revelação para Lázaro. Uma amizade tão preciosa que irá viajar no tempo e levar Lázaro até à cidade no encalço de Tancredi. Pela primeira vez na grande cidade, Lázaro é como um fragmento do passado perdido no mundo moderno.




“Perfetti Sconosciuti” (2016), de Paolo Genovese

filmes na tv
Elenco de “Amigos Amigos, Telemóveis À Parte”

Alba Rohrwacher é uma das atrizes de cinema que tem marcado presença em vários filmes italianos num só ano cinematográfico. Irmã da realizadora Alice Rohrwacher, realizadora de “Feliz Como Lázaro”, participa regularmente nos filmes dirigidos por ela. Mas também já a vimos em outros projetos aclamados, um deles: “Perfetti Sconosciuti”. Com título português “Amigos, Amigos…Telemóveis à Parte”, este é um dos filmes italianos de maior sucesso de sempre nas bilheteiras, e que até já teve direito a dois remakes, um espanhol e outro francês.

Este “Amigos, Amigos…Telemóveis à Parte”, somos apresentados a um grupo de amigos, que reunidos num jantar decide partilhar com os presentes todas as chamadas e mensagens recebidas por telemóvel. O resultado mostra que todos nós temos 3 vidas: a pública, a privada e a secreta e o jogo que poderia ser divertido irá provar que todos temos algo a esconder.




“Suburra” (2015), de Stefano Sollima

Festa do Cinema Italiano
Suburra

Alessandro Borghi estará presente em Lisboa no âmbito da 12ª Festa do Cinema Italiano para apresentar dois dos filmes em que foi protagonista na última temporada do cinema italiano: “Sulla Mia Pelle” (2018) e “Il Primo Re” (2019), o primeiro que lhe valeu recentemente o David di Donatello para Melhor Ator Principal. No entanto, Alessandro Borghi já foi estrela de outros filmes, como por exemplo, “Suburra” (2015), adaptado em 2017 para uma série da Netflix, que o ator romano também protagoniza.

Em “Suburra”, realizado por Stefano Sollima, Samurai é o homem da máfia, uma lenda entre os criminosos que ninguém ousa confrontar. Bola 8, o líder da região de Óstia que mantém sob o seu controlo com um punho de aço. Malgradi é um político com um importante cargo. O homem a quem Samurai recorre para conseguir a legislação para concretizar os seus planos. São sete dias para que chegue o fim da região. Sete dias para que renasça à imagem dos seus criadores.




“Fellini 8½” (1963), de Federico Fellini

Festa do Cinema Italiano
Fellini 8 1/2

O que seria do cinema italiano sem Federico Fellini? A resposta é óbvia, afinal Fellini foi um dos nomes mais importantes para o cinema contemporâneo italiano que modificou os olhares sobre Itália e a memória histórica do país. Mesmo com tantos filmes para ver a par da 12ª Festa do Cinema Italiano, convém sempre mencionar “Fellini 8½” (1963), um marco pelo seu argumento desordenado e pela interpretação de Marcello Mastroianni, que poderíamos considerar como alter-ego de Fellini. Não esquecer também que foi “Fellini 8½” que deu nome à Festa do Cinema Italiano, também chamada 8½ Festa do Cinema Italiano

Realizado pelo conceituado Frederico Fellini, esta obra foi nomeada para o Óscar de Melhor Realizador, tendo sido contemplada com o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Neste filme seguimos Guido Anselmi é um realizador à procura da inspiração para o seu próximo filme. Durante a viagem surgem-lhe fantasmas misturados com personagens reais. Essas visitas acabam por evocar tantas histórias que o filme se vai fazendo sozinho, num misto de realidade e fantasia, memórias de infância e factos forjados. Guido junta todos os elementos e dirige assim o seu filme «8 1/2».




“Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo” (1966), de Sergio Leone

Festa do Cinema Italiano
Il Buono, il brutto, il cattivo

Um dos mais aclamados westerns de Sergio Leone com três aventureiros à procura de ouro roubado, e protagonizado por Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleef, “Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo” já teve direito à reposição  pela Festa do Cinema Italiano. Além disso, vale a pena reavivar a memória para este filme, uma vez que poucos são os westerns que vemos hoje em dia.

No filme, Blondie, um pistoleiro com sentido de honra, Angel Eyes, impiedoso e sem olhar a quaisquer meios para atingir os seus fins, e Tuco Ramirez, um homem egoísta e mentiroso compulsivo, juntam-se para procurar uma arca que contém milhares de dólares em ouro roubado. Cada um sabe apenas uma parte da exacta localização, o que os mantém unidos. Só que nenhum deles parece inclinado em partilhar a fortuna com os outros…




“Fiore” (2016), de Claudio Giovannesi

Festa do Cinema Italiano
Fiore

Estreado na Festa do Cinema Italiano do ano passado, “Fiore” é um dos filmes independentes do cinema italiano que não deixa ninguém indiferente, onde conhecemos uma jovem talento do cinema italiano, a sua protagonista Daphne Scoccia.

No reformatório que se tornou a sua casa, Dafne vive como um gato selvagem – um dia de cada vez. Quando encontra Josh, um recluso da ala masculina, vê nele uma alma gémea e começa a sonhar com um final feliz muito diferente daquele que sempre acreditou ser inevitável. Claudio Giovannesi entra numa prisão juvenil e capta o dia a dia destas personagens através de uma grande cumplicidade criada com os atores, na sua grande maioria não-profissionais. “Fiore” está disponível na Netflix para streaming a qualquer momento!




“La Meglio Gioventù” (2003), Marco Tullio Giordana

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La Meglio Gioventù

Esta é a história de uma família italiana do fim dos anos 60 até aos nossos dias. No centro da história, dois irmãos: Nicola e Matteo. No início, partilham os mesmos sonhos, as mesmas esperanças, leituras, amizades. Até ao dia em que o encontro com uma jovem rapariga com problemas psíquicos ditará o destino de cada um e separará os seus caminhos: Nicola decide estudar psiquiatria e Matteo abandona os estudos e entra na polícia.

Para além dos dois irmãos, a família é ainda composta por duas irmãs, Giovanna e Francesca, o pai e a mãe, os amigos, as companheiras, os filhos… Todos eles vão fazer reviver acontecimentos e lugares que tiveram um papel crucial na história de Itália: das cheias de Florença à luta contra a Máfia, dos grandes jogos de futebol contra a Coreia e a Alemanha às canções que marcaram gerações, da cidade de Turin dos anos 70 à Milão dos anos 80, dos movimentos estudantis ao terrorismo, da crise dos anos 90 à tentativa de inovação e construção de um país moderno. Um filme que vale a pena assistir pelo seu trio de protagonistas, mas também por mostrar-nos uma Itália em transformação. Ver este filme é compreender parte do contexto histórico do país, aproximando-se de uma memória singular por parte de uma família muito similar a tantas outras.




“Nove” (2009), Rob Marshall

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Nine

É muito díficil os filmes americanos inspirados em Itália não se perderem em clichés e estereótipos sobre as gentes e a cultura do país. Mas também sabemos que esses filmes existem, independentemente de tudo, e que Hollywood há-de querer sempre filmar e rodar Itália. Um desses casos foi “Nove”, de Rob Marshall adaptado do aclamado musical da Broadway, vencedor de cinco “Tony Awards”, incluindo Melhor Musical e que toma o filme “Fellini 8½” (1963) como base.

Apesar do fracasso junto da crítica, “Nove” maravilha-nos com uma banda-sonora cheia de ritmo, e com excelentes interpretações por parte de Marion Cotillard, Kate Hudson e a incrível Penélope Cruz, que conseguiu uma nomeação ao Óscar de Melhor Atriz Secundária. Neste filme seguimos o realizador Guido Contini (Daniel Day-Lewis) que enfrenta uma crise de enormes proporções, tanto a nível criativo como pessoal, enquanto se reparte entre as numerosas mulheres da sua vida, incluindo a sua mulher, a amante, a musa do seu filme, a sua confidente, uma jornalista americana, uma prostituta e a sua mãe interpretada por Sophia Loren, que nunca curta, mas intensa cena, relembramo-nos dos anos de ouro do cinema italiano.




“Che ora è?”, Ettore Scola (1989)

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Che Ora è?

Massimo Troisi será para sempre lembrado por “O Carteiro de Pablo Neruda”, mas o ator nomeado a dois Óscares da Academia, esteve presente em outros tantos filmes italianos. Um deles foi “Che ora è?” onde contracena com Marcello Mastroianni.

Neste filme sobre as relações familiares, seguimos Michele jovem napolitano, formado em letras, que em Civitavecchia, termina o seu período de serviço militar. Em Civitavecchia, Michele construiu um pequeno mundo de relações e relacionamentos que abraçou e que acolheu o seu jeito tímido de ser. Bastante reservado, Michele vive tranquilo até a chegada do pai. Bem sucedido advogado, o pai que depois de um longo período de tempo afastado do filho, tenta reunir-se com ele. A distância fez com que os dois (completamente diferentes) soubesse muito pouco um sobre o outro. O pai tenta desesperadamente agradar o filho, dando-lhe luxuosos presentes, que nada agradam o tímido e reservado filho Michele.




Il Capitale Umano (2013), de Paolo Virzì

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Valeria Bruni Tedeschi e Fabrizio Gifuni

Paolo Virzì é um dos nomes do cinema italiano cujos filmes continuam a marcar presença na Festa do Cinema Italiano. O seu mais recente filme “Noites Mágicas” abriu a 12ª Festa do Cinema Italiano. No entanto, no seu currículo traz histórias incríveis, sem deixar de manter um olhar crítico sobre as diferenças de classe, de género e também de gerações no país italiano. É isso mesmo que vemos em “Capital Humano”.

A ambição de ascensão social de um agente imobiliário da classe média, a aspiração a uma vida diferente de uma mulher rica e infeliz, o desejo de amor verdadeiro de uma rapariga apaixonada e constantemente sufocada pelas pretensões do pai… Um acidente misterioso na véspera de Natal vem entrelaçar os destinos de todos e fazê-los questionar qual é, afinal, o verdadeiro valor do “capital humano”.  Um filme que transporta-nos para uma cidade italiana da província, baseado na obra homónima do americano Stephen Amidon.

Não podes perder estas grandes obras!

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