Hawkeye ©2021 Marvel Studios

Hawkeye, primeiras impressões da nova série Disney+

A última série da Marvel Studios a chegar à Disney+ em 2021, “Hawkeye” traz aos ecrãs um dos Vingadores originais. Conseguirá Clint Barton aguentar o barco?

NOTA: Estas primeiras impressões são com base apenas nos dois primeiros episódios lançados na estreia da série na Disney+

Depois de entrarem no mundo das séries, e de continuarem a fazer furor nos grandes ecrãs, a questão que se coloca é… estarão os heróis da Marvel ainda na moda ou a ficarem ultrapassados? Bem, diríamos que ultrapassados não estão por certo e na moda irão continuar. Agora, o interesse, esse sim é o desfio da Marvel Studios para manter os fãs atentos a todas as novas estreias, e “Hawkeye” não é por certo diferente.

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A quarta série da Marvel Studios em parceria com a Disney+ (aqui excluímos qualquer série animada como “What If…?“, estreada também este ano), “Hawkeye” é a primeira que traz ao papel principal um dos Vingadores originais, um que sempre passou um pouco ao lado por não ter poderes de outro mundo como todos os outros. Não obstante, Clint Barton aka Hawkeye, foi um dos grandes destaques de “Vingadores: Endgame” e conquistou o seu lugar enquanto protagonista – ainda que raramente se ouça  que ele é o Vingador favorito de alguém.

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Jeremy Renner regressa como Hawkeye, mas desta vez como protagonista da sua própria série ©2015 Marvel

Apenas para contexto (ou pequeno lembrete apenas), Hawkeye apareceu de forma breve em “Thor” (2011), foi sempre figura presente na saga Vingadores e a oportunidade dos fãs o conhecerem esteve sempre em muito ligada ao percurso de Natasha Romanoff (Viúva Negra). Pouco explorado, a sua personagem começou a destacar-se mais em “Vingadores: A Era de Ultron” (2015) quando percebemos que este super-herói era afinal pai de família, um verdadeiro ‘espião’ com vida dupla e que procurava a normalidade quando não enfrentava as maiores ameaças ao planeta Terra.

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Agora, com “Hawkeye”, a sua série de solo, a Marvel Studios volta a repescar essa memória, e apresenta-nos um Clint Barton no aftermath dos eventos de Endgame e pós-blip; homem de família, e a procurar recuperar o tempo perdido, Clint mantém-se low profile, enquanto vive com um passado que o assombra – seja pelo que fez durante o blip, seja os momentos finais com Natasha, durante a recuperação de uma das pedras das mãos de Thanos.

E, pegando apenas nestes dois primeiros episódios da série de seis, é exactamente essa essência de Clint Barton/Hawkeye que nos cativa desde já na série. A vibe low-key, e a narrativa mais pessoal e “humana”, torna a série algo especial, e ainda digna da Marvel – mesmo que não haja muitas explosões ou forças malignas exteriores à raça humana. Sim, não deixa de ser a história do homem que aparentemente é exímio com setas e um arco mas é um Vingador, e um que vale a pena explorar quando a Marvel já provou querer expandir o universo além dos momentos únicos de sequências de acção.

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Clint Barton (Hawkeye) com os seus filhos © 2021 Marvel Studios

No entanto, se virmos com atenção os primeiros episódios, sentimos que “Hawkeye” poderá ser apenas veículo para as novas personagens e não tanto para o próprio; logo no primeiro episódio as primeiras cenas focam-se numa pequena Kate Bishop, uma rapariga que vive numa penthouse em Nova Iorque. Com a batalha dos Vingadores contra Loki e os Chitauri a acontecer por entre arranha-céus da cidade, rapidamente ficamos com um contexto de como é que Hawkeye se torna o herói de Kate, e de como aquele momento a irá impactar nos anos vindouros.

Claro que poderia ser apenas o ponto de partida para dar o mote à série, e à apresentação de Hailee Steinfeld como Kate Bishop, mas a sensação que a série é na verdade a sua história de origem (para quem sabe uma série futura ou mesmo introdução em filmes) é o genérico que a Disney+ apresenta; de certo modo extenso, o genérico mostra o percurso de Kate ao longo dos anos, até chegar à faculdade (como a conhecemos na série), mostrando em que media é que ela se ‘aperfeiçoou’ para chegar aos calcanhares de Clint Barton e ser uma super heroína ao seu jeito, sem poderes mas muita mestria.

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Hailee Steinfeld junta-se ao mundo dos super-heróis habilidosos e que recaiem no treino de habilidades para se tornarem exímios no que fazem, apesar de não terem poderes especiais ©Marvel Studios

Se é uma boa aposta por parte da Marvel? Não sabemos ainda dizer, talvez o façamos quando a série chegar ao fim. Mas o que nos parece é que pelo menos o casting foi acertado. Apesar do primeiro episódio ter demorado a arrancar – a narrativa foi apresentada muito em separado, com as histórias de Clint e Kate a serem contadas em paralelo, foi nos momentos finais do episódio piloto que percebemos que “Hawkeye” estaria no caminho certo pela química dos co-protagonistas. Com uma relação que se revelou mais no início do segundo episódio, a série original Disney+ destaca-se pela humanidade que Jeremy Renner e Hailee Steinfeld trazem às suas personagens, e pela forma como interagem entre si, por entre memórias que os assombram, personalidades fortes e ideias muito assertivas do que querem ser. Um duo dinâmico que traz o foco da série mais a si do que ao enredo.

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Os primeiros episódios não revelaram ainda muito sobre o antagonista da série (ou antagonistas), deixando para já a sombra negra pairar sobre o passado de Clint Barton enquanto Ronin, um assassino implacável que decidiu fazer justiça pelas suas mãos durante o período do Blip. Afinal de contas, é esse legado nos leva a cruzar caminho com Kate Bishop, e que a torna um alvo a abater, levando Clint a deixar a sua família nos dias antes do Natal para enfrentar o que fez no passado e as repercussões que as suas acções ainda podem ter ao dia de hoje.

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Jeremy Renner e Hailee Steinfeld são a grande força motora da série | © Disney

Para já, o que sentimos é que “Hawkeye” não pretende ser uma série de poderes ou super-heróis como vimos em “Falcon and the Winter Soldier“. Assemelha-se no entanto mais à vertente de “WandaVision” e “Loki” enquanto procura de redenção por um super-herói que passou por muito, focando-se depois numa temática de parentalidade, mentoria e decisões de vida no que toca a emendar o que de errado foi feito no passado.

Já viste os primeiros dois episódios? Estás a gostar da dinâmica de Jeremy Renner e Hailee Steinfeld?

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