Melhores Séries Estreadas 2018

TOP MHD | Melhores Séries Estreadas em 2018

[tps_header]

Liderado por três grandes adaptações ao pequeno ecrã, eis o TOP que a equipa de Televisão da Magazine.HD votou como as melhores séries estreadas em 2018. Será que adivinhas quem detém o pódio?

[/tps_header]

 

10º THE TERROR

The Terror

Em 1845, dois navios da Marinha Real Britânica sob o comando do Capitão John Franklin partiram numa missão de exploração ao Círculo Polar Ártico. Três anos depois, os barcos desapareceram e nenhum dos 129 homens regressou; os destroços do HMS Erebus e HMS Terror apenas foram encontrados em 2014 e 2016, respectivamente. O desaparecimento e morte da tripulação ainda continua um mistério. É esta premissa a premissa da série da AMC que, além de se focar no terror de sobrevivência, ainda adiciona um elemento de horror: um monstro invisível, aumentando assim a tensão do drama.

“The Terror” não é apenas uma série de horror, a produção aborda temas actuais e socialmente relevantes – o ego e a arrogância ocidental, o poder e controlo de oficiais – de uma forma inteligente e subtil. Até o terror de sobrevivência está presente de forma subentendida em todos os episódios: o labirinto de gelo e as águas infinitas destroçam a esperança da tripulação, as temperaturas glaciares são um inimigo constante e mortal, os navios tornam-se claustrofóbicos e os mantimentos em puro veneno.

Lê Também:   5 Razões para não perderes The Terror

O monstro nem é necessário, mas a sua presença torna “The Terror” memorável, ao acrescentar um elemento sobrenatural de horror. A invisibilidade de Tuunbaq faz com que este seja uma extensão da hostilidade do Ártico, uma personificação da agressividade da paisagem.

“The Terror” é a série de sobrevivência que a televisão estava a precisar, uma vez que consegue mostrar o desespero de um grupo de homens que tentam lutar contra factores externos e, mais importante, contra si próprios.

– Catarina Fernandes




9º MY BRILLIANT FRIEND

My Brilliant Friend

Uma das últimas novidades de 2018 (estreou em meados de Novembro), a co-produção da HBO e da RAI revelou-se um verdadeiro diamante e uma das séries com maior potencial para conquistar e apaixonar o grande público ao longo dos próximos anos e capítulos.

Saverio Costanzo coordenou a adaptação do 1º dos quatro volumes dos contos napolitanos de Elena Ferrante, descobrindo as desconhecidas Gaia Girace e Margherita Mazzucco (sem esquecer as igualmente talentosas e genuínas actrizes que as interpretam em tenra idade) e criando uma bela e simples fotografia do que é ser criança, crescer e ser mulher.

Lê Também:   AMC em Janeiro | Séries que recomendamos

O drama, universal, bate em diversos pontos – a noção de bairro e vizinhança, as brincadeiras de crianças para as quais só existe o hoje e o agora, os problemas da adolescência, as invejas, os horizontes afunilados ou futuros destinados por via da condição social – mas acerta sempre na muche, com a amizade e metamorfose de Lenù e Lila a ditar o batimento cardíaco da série. E sim, as composições do inigualável Max Richter ajudam. Bastante.

“My Brilliant Friend” ou “L’amica Geniale” atinge a perfeição narrativa numa ilha, e entre fogos-de-artifício e sapatos que significam muito mais do que são, é o derradeiro poema televisivo de 2018.

– Miguel Pontares




8º CASTLE ROCK

Castle Rock

Stephen King dispensa apresentações e se os seus livros são imperdíveis, o universo cinematográfico inspirado neles é normalmente incrível mas existem alguns títulos de que preferimos nem falar. Quando “Castle Rock” foi revelado como uma série que misturaria vários elementos de King, muitos fãs temeram que esta fosse somente uma pilha de easter eggs com pouca substância, contudo, o próprio King aprovou o resultado final, pedindo aos fãs que vissem a série, acrescentando “o elenco é incandescente e apoia uma história que vale a pena contar”.

Passada em Castle Rock, a história segue o misterioso aparecimento de um rapaz que afirma ser de outra dimensão, e que muitos acreditam ser a causa de vários eventos tenebrosos e inquietantes. The Kid é protagonizado por Bill Skarsgård, ator que deu vida ao nosso palhaço favorito e que em “Castle Rock” volta a adoptar uma expressão assustadora e impossível de ler. Ao seu lado estão outros grandes nomes como o de Sissy Spacek, cuja personagem te irá levar numa viagem que deixa qualquer um confuso mas ao mesmo tempo esperançoso.

Lê Também:   Castle Rock, referências à obra de Stephen King

Se gostas de mergulhar no mundo insano de Stephen King, “Castle Rock” é uma série que não podes perder. No final, deixamos a pergunta: quem é afinal “The Kid”? Sim, isso é deixado para o espectador perceber, por isso, está atento! Será ele mais uma das criaturas demoníacas do autor? Ou será ele somente o resultado de um evento surreal que assombra toda a cidade há séculos?

– Ângela Costa




7º THE ALIENIST

The Alienist

Não te deixes enganar. “The Alienist” explora os primórdios da psicologia criminal em 1896, mas não é uma série para todos. A série inicia com o homicídio violento de um menino de 13 anos, encontrado na ponte de Williamsburg em Nova Iorque, vestido com roupas femininas e com os olhos arrancados e os genitais mutilados.

A série da TNT é uma adaptação do livro homónimo de Caleb Carr e acompanha Dr. Laszlo Kreisler (Daniel Brühl), um psicólogo criminal especialista em pessoas ‘alienadas da sua natureza’, responsável por investigar o assassinato da criança. Kreisler, juntamente com o ilustrador do New York Times John Moore (Luke Evans) e Sara Howard (Dakota Fanning) a primeira mulher a ser contratada pelo Departamento da Polícia, descobre que o menino, prostituto de um bordel, não é a única vítima de um cruel assassino em série.

Lê Também:   As 10 MELHORES SÉRIES a estrear em 2018!

Ao longo dos episódios, assistimos a um mistério ao estilo Arthur Conan Doyle, com um aspecto sombrio e clima de tensão, que por vezes incomoda ao retratar os estereótipos da sociedade da época. No entanto, a procura por uma linguagem visual mais sombria descuida o desenvolvimento da narrativa. A história perde ritmo, parecendo arrastar-se em certos episódios ao focar-se na criação de tramas de suspense.

Em suma, “The Alienist” é um espectáculo da corrupção política e da hipocrisia da alta sociedade, enquanto apresenta a miséria de famílias pobres que recorrem a negócios ilegais para sobreviverem. Tem tanto de chocante como de fascinante.

– Catarina Fernandes




6º MANIAC

Maniac, Netflix, Emma Stone, Jonah Hill

O reencontro dos multifacetados Emma Stone e Jonah Hill pós-“Super Baldas” revelou-se uma trip farmacológica capaz de abordar temas pesados de forma leve. Com tanto de profundo como de bizarro, mergulhar em “Maniac” significou flutuar numa aventura hipnotizante e imersiva, corajosa a nível de tom e estrutura, com o seu quê de “O Despertar da Mente”, “A Origem” e “Legion”.

Cary Fukunaga (realizou todos os episódios) e Patrick Somerville adaptaram a versão norueguesa, construindo um puzzle rico, surreal e melancólico, conferindo às peças sentido com o tempo e pontuando o humor negro com picos de catarse emocional. Esses picos, diga-se, chegaram quase sempre com a câmara apaixonada pelos grandes olhos de Emma Stone, fazendo entrar o seu interrogatório em “Exactly Like You” e o confronto com a irmã em “Utangatta” na galeria de melhores cenas do ano.

Lê Também:   Maniac, primeira temporada em análise

Como Dom Quixote, “Maniac” atribuiu às suas personagens a incapacidade de distinguir a realidade e a ficção. Mas como o autor Lloyd Alexander uma vez disse: a fantasia não é um escape da realidade, mas sim um meio de a compreender.

– Miguel Pontares




5º CHILLING ADVENTURES OF SABRINA

The Chilling Adventures of Sabrina

Longe vão os tempos da inocente bruxa adolescente Sabrina, interpretada por Melissa Joan Hart. A série do final dos anos 90, que durou sete temporadas, primava pela comédia e pelo tom leve e familiar. O mesmo já não podemos dizer da adaptação da Netflix assinada por Roberto Aguirre-Sacasa (“Carrie”; “Riverdale”).

Na pele de Sabrina Spellman está agora Kiernan Shipka, talvez mais conhecida como Sally Draper de “Mad Men.” A personagem continua a ser praticamente a mesma: uma meia bruxa, meia mortal adolescente a completar os 16 anos, aluna no liceu local. No entanto, ao contrário da Sabrina de Joan Hart, a de Shipka sabe perfeitamente que é uma bruxa, tendo sido educada como tal pelas suas tias, Hilda (Lucy Davis) e Zelda (Miranda Otto). E, parte dessa educação, implica que no seu 16º aniversário, todas as bruxas e feiticeiros assinem o seu nome no livro da Besta. Ora é aqui que a trama de “Chilling Adventures of Sabrina” começa, uma vez que Sabrina não está certa de que deveria assinar o dito livro…

Lê Também:   Chilling Adventures of Sabrina é renovada para novas temporadas

Entre aventuras e desaventuras, Sabrina tenta descobrir quem verdadeiramente é. A série prima por, dentro do género, ter um conteúdo negro, mas apropriado, navegando por entre familiares mitos e histórias assustadoras. Cada episódio levamos a visitar uma diferente mitologia ou culto, mantendo o fio condutor de que Sabrina deverá escolher se quer ser bruxa, ou continuar no meio termo. Destacamos a presença de Otto, que nos brinda com uma fantástica Zelda, bastante devota ao Senhor das Trevas, e a ausência de Salem, que foi despromovido a um simples gato, familiar (no sentido de animal ligado a um humano) de Sabrina.

– Inês Serra




4º LOST IN SPACE

Netflix

Esquecido durante décadas, o espaço e os seus incríveis mistérios assombrosos regressam ao imaginário das pessoas. Séries como “Marte” fantasiam sobre como será a chegada do Homem ao solo de outro planeta, contudo, são histórias como a de “Lost in Space” que nos demonstram realmente o que poderão ser os próximos séculos e milénios de exploração, quando deixarmos a segurança do nossos sistema solar.

O argumento original nasceu em 1812, tendo mais tarde sido adaptado à televisão em 1965, curiosamente a última vez que a exploração espacial foi popular e relevante entre a maioria da população, chegando novamente ao nosso imaginário através de um original Netflix.

Lê Também:   Marte, em análise

Apesar de alguns leves problemas, esta é uma série a não perder se gostas de imaginar o que será a primeira viagem à nossa estrela vizinha, a Proxima Centauri. Para além dos elementos Sci-Fi que não poderiam faltar, “Lost in Space” tem igualmente uma grande componente dramática que torna a obra interessante do primeiro ao último episódio.

– Ângela Costa




3º ALTERED CARBON

Altered Carbon

Baseado na obra de Richard K. Morgan, “Altered Carbon” foi considerado já como um dos livros do ano pelo The New York Times. A obra foi adaptada pela Netflix, cujo sucesso revelou-se enorme. Uma realidade alternativa que nos leva a pensar no futuro onde a consciência se torna o foco de tudo.

Esta história leva-nos numa viagem ao século XXV onde os humanos têm um chip na coluna, cujo objectivo é armazenar todas as suas memórias e traços de personalidade. Desta forma mesmo quando o corpo morrer o chip pode ser aproveitado noutro receptáculo. Incrivelmente isto permite que as pessoas possam reencarnar num corpo que escolheram.

Lê Também:   Carbono Alterado: o livro que deu origem à série

Isto acontece ao mercenário Takeshi Kovacs que após 250 anos, acorda noutro corpo. Takeshi acaba por ter que se habituar a esta nova realidade e rapidamente percebe os contornos da mesma quando é contratado por um homem para descobrir o autor do seu próprio homicídio. Uma visão alternativa de um futuro não tão distante que nos permite refletir nas nossas ações diárias em prol da humanidade.

– Beatriz Monteiro




2º SHARP OBJECTS

Sharp Objects

Amy Adams (“Liga da Justiça”) regressa ao pequeno ecrã com esta série cheia de mistério, suspense e muita paranóia. Este grande projecto televisivo foi desenvolvido por Marti Noxon (“UnREAL”) baseado no aclamado novel de Gillian Flynn – que nos trouxe o extraordinário “Em Parte Incerta” – e conta com a realização de Jean-Marc Vallée, responsável por “Big Little Lies”.

Adams é Camille, uma jornalista que se vê obrigada a regressar à sua terra natal após uma série de desaparecimentos macabros abalarem a aparente serenidade da população. O mistério desenrola-se de forma lenta e deixa o espectador a questionar constantemente sobre o que irá acontecer, no entanto a resolução do enigma não é o mais importante para esta história. A relação de Camille com Adora, a sua mãe excessivamente protectora; com Amma, a sua meia-irmã; e com o detective Richard Willis, interpretado por Chris Messina (“Viver na Noite”), é que conduzem esta história para o sucesso.

Lê Também:   Em Parte Incerta, em análise

Camille viveu uma adolescência perturbada após a morte da irmã e tentou a todo o custo afastar-se da mãe, levando-a a mutilar-se e a isolar-se emocionalmente de um mundo instável. Rapidamente o espectador percebe que o regressar a casa destabiliza a personagem e para resolver este mistério e recuperar a normalidade perdida, Camille terá de colocar a sua dor de lado. No entanto, tal como Flynn nos habituou com “Em Parte Incerta” nada nesta série é o que realmente parece.

– João Fernandes




1º THE HAUNTING OF HILL HOUSE

The Hauting of Hill House

Fantasmas. Desespero. Perda. Dor. São quarto palavras que podemos utilizar para descrever um dos sucessos de 2018 da Netflix, “The Haunting of Hill House.” No entanto, a série provou ser muito mais que isso ao entoar amor e família a cada episódio. Se Mike Flanagan já tinha ganho destaque graças a “Jogo Perigoso,” então agora tem a nossa atenção completa.

Uma reinterpretação moderna do romance icónico de Shirley Jackson, “The Haunting of Hill House” acompanha a história de um grupo de irmãos que passou parte da sua infância numa casa assombrada, hoje considerada a mais famosa dos Estados Unidos da América. A narrativa criada por Jackson e Flanagan alterna entre a infância e a fase adulta dos irmãos Crain, desvendando os fantasmas de cada elemento da família. Mas, não te deixes enganar pelos ‘fantasmas’ da série, porque eles são nada mais nada menos que sinónimos de dor e perda.

Lê Também:   The Haunting of Hill House, entra nos cenários reais da série

A cada episódio somos levados a conhecer um membro da família e a compreender as suas ligações com os restantes  e com a própria Hill House, que acaba por se assumir como uma personagem da série. O que realmente surpreende, para além do consistente elenco, é a capacidade de envolvência e penetração de “The Haunting of Hill House.” Exemplo disso são os episódios “Two Storms” e “Screaming Meemies.”

Afinal, o melhor terror não são os monstros que vemos, mas sim aqueles que não vemos. E Hill House é uma verdadeira obra-prima nesse sentido.

– Inês Serra

Concordas com o nosso top? Qual foi para ti a melhor série estreada em 2018?

[tps_footer]

Lê Também:   Top 2018 | As Melhores Novas Personagens de Séries

[/tps_footer]

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *