Billie Eilish (Barbie) a caminho de mais um Óscar mas tem um rival surpreendente
Tudo indica que “Barbie” triunfará na categoria de Melhor Canção Original. A grande questão é: por qual das suas canções?
Nas últimas semanas, “Barbie” de Greta Gerwi tem perdido algum momentum na corrida aos Óscares, conquistando apenas 8 nomeações e falhando em lugares essenciais como Melhor Atriz para Margot Robbie e Melhor Realização para a própria Gerwig. Porém, por pior que as coisas estejam para o filme mais bem-sucedido de 2023, tudo indica que a obra não sairá de mãos abanar da cerimónia de 10 de março de 2024, já que é a grande favorita em Melhor Canção Original.
A grande questão é: Por qual delas?
Devido às regras da Academia que proíbem mais que duas canções do mesmo filme de competir, “Barbie” só conseguiu colocar “What Was I Made For?” de Billie Eilish e Finneas, e “I’m Just Ken” de Mark Ronson e Andrew Wyatt. Ficou assim de fora o grande hit do ano “Dance the Night” de Caroline Ailin, Dua Lipa, Mark Ronson e Andrew Wyatt. Numa categoria onde ainda estão nomeados “The Fire Inside” (“Flamin’ Hot”) de Diane Warren; “Wahzhazhe (A Song for My People)” (“Assassinos da Lua das Flores”) de Scott George e “It never went away” (American Symphony) de Jon Batiste & Dan Wilson, o favoritismo está claramente dividido entre as duas canções de “Barbie”.
De um lado, temos a balada de Eilish que já conquistou os votantes dos Globos de Ouro e venceu como Canção do ano nos Grammys. Do outro, temos a enérgica e divertida “I’m just Ken” que surpreendentemente conquistou o Critics’ Choice Awards.
De que lado ficará a Academia? Da Barbie ou do Ken?
Prever a categoria de Melhor Canção Original é sempre um desafio, já que os Globos de Ouro e o Critics’ Choice são os únicos indicadores existentes em termos de percursores televisivos. Por norma, quando uma canção triunfa nos dois, também irá triunfar nos Óscares como aconteceu mais recentemente com “Naatu Naatu” (“RRR”), “I’m gonna love me again” (“Rocketman”) e com Billie Eilish e Finneas e o seu “No time to die”. Quando os dois prémios seguem em direções diferentes, é que a incerteza começa. Em 2021, os Globos premiaram “Io sì (Seen)” (“The Life Ahead”) enquanto os Critics’ prestigiaram o favorito da altura “Speak Now” (“One Night in Miami”).
Todavia nos Óscares, a vitória ficou do lado de “Fight for You” (“Judas and the Black Messiah”), uma surpresa que muitos argumentam estar relacionada com o facto de ser a canção que pertencia ao filme mais forte na corrida. Noutros casos, a Academia concordou com o Critics’ Choice em premiar “Remember me” (“Coco”) e “Let it go” (“Frozen”) quando os Globos preferiram “This is me” (“The Greatest Showman”) e “Ordinary Love” (“Mandela: Long Walk to Freedom“). Por outro lado, os Óscares alinharam com os Globos quando concederam a vitória a “Writing’s on the Wall” (“Spectre”) ao passo que o Critics’ optou por “See you again” (“Fast 7”) famosamente ignorada pela Academia.
Por norma, a Academia costuma seguir mais o Critics’ Choice quando estas divergências ocorrem porém o facto de Billie Eilish ser um nome tão respeitado na indústria e a sua música ser uma parte tão essencial da mensagem de “Barbie” pode dar-lhe a vantagem. Para além disso, os Óscares raramente escolhem premiar a opção mais divertida.
De qualquer das formas, qualquer um dos dois pode vencer e há até a possibilidade do apoio entre as duas ser tão similar e ocorrer uma surpresa. Nesse caso, quem beneficiaria seria provavelmente a compositora Diane Warren que conta com 14 nomeações na categoria e nenhuma vitória.
CLIPE | OUVE A TERNA BALADA QUE EILISH COMPÔS PARA BARBIE
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