Chris Pratt em "Guardiões da Galáxia Vol.2" (2017) | © 2017 - Disney/Marvel

Chris Pratt | 10 Papéis essenciais

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Chris Pratt teve uma curiosa e incaracterística evolução no mundo da representação. De sidekick cómico em séries e filmes, Pratt foi catapultado com inesperada rapidez para o estrelato e para os papéis como protagonista. Nunca perdeu o humor apatetado e auspicioso no qual a sua carreira se fundou. Recordamos os seus 10 papéis essenciais por ocasião do seu 41º aniversário, celebrado a 21 de junho. 

A 21 de junho de 1979, no Estado de Minnesota, nasceu o ator norte-americano Christopher Michael Pratt, que completou recentemente 41 anos de idade. Pratt é um exemplo pouco característico de uma estrela que, devido ao seu perfil humorístico descontraído e natural, conseguiu subir uma escada rápida rumo ao super-estrelato. Começou na comédia e na televisão e continuou a desempenhar o mesmo pateta alegre em filmes de grande orçamento. Já era uma forte e recorrente presença na televisão quando conseguiu o papel que viria a mudar tudo – Peter Quill ou Star-Lord em “Guardiões da Galáxia” (2014), de James Gunn, uma incomparável lufada de ar fresco no mundo dos super-heróis da Marvel. Chris Pratt parece ter nascido para interpretar Quill, mas quem se lembra de Andy Dwyer ou até do hippie Che?

Recuperamos agora os papéis essenciais que compõem a interessante carreira de Chris Pratt, uma figura rara – um autêntico galã de filmes de ação em Hollywood que nos conquista acima de tudo devido à sua boa disposição. Aproveitamos também para deixar algumas dicas sobre onde podem ser encontrados os seus filmes e séries.

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EVERWOOD (2002 – 2006) 

Chris Pratt Everwood
© Warner Bros. Television

Depois de pequenas participações pontuais em séries e filmes o primeiro papel significativo de Chris Pratt foi como membro do elenco regular de “Everwood”. Este drama familiar foi lançado pela já reformada Warner Bros. TV, que de certa forma viria a dar origem ao canal jovem The CW – para onde grande parte dos conteúdos da WB migraram.

Em “Everwood” foi, durante 89 episódios creditados da série, Bright Abbott, uma das personagens fixas que interpretou ao longo da sua casa dos 20. Bright tinha o tipo de perfil que viria a interpretar ao longo da sua vida – um rapaz alegre, cómico e ligeiramente apatetado mas sem nunca que não caía no ridículo ou no inverosímil.

O que salta à vista com Bright Abott é que o carisma de Chris Pratt sempre foi uma constante, desde muito cedo. Quanto à história de “Everwood”, esta foca-se na vida de um cirurgião viúvo, Andy, que se muda para uma cidade pequena do Colorado com os seus filhos pequenos. Pratt dá vida ao filho do único médico existente nesta pequena localidade. Um bom começo na televisão para uma carreira que viria a demorar a arrancar em pleno.

Onde ver: Na FNAC encontramos, a preço reduzido, a primeira temporada da série em DVD para quem tenha saudades de um bom drama familiar da viragem do milénio!




THE O.C (2006-2007) 

the o.c Ché
©The CW

Aqui temos uma pequena nota na carreira de Chris Pratt. Uma pequena nota de rodapé que não deixa de ser deliciosa e que por isso não poderia ser ignorada. Foi em “The O.C”, o drama adolescente sobre jovens ricos de Orange County, California – dos mesmos criadores de “Gossip Girl” – que vi Chris Pratt pela primeira vez, numa quarta e última temporada da série adolescente que viria a ser muito criticada depois da saída da sua co-protagonista Mischa Barton.

Com ou sem Mischa, a verdade é que o melodrama inerente a “The O.C” diminuiu significativamente no seu último par de episódios. Numa derradeira temporada rejeitada por alguns é de identificar como elemento positivo o “Ché” de Chris Pratt, um hippie universitário amante de árvores que atormentava o Seth Coen de Adam Brody com a sua incómoda nudez forçada. De guitarra ao peito, aqui tivemos pela primeira vez um vislumbre dos significativos embora pouco conhecidos dotes musicais de Chris Pratt.

“Ché” é talvez o papel mais idiota da carreira de Chris Pratt mas foi dominante na determinação do tom mais alegre e festivo da última temporada desta série e criou em mim, desde logo, uma fã eterna.

Onde ver: Infelizmente “The O.C” não está disponível em nenhuma das plataformas de streaming nacionais, ao contrário de muitos outros conteúdos da CW que povoam a Netflix. Não obstante, o DVD da primeira temporada pode ser encontrado na Worten. Quanto à season em que Chris Pratt integra, o DVD importado pode ser encontrado na FNAC. 




PARKS AND RECREATION (2009 – 2015) 

Chris Pratt Parks and Recreation
© 2014 NBCUniversal Media, LLC

O final da primeira década do novo milénio trouxe algumas novidades à carreira de Chris Pratt. Entre 2008 e 2009 houve um reforço no número de pequenos papéis que foi conseguindo em filmes de comédia ou acção mas a irrefutável marca da mudança, na sua carreira televisiva, foi a participação em “Parks and Recreation”, comédia de situação  encabeçada por Amy Poehmer, narrada em estilo de falso documentário. “

Parks & Rec”, como é apelidada com carinho pelos fãs, da autoria dos grandes produtores de comédia Greg Daniels (“The Office”) e Michael Schur (“The Good Place”), foi uma série discreta na altura em que esteve no ar e posteriormente tornou-se num fenómeno de culto. Teve direito a uma reunião de 10 anos altamente publicitada no Paleyfest e este ano até apresentou um regresso momentâneo com um episódio solidário à distância no âmbito da pandemia de Covid-19.

Durante a sua pertença ao elenco fixo de “Parks & Rec” Chris Pratt foi desempenhando diversos papéis em obras mais galardoadas como “Money Ball – Jogada de Risco” (2011) ou “Uma História de Amor” (2013) e também participou em comédias românticas em papéis de apoio. Começou em “Parks” com um pequeno papel, Andy Dwyer, o de namorado da personagem de Rashida Jones, Ann Perkins. Inclusive estava creditado nos créditos apenas como “aparição especial” mas a sua patetice adorável rapidamente o tornou um membro permanente do elenco. A sua personagem evoluiu sempre ao longo das sete temporadas e ganhou muito com o par romântico que estabeleceu com April Ludgate, uma carismática antítese da sua persona expansiva que viria também a lançar a carreira da irreverente Aubrey Plaza.

Destaque para o hino da série que voltou a interpretar no episódio solidário de 2020 – “5000 Candles in the Wind”. Se não conhecerem estão avisados, é incrivelmente viciante!

Onde ver: “Parks and Recreation” integra o catálogo da Amazon Prime Video.




00:30 –  A HORA NEGRA (2012) 

Chris Pratt 00:30 - Hora Mais Negra
Jonathan Olley – © 2012 – Zero Dark Thirty, LLC. All Rights Reserved.

“Zero Dark Thirty”, da cineasta Kathryn Bigelow, é um bom exemplo dos trabalhos pontuais que Pratt foi concluindo antes do seu grande empurrão para a fama em 2014. Sim, estamos mesmo a falar de “00:30 –  A Hora Negra”. É possível que a lembrança da presença do ator neste filme se tenha evaporado. Ao fim de contas estamos a falar de uma pequena participação neste thriller de guerra e espionagem brilhantemente encabeçado por Jessica Chastain.

Esta menção a “Zero Dark Thirty” pretende apenas recordar que Pratt é um ator versátil que embora pareça ter nascido para a comédia não deixa de conseguir entregar uma prestação competente em outros géneros fílmicos. Nesta narrativa histórica sobre a morte de Bin Laden, que em nada procura glorificar o herói norte-americano, ao contrário de muitos outros filmes dentro do género, Chris Pratt dá vida a Justin, um membro de uma equipa de SEAls e troca portanto a sua alegre descontração pela pompa e circunstância necessárias para o pesado ambiente desta obra.

Onde ver: O filme pode ser alugado no videoclube da MEO e terá emissão no próximo dia 1 de junho no Canal Hollywood. 




O FILME DO LEGO (2014 e 2019) + GUARDIÕES DA GALÁXIA (2014 e 2017) 

Star-Lord
©Disney/ Marvel

2014 é o ano que transforma a carreira de Chris Pratt para sempre. De b-lister, ator conhecido por pequenos papéis e participações como membro de um elenco e nunca como protagonista em séries, foi o projeto de James Gunn que lhe permitiu voos mais alto – literalmente. Além da fenomenal transformação com “Guardians of the Galaxy” recordamos também que foi em 2014 que o ator deu voz a Emmet Brickowski, protagonista de “The Lego Movie”, uma aventura imaginativa e original que lhe permitiu lançar uma carreira lucrativa na área das dobragens. “The Lego Movie” é um franchise que regressou em 2019 e que poderá dar-nos novos capítulos em breve. O seu timbre de voz característico mostrou aqui ser mais um trunfo a seu valor.

Ainda em gravações em “Parks & Recreation” e com a escolha arriscada de protagonista  para “Guardiões da Galáxia”, a personagem de Andy começou a ter cada vez menos presença em ecrã e perdeu os seus quilinhos a mais que se viram trocados por abdominais impressionantes e um físico de galã que não se encaixara antes no seu perfil. Contudo não foi a perda de peso ou o novo físico que lhe retirou o humor que lhe é inerente. Chris Pratt tornou-se o protagonista de um grande filme de estúdio, que veio a superar todas as expectativas iniciais da Marvel, mas nunca se perdeu pelo caminho.

O seu “Star-Lord” é um eterno outcast à procura de um lugar no mundo enquanto mostra ser inapto em questões amorosas e oblívio no que toca a intenções pouco honrosas. Peter Quill é um herói com o qual nos conseguimos relacionar e uma componente importante do sucesso desta saga. “Guardians of the Galaxy” é a obra mais fora da caixa do universo Marvel e lançar este filme significou bastante risco para o estúdio. Aliás, a máquina por detrás do fenómeno não sabia que direcção tomar com este grupo de insólitos excluídos da sociedade inter-galácticos e deu carta branca a James Gunn – que não foi de todo a primeira escolha para a realização – para moldar o projeto à sua imaginação. Tornou-o diferente e irreverente, distinto dos demais dentro do género e encabeçado por um Pratt diferente de qualquer outro no universo dos “super-heróis”. Em 2021 há mais “Guardiões da Galáxia” depois de dois capítulos de sucesso!

Onde ver: Pode ser alugado na MEO ou comprado na Rakuten TV, Google Play, Youtube ou Apple TV.




MUNDO JURÁSSICO (2015 e 2018) 

Mundo Jurássico Reino Caído
“Mundo Jurássico: Reino Caído” é a sequela da continuação do universo lançada em 2015 |@NOS Audiovisuais

“Jurassic World” prova que tal como uma desgraça, uma benesse também nunca vem só. Depois do seu carismático “Star Lord” Chris Pratt partiu imediatamente para uma outra grande produção de estúdio – um gigante incontrolável, que seria sempre um enorme campeão de vendas, a continuação do amado “Parque Jurássico” (1993). “Jurassic Park” é uma marca inegável da cultura cinematográfica e um dos filmes mais reconhecíveis da carreira de Steven Spielberg. O legado a continuar era gigantesco e há que dizer, desde logo, que este “Mundo Jurássico” não confere grande inovação ao fenómeno tirando a evidente evolução tecnológica.

Enquanto “Mundo Jurássico” foi em 2015 uma aventura pouco original mas divertida, a sequela “Reino Caído” acabou por cair facilmente na redundância. Apesar disso, a saga estará de volta em 2021 e poderemos portanto continuar a ver Chris Pratt como o competente protagonista que é. Apesar de “Mundo Jurássico” ser uma sequela desnecessária de uma boa obra do passado, a prestação de Pratt enquanto Owen, o tratador de dinossauros com uma queda especial para a sua educação, é sem dúvida, de longe, o maior trunfo destes filmes. O próximo capítulo, ” “Jurassic World: Dominion” irá juntar ao elenco atual as personagens originais interpretadas por nomes como Jeff Goldblum ou Laura Dern.

Onde ver: Uma boa sugestão para os fãs será alugar o filme em 4k através da Apple Tv. 




OS SETE MAGNÍFICOS (2016) 

Chris Pratt Os Sete Magníficos
© MGM, Colombia Pictures

Mais um filme de peso no currículo de Pratt, desta vez não como protagonista mas como parte de um elenco rico e diversificado. Ao lado de grandes nomes como Denzel Washington, Ethan Hawke ou Peter Sarsgaard Chris Pratt mostra uma outra faceta neste western de aventura, um género no qual nunca se tinha visto antes envolvido. Apesar de não ser uma obra consensual “Os Sete Magníficos” não deixa de merecer algum reconhecimento por prestar homenagem à magnífica obra “Sete Samurais” (1954) do mestre do cinema Kurosawa.

A narrativa da obra situa-se no pós Guerra Civil Norte-Americana e apresenta-nos sete foras-da-lei e as atribulações da sua atividade, que se torna involuntariamente nobre. Nesta longa-metragem inspirada na obra de Kurosawa, que é também um remake de um filme dos anos 60, Denzel Washington destaca-se como protagonista e Chris Pratt mostra-nos uma outra faceta como o seu co-protagonista.

Onde ver: Para ver no videoclube da MEO ou em 4k na Apple tv.




PASSAGEIROS (2016) 

Passageiros
©Columbia Pictures

“Passageiros” é um romance de ficção científico que uma vez mais viu Pratt promovido até à exaustão, solidificando o seu estatuto como galã e como protagonista. A narrativa, sobre um homem que acorda de um sono profundo numa nave espacial rumo à vida num outro planeta, não é particularmente original e não deixa de se fazer sentir como uma promessa por cumprir. A personagem de Pratt, Jim Preston, passa por um processo de profundo isolamento quando, entre uma população de milhares, é o único que acorda 90 anos mais cedo. Não conseguindo voltar ao seu sono de hibernação, nunca conseguirá cumprir o objetivo inicial de colonização de outro planeta.

Tudo muda quando Jim descobre a cápsula de Aurora (Jennifer Lawrence) e se sente de imediato atraído por ela. Aqui “Passageiros” torna-se um conto sobre moralidade, quando no seu desespero e solidão Jim decide acordar Aurora e privá-la da nova vida num novo planeta. A partir daí o filme começa a cair em muitos clichés de género, torna-se previsível e começa a insistir num estranho e desnecessário pastiche do salão de “Shining” que não encaixa de todo naquele filme.

A longa-metragem de ficção científica tem sem dúvida boas intenções mas perde-se nelas. O melhor da fita é o seu início, o tempo que Jim Preston passa sozinho a divagar pela nave num registo trágico-cómico. Este início funcionaria quase como uma curta-metragem e foi capaz de condensar as melhores ideias do filme em apenas uma curta sequência. Chris Pratt é a grande  – e única estrela desses momentos iniciais da narrativa. Aliás, esta sua interpretação merecia um filme melhor e capaz de se elevar ao seu nível.

Onde ver: “Passageiros” pode ser visto na Netflix. 




BORA LÁ (2020) 

Bora Lá
“Bora Lá” | © Disney/Pixar

Pratt tem estado mais que ocupado com os projetos que estão para vir e a participar em sequelas da Marvel e não só. Contudo, em 2020, integrou o elenco central das dobragens de “Bora Lá”, a narrativa mais recente da Pixar. Apesar de ter sido engolido pela propagação da Pandemia do Covid-19 e não ter as melhores críticas dentro do estúdio, “Bora Lá” é um filme com méritos claros como história de aventuras fantásticas que podem ser apreciadas por toda a família devido ao seu carácter retro que combina jogos do passado com ideias do presente.

Em “Onward” Chris Pratt mostra uma vez mais o seu talento no campo da dobragem, ao servir como co-protagonista ao lado do jovem Tom Holland, como Barley Lightfoot, um jovem que procura sempre a magia em cada momento do quotidiano e uma demanda fantástica escondida em cada recanto do real.

Onde ver:  Pode ser alugado na Rakuten TV e Google Play.




SEQUELAS E NOVOS PROJETOS (2021) 

Estreia Bora Lá Chris Pratt
Chris Pratt na estreia de “Bora Lá” | © Jesse Grant / Getty Images

O futuro é risonho para este versátil ator. O que lhe trará o futuro? Surpreendentes entradas no género dramático? Novos heróis incomuns? Talvez de tudo isso um pouco. Para já podemos contar com mais “Mundo Jurássico” em 2021 e também com mais “Guardiões da Galáxia”.

Para além destas continuações soma-se  “The Tomorrow War”, o primeiro filme no qual Pratt servirá como produtor executivo. Esta é  uma aventura de ficção científica na qual um homem tem de confrontar os fantasmas do seu passado para poder lutar pelo futuro da humanidade. Somam-se assim três projetos para 2021 e já um outro anunciado -” Cowboy Ninja Viking” – uma aventura de acção cómica sobre um homem com síndrome de personalidade múltipla que assume a identidade de um cowboy, de um ninja e de um viking simultaneamente. Esta narrativa baseada numa novela gráfica a ser realizada por Michelle MacLaren, uma das principais produtoras de “Breaking Bad”, parece assentar ao ator que nem uma luva. Apesar de este projeto ter sido colocado em segundo plano esperemos que aconteça em breve. 

Adicionalmente, regressará também à televisão depois de uma longa ausência para protagonizar – em 2021 – a narrativa do SEAL James Reece (Chris Pratt), um soldado atormentado pelas memórias de um evento traumático. O céu parece ser o limite para Pratt, que está em altas desde há 6 anos atrás!

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Qual é o papel desempenhado por Chris Pratt que mais aprecias?

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