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Óscares 2024 | Emma Stone vs. Lily Gladstone para Melhor Atriz, ou há espaço para uma surpresa europeia?

A corrida de Melhor Atriz é uma das mais empolgantes dos Óscares 2024. Estará Emma Stone lançada para um segundo Óscar, ou ainda há espaço para surpresas?

Numa altura em que a corrida  aos Óscares parece já estar mais ou menos consolidada para as duas categorias de atores secundários, vale a pena olhar para os atores principais onde há bastante margem para surpresas.

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Depois de uma análise ao que se passa na categoria de Melhor Ator onde a luta parece ser entre Paul Giamatti (“Os Excluídos”) e Cillian Murphy (“Oppenheimer”), chegou a vez de tentar entender a corrida de Melhor Atriz. Ao contrário de Murphy que assumiu o favoritismo logo em julho, a indecisão nesta categoria durou mais ou menos até à estreia de “Pobres Criaturas” em Veneza.

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Com a recepção estrondosa, Emma Stone rapidamente ascendeu ao lugar cimeiro, onde antes tinham sido cotados nomes como Carey Mulligan (“Maestro”), Annette Bening (“Nyad”) e Fantasia Barrino  (“A Cor Púrpura”) que acabou por não ser reconhecida.

A reviravolta na categoria ocorreu quando Lily Gladstone (“Assassinos da Lua das Flores”) anunciou a sua intenção de ser considerada como protagonista, e não secundária, onde era a destacada favorita. Assim, Lily Gladstone tornou-se a única capaz de ameaçar o segundo Óscar de Emma Stone.

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Na primeira fase da temporada quando os círculos de crítica regionais atribuem os seus prémios, tudo parecia estar bem encaminhado para Gladstone. Para além de triunfar junto dos mais importantes como New York Film Critics Circle e do National Board of Review, Gladstone conseguiu ainda acumular cerca de 30 vitórias na temporada. Nem sempre ser o favorito da crítica, se traduz numa vitória ao Óscar e em alguns casos nem numa nomeação, que o diga Ethan Hawke e os seus trinta e quatro troféus por “First Reformed”.




LILY GLADSTONE: A FAVORITA DA CRÍTICA

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Vista como o “coração pulsante” do mais recente filme de Martin Scorsese, Gladstone conseguiu impressionar a crítica e o público. Porém, o seu tipo de desempenho é muito mais silenciosamente letal do que aquilo a que estamos habituados ver premiado. Do seu lado, Gladstone tem também a narrativa de ser a primeira nativo-americana nomeada na categoria de Melhor Atriz. A narrativa pouco importaria se a performance de Gladstone não fosse uma das mais aclamadas do ano, e vale ter em conta que num caso como este ajuda a fortalecer as suas chances.

Por outro lado, Emma Stone  é a protagonista do segundo filme mais nomeado da cerimónia, visa a sua segunda estatueta e que é o oposto de Gladstone, apresentando um desempenho bastante chamativo em que o trabalho envolvido é perfeitamente identificável. Porém, será que há alguma urgência em dar um segundo Óscar a Emma Stone, ainda nos seus 35 anos?

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Quando começaram os percursores televisivos com a cerimónia dos Golden Globes, tanto Gladstone como Stone conseguiram uma vitória, já que concorriam em categorias diferentes (Drama e Comédia/Musical, respectivamente). Nessa noite, Lily Gladstone fez história e a vitória de Emma Stone foi recebida com bastante entusiasmo.

Na semana seguinte, tivemos o primeiro duelo direto entre as duas no Critics’ Choice, que é votado por críticos e entusiastas da temporada. Geralmente, esta premiação procura prever o Óscar e segue o favoritismo da altura. Neste caso, Lily Gladstone seguia firme nas odds do GoldDerby para conquistar a Academia e esta seria mais uma vitória fácil no seu currículo. Foi então que o inesperado aconteceu, com Emma Stone a ser chamada ao palco para aceitar o prémio de Melhor Atriz.




AINDA HÁ ESPERANÇA PARA LILY GLADSTONE?

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Desde aí, Gladstone foi perdendo cada vez mais espaço na corrida. Para piorar, a atriz ficou de fora da lista dos BAFTA, que seleciona um Top 3 popular mais uns três nomes escolhidos pelo júri. Estranhamente, Gladstone não conseguiu encaixar em nenhuma das opções. Ao contrário dos Globos e do Critics’ Choice, existe uma correlação entre os votantes da Academia Britânica e os votantes dos Óscares. Ao falhar aqui, Gladstone mostra-se vulnerável junto da ala britânica, uma das mais influentes atualmente.

Para provar que ainda é competitiva, Gladstone precisa de vencer o Sindicato de Atores, algo que pode não ser uma tarefa tão fácil assim, já que nem sempre a subtileza é o mais apreciado pelos membros do SAG. Porém, são um corpo votante que preza uma boa narrativa e gostam de votar em algo que os entusiasma.

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É de salientar que a vencedora do Óscar do ano passado, Michelle Yeoh (“Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”), só triunfou no SAG e nos Globos de Ouro, sendo que até ali tudo indicava que Cate Blanchett (“TÁR”) iria vencer o seu terceiro Óscar. No meio disto tudo, surge uma nova questão: E se Sandra Hüller conseguir materializar o melhor ano da sua carreira numa histórica vitória nos Óscares?




SANDRA HÜLLER: A TERCEIRA VIA?

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Aclamada em “Anatomia de uma Queda”, Hüller pode facilmente vencer o BAFTA, onde o filme se saiu muito bem, e a atriz se tornar uma rival inesperada para Gladstone e Stone. Tal como Gladstone, também a atriz alemã tem uma fraqueza: não faz parte da lista de nomeadas do Sindicato de Atores. Porém, tal nunca foi realmente esperado, já que o corpo votante costuma resistir a nomear intérpretes de outro país como ocorreu com Antonio Banderas (“Dor e Glória”) ou Penélope Cruz (“Mães Paralelas”).

Para além da possibilidade de Gladstone vencer o SAG, vale a pena ainda considerar outras hipóteses. No passado, o Sindicato já surpreendeu e premiou pessoas ignoradas pelo Óscar como Idris Elba (“Beasts of No Nation”) ou Emily Blunt (“A Quiet Place”).

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Será que Margot Robbie pode triunfar aqui como um gesto de simpatia? Improvável, já que o que levou a aquelas vitórias foi a não presença da pessoa que era vista como o favorito da corrida, algo muito diferente neste caso. Depois da vitória inesperada de Jamie Lee Curtis no ano anterior, há quem também cogite a possibilidade de Annette Bening triunfar. Novamente, algo que parece bastante inviável, até porque “Nyad” não tem a força que “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” tinha.

Entre todos os cenários pensados, hoje acreditamos que o mais certo é que Emma Stone vença o BAFTA, e há uma grande chance de triunfar no SAG também. Se tal acontecer, pode começar a arranjar espaço na sua estante para um segundo Óscar. Todavia, se Stone perder algum dos dois, a incerteza só terminará quando o envelope for finalmente aberto na noite de 10 de março.

Qual é a tua aposta para Melhor Atriz nos Óscares? E a tua favorita?

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