Woody Allen desiludido e nostálgico: “O prazer em fazer filmes acabou”
O eterno Woody Allen esteve a promover o seu próximo filme “Coup de Chance”, e falou sobre a reforma e o estado do cinema.
O realizador, e também músico, Woody Allen, conhecido por realizar filmes como “Annie Hall” (1977), “Midnight in Paris” (2011) e “Manhattan” (1979), esteve recentemente em viagem, incluindo uma passagem por Portugal, para promover o seu novo filme “Coup de Chance”.
Segundo a sinopse oficial, “Fanny e Jean têm tudo, são o casal ideal: bem sucedidos na sua vida profissional, vivem num magnífico apartamento nos bairros de luxo de Paris e parecem estar tão apaixonados como no primeiro dia em que se conheceram. Mas quando Fanny se cruza, por acaso, com Alain, um antigo colega de liceu, fica imediatamente seduzida”.
O filme estreou no ano passado no Festival Internacional de Veneza, mas só recentemente é que chegou aos Estados Unidos da América. A propósito da estreia no seu país natal, Woody Allen falou sobre a reforma, o atual estado do cinema e um eventual próximo filme.
O DESABAFO
Em entrevista com Air Mail, o realizador de 88 anos foi questionado sobre se “Coup de Chance” será o seu último filme – “estou indeciso quanto a isso. Não quero sair para angariar dinheiro. Acho isso uma dor de cabeça. Mas se alguém aparecer, telefonar e disser que queremos apoiar o filme, então eu consideraria seriamente a hipótese. Provavelmente não teria força de vontade para dizer não, porque tenho muitas ideias”.
No entanto, tem uma forte opinião sobre o atual estado do cinema e como a indústria funciona – “para mim é indiferente ser distribuído aqui ou não. Depois de o fazer, já não o sigo. A distribuição já não é o que era. Agora a distribuição são duas semanas num cinema. Todo o negócio mudou, e não de uma forma apelativa. Todo o romance da produção de filmes desapareceu“.
UMA FORTE OPINIÃO
Relembramos ainda, outra forte opinião de Woody Allen sobre o estado do cinema, em que aborda a problemática dos super-heróis – “os filmes de super-heróis não podem ser vistos como cinema, e os mesmos estão a arruinar a verdadeira cultura do cinema“. Todavia, não é o único realizador a manifestar-se sobre este tema, Martin Scorsese também já o fez.
TRAILER | COUP DE CHANCE, O ÚLTIMO FILME DE WOODY ALLEN
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