© Daedalic Entertainment

The Lord of the Rings: Gollum, em análise

Será que os fãs do Tolkien vão aguentar a tortura em “The Lord of the Rings: Gollum”?

Um dos jogos mais aguardados do ano, sobretudo para os fãs do universo criado por J. R. R. Tolkien, “The Lord of the Rings: Gollum”, desenvolvido pela Daedalic Entertainment chegou aos jogadores no passado dia 25 de Maio, com uma visão completamente diferente da habitual sobre a Terra Média e a sua história. Neste jogo, acompanhamos Sméagol/Gollum, um pequeno ser com um enorme impacto na narrativa. Uma ideia arrojada, que desde cedo dividiu os jogadores sobre como seria ou devia ser o jogo. Depois com o surgimento das primeiras imagens, as críticas não foram muito positivas, devido ao aspeto físico de Sméagol/Gollum. Mas agora, depois de vários adiamentos, e com a chegada efetiva do jogo, vamos descobrir a verdade sobre o resultado final.

De mente limpa, e sem influenciarmos-nos pela vasta crítica negativa em relação ao jogo, acompanhamos Sméagol/Gollum pela sua aventura na Terra Média. Desde cedo, “The Lord of the Rings: Gollum” revelou-se um jogo com falhas, sobretudo nos gráficos, jogabilidade e animação, por esta ordem de importância. No primeiro ponto, os locais, na sua generalidade, estavam bem delineados, criando as atmosferas precisas para nós transportarem para os locais ali representados, sobretudo em Mordor. No entanto, quando passamos aos detalhes, existem vários defeitos, como pedras paradas no ar ou NPC’s completamente desfigurados, mostrando uma clara falta de trabalho e rigor. Na jogabilidade, não existe muito para onde fugir, dado aos poucos controles existentes, mas mesmo assim, consegue fugir. Subir às paredes, correr para chegar a outro ponto podem-se tornar tarefas quase impossíveis, devido às falhas e respostas do próprio sistema. Em certas ocasiões, por muito que carregássemos no botão, a personagem não agia de acordo.




Na mesma linha, também estão as animações. E há um claro e notório exemplo, que é o movimento das bocas durante as falas. Em maioria dos casos, ouvíamos Sméagol/Gollum a falar em tom elevado, e a sua boca nem se abria. Mas como a personagem principal, também estavam os NPC’s. E ainda sobre a personagem principal, falta-lhe o que mais caracteriza-a, a dualidade das personalidades. Apesar de estar presente, não sentimos a constante frontalidade entre o mal (Gollum) e o bem (Sméagol). Mesmo com um sistema de escolhas, que por sua vez revela-se ineficaz, a personagem podia (e devia) estar muito melhor trabalhada. Só a partir do sétimo capítulo é que é temos mais escolhas interessantes. 

The Lord of the Rings
© Daedalic Entertainment

Sobre a história, “The Lord of the Rings: Gollum” acontece antes “A Irmandade do Anel”. Com vários momentos icónicos por onde poderíamos passar e reviver, passamos metade do jogo em Mordor, a tentar fugir da nossa prisão, através de missões aborrecidas e repetitivas. Nas primeiras quatro horas de jogo, só houve um puzzle para fazermos. Aliás, se estão a perguntar-se o que acontece durante as primeiras horas, em termos da história, não há nada digno de registo, com a excepção de um. Sensivelmente a meio do jogo, sofremos um dos vários bloqueios que centenas de jogadores queixaram-se nas várias redes sociais. Nesse sentido, depois de fugiremos do covil das aranhas, o jogo bloqueou, ficamos abaixo do nível do jogo, num local que supostamente não devíamos ficar presos eternamente. Em baixo, podem confirmar a imagem do sucedido.

The Lord of the Rings: Gollum
Screenshot de “The Lord of the Rings: Gollum”, na PlayStation 5 © Daedalic Entertainment




“The Lord of the Rings: Gollum” foi adiado várias vezes, e devia ter sido adiado mais uma, porque é um jogo que claramente falta-lhe muita coisa. Mesmo com a atualização que a Daedalic Entertainment prometeu, não resolverá todos os problemas. Aqui, para o jogador casual, sem grande ligação ou interesse à narrativa de J. R. R. Tolkien, encontrará um jogo com várias falhas, um jogo stealth que acaba mais por ser um simulador de escalada. No entanto, para os fãs desta narrativa, poderá ser interessante experimentar algo do ponto de vista desta personagem. Mas no final, os jogos da PlayStation 2 que acompanharam a trilogia de Peter Jackson têm muito melhor desempenho e menos erros. Para não falar que os primeiros títulos de “Prince of Persia” conseguiram melhores resultados no que diz respeito à escalada.

TRAILER | GOLLUM TEM A VIDA DIFICULTADA EM THE LORD OF THE RINGS

O que podia ter sido diferente no jogo? 

  • JOGABILIDADE - 30
  • GRÁFICOS - 50
  • ENREDO - 50
  • SOM - 40
43

Conclusão:

“The Lord of the Rings: Gollum” foi adiado várias vezes, e devia ter sido adiado mais uma, porque é um jogo que claramente falta-lhe muita coisa. Mesmo com a atualização que a Daedalic Entertainment prometeu, não resolverá todos os problemas. Aqui, para o jogador casual, sem grande ligação ou interesse à narrativa de J. R. R. Tolkien, encontrará um jogo com várias falhas, um jogo stealth que acaba mais por ser um simulador de escalada.

Pros

  • Ideia Interessante: A escolha de Sméagol/Gollum para protagonista traz um novo olhar;

Cons

  • Gráficos inacabados: Se olharmos com atenção, econtramos vários pontos do cenário e das personagens com falhas;
  • Mecanismos atrofiados: Mesmo que estejamos a apontar para o locarl certo, existe uma grande probilidade da personagem não saltar de todo, ou mal;
  • Narrativa de Tolkien: Não acrescenta nada ao que vemos nos filmes, jogos, e sobretudo, dos livros;
  • Música repetitiva: Do início ao fim, parece que só há duas/três músicas.
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