A Verdadeira razão da falência do estúdio de Blade Runner, dois anos após a estreia
“Blade Runner”, de Ridley Scott, foi um marco na ficção científica. No entanto o estúdio que fez o filme foi à falência.
Com Harrison Ford no papel principal, “Blade Runner – Perigo Iminente” (1982), de Ridley Scott, foi fundamental para a história da ficção científica no cinema. O enredo cativante e a banda sonora de Vangelis transportaram os espectadores para este mundo futurista.
Segundo a sinopse oficial, “No ano 2019 existe uma classe de androides chamados ‘Replicants’ em tudo semelhantes ao Homem, menos no tempo de existência que é muito curto. Seis desses ‘Replicants’ tomaram de assalto um vai e vem espacial entre a Terra e as colónias de outros planetas e andam à solta em Los Angeles. O chefe da polícia convoca Rick Deckard, um ex-Blade Runner, nome pelo qual são conhecidos os agentes especiais encarregados de eliminar ‘Replicants’ perigosos ou incontroláveis, e encarrega-o de localizar e destruir as seis unidades em fuga”.
O filme acabou por ser nomeado para dois Óscares, nas categorias de Melhores Efeitos Visuais e Melhor Direção Artística. Mas mais importante do que os prémios foi a marca que o filme deixou no público.
Um sucesso entre o público
No agregador de críticas Rotten Tomatoes o filme de Ridley Scott obteve 89% de classificação entre a crítica especializada e 91% de classificação entre o público. Scott Cain, do Atlanta Journal-Constitution, escreve, “Ridley Scott deveria ser um decorador de cenários, em vez de um realizador. Em Blade Runner, perde de vista a história, dedicando toda a sua atenção à decoração e à iluminação. A decoração e a iluminação são estupendas”. Apesar do enorme sucesso do filme entre os críticos, dois anos após da estreia, o estúdio não resistiu e foi à falência.
The Ladd Company, de Alan Ladd. Jr, produziu vários filmes de êxito como “Era uma vez na América”, “Academia de Polícia”, além de “Blade Runner”. O fundador e presidente, antes de criar a produtora, trabalhou na saga “Star Wars” e em “Alien”, também de Ridley Scott. O estúdio dominou o final dos anos 70 e o início dos anos 80. Em 1981 distribuía “Chariots of Fire”, vencedor do Óscar de Melhor Filme. Um ano depois, lançava “The Right Stuff”, nomeado a 8 Óscares e vencedor de 4 estatuetas douradas.
O verdadeiro problema
O sucesso parecia estar na cultura da empresa, se não fossem os filmes com mau desempenho nas bilheteiras. Apesar de ter contratado alguns dos melhores realizadores da história – Sergio Leone, George Lucas, Michael Crichton e Ron Howard, os flops eram mais que os êxitos.
Por exemplo, “Twice Upon a Time“ (1983), com cunho de George Lucas, era esperado que fosse um sucesso, mas foi um tiro ao lado. Com 3 milhões de dólares de orçamento (que nos dias de hoje equivale a 9,5 milhões de dólares), só faturou uns meros 5 mil dólares. O lançamento esporádico de êxitos foi a ruína da Ladd Company, face ao excesso de fracassos.
Já viste o filme?
Sim, a Ladd Company foi um estúdio cinematográfico da Warner Bros. O grande sucesso da Ladd Company foi “Blade Runner – Perigo Iminente” de Ridley Scott, com Harrison Ford no papel de Rick Deckard e a música do filme foi composta por Vangelis, colaborador de Ridley Scott.