Sociedade de Autores está preocupada com a posição do Spotify
O Spotify continua com grandes mudanças. A próxima grande funcionalidade poderá mudar a vida dos escritores.
Quando pensamos no Spotify, pensamos em música. Um local onde estão todas as nossas bandas e artistas favoritos, assim como os seus álbuns.
Desde do início, a grande premissa do Spotify foi dar a possibilidade de descarregar as músicas e ouvirmos onde quisermos. Com isto, ao descarregar os nossos álbuns favoritos e as playlists feitas ao nosso gosto, não ocupamos a memória do telemóvel, que por vezes pode ser escassa.
Além disso, a grande plataforma sueca também se tornou a casa dos podcasts. Dos mais variados temas, das mais variadas personalidades, encontramos um grande leque de opções. Desde da comédia com “Aleixopédia“, até “Contas Poupança“, onde se fala sobre finanças.
Acabou por abrir uma nova opção aos utilizadores. Nos últimos tempos, o Spotify tem estado a trabalhar em novas atualizações. Da Índia, os utilizadores freemium perderam todas as funcionalidades, como passar à frente ou repetir a música. Igualmente, surgiram rumores de um suposto novo plano, direcionado para quem quer ouvir música com melhor qualidade. No entanto, surge agora outra opção, que se for oficial, irá gerar um grande prejuízo para uma das maiores artes e fontes de cultura.
O GRANDE PROBLEMA
Ao que parece, o Spotify está a trabalhar para levar aos seus utilizadores mais de 150 mil audiobooks. O que é que isto significa?
Uma forte perda de receitas para as editoras, mas sobretudo, para os escritores. A Sociedade de Autores expressou a sua “profunda preocupação” face à atitude da plataforma sueca. Em comunicado, a organização diz que “colocar os audiobooks no streaming compete diretamente com as vendas, e é ainda mais prejudicial do que as músicas em streaming porque os livros são lidos, por norma, apenas uma vez, enquanto que a música é ouvida várias vezes”.
Segundo a Bookseller, as grandes editoras limitaram o streaming dos audiobooks na plataforma. Todavia, os utilizadores premium do Reino Unido e da Austrália podem ouvir até 15 horas destes livros a partir de uma seleção de 150 mil livros. A situação é ainda mais complicada, visto que segundo a Sociedade de Autores, “até ao momento, nenhum autor ou agente foi contactado para disponibilizar as licenças, e nenhum autor foi consultado acerca de pagamentos”.
No início do ano deu entrada no Governo britânico um relatório para melhorar a política em relação à plataforma de streaming, de forma a tornar a indústria mais justa para os músicos britânicos.
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